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Ministério da Saúde indica teste rápido da dengue durante diagnóstico

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rod Long/Unsplash
Rod Long/Unsplash

Com a explosão de casos de dengue em todo o país, o Ministério da Saúde passa a indicar o teste rápido para auxiliar no diagnóstico e assim fechar quadros suspeitos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Já são contabilizados mais de 1,3 milhão de casos da infecção, além de 363 mortes.

De baixo custo, os resultados do teste rápido da dengue saem entre 15 a 20 minutos, o que torna a ferramenta ideal para o diagnóstico da doença em grandes populações. No entanto, este teste não substitui os exames laboratoriais e têm limitações — que devem ser consideradas pelo médico.

Por que usar o teste rápido?

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A ideia do Ministério da Saúde em popularizar o teste rápido é uma forma de auxiliar a equipe médica na hora de diagnosticar a doença, como ocorreu durante a pandemia da covid-19. "As manifestações clínicas da dengue são de modo geral inespecíficas, dificultando o diagnóstico definitivo e podendo comprometer a instituição oportuna de condutas terapêuticas adequadas”, afirma nota técnica, publicada na última semana.

Nesse sentido, o teste rápido vem para ajudar. De modo geral, um resultado positivo indica um quadro de dengue, mas o negativo não exclui obrigatoriamente a infecção, ainda mais se existirem sintomas. Neste caso, a análise clínica e exames complementares devem prevalecer.

“O uso do teste não condiciona a conduta clínica, especialmente diante da ocorrência de surtos e da presença de sinais de alarme e gravidade, os quais indicam atenção diferenciada conforme estabelecido no Guia de Diagnóstico e Manejo Clínico de Dengue vigente, ainda que o [resultado do] teste seja negativo”, reforça a Pasta.

Em casos graves e mortes suspeitas por dengue, o teste rápido não deve ser usado. O ideal é realizar um exame laboratorial, como o RT-PCR, o padrão-ouro na infecção.

Qual é o teste rápido da dengue?

Conforme orientação do Ministério da Saúde, a indicação é para usar os Testes Rápidos (TR) imunocromatográficos para detecção de antígeno (Ag) NS1, também conhecidos como Pesquisa do antígeno NS1. 

Para ser válido, o teste precisa ter sensibilidade igual ou maior a 95% e especificidade igual ou maior a 90%. Além disso, a testagem deve ser feita entre o primeiro e o quinto dia após o início dos sintomas da dengue, o que inclui febre.

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Como funciona o teste rápido da dengue?

O teste vai detectar a presença da proteína NS1 (antígeno não estrutural 1), produzida em grande quantidade e liberada na corrente sanguínea no processo de replicação do vírus da dengue. Isso ocorre antes mesmo da chegada de anticorpos específicos no sangue.

Teste rápido no SUS

Em breve, os testes rápidos da dengue devem chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) para auxiliar no atendimento médico de casos suspeitos. Em coletiva de imprensa, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, afirmou que “já iniciamos a compra [de lotes] para distribuição”.

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Embora os testes rápidos estejam ganhando força na epidemia da dengue, já relatada por alguns estados,, ainda não há previsão para quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá autorizar o autoteste para a doença. No momento, as discussões estão em andamento.

Fonte: Ministério da Saúde e Agência Brasil