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Como saber se estou com dengue e o que fazer?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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DC_Studio/Envato Elements
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O Brasil enfrenta uma explosão de casos de dengue, e alguém próximo ou você mesmo pode pensar que contraiu a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No caso de dúvidas, é preciso observar os sinais e os sintomas que a doença provoca no corpo.

“A dengue é uma doença febril aguda”, afirma Luciana Campos, médica infectologista e consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde, para o Canaltech. Então, “a primeira manifestação é a febre de início súbito, com duração de 2 a 6 dias”, alerta. 

Além disso, outros inúmeros sintomas indicam a probabilidade de dengue, como veremos a seguir. Para reduzir ao máximo os riscos à saúde, a indicação é sempre procurar atendimento médico. 

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A picada do mosquito

Como a dengue é transmitida por um mosquito, é comum as pessoas pensarem que, se não acharem nenhuma picada recente no corpo, não estão com a doença viral. Entretanto, esta não é uma boa ideia.

“Como a picada do mosquito Aedes aegypti não tem nenhuma peculiaridade que a identifique no momento em que ocorre, seja coceira ou sinal na pele, não há como a pessoa identificar”, explica a infectologista Campos.

Outro ponto é que a dengue só começa a se manifestar a partir de 4 a 10 dias após a picada. Então, fazer essa ligação se torna uma tarefa ainda mais difícil.

Primeiros sintomas da dengue

Como adiantamos, em caso de suspeita de dengue, é preciso se atentar aos sintomas apresentados. A seguir, confira quais são os primeiros indicadores da doença:

  • Febre, com duração de 2 a 6 dias; 
  • Dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Cansaço;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Artralgia (dor nas articulações);
  • Exantema (manchas vermelhas pelo corpo). 
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Cabe destacar que alguns pacientes podem não apresentar os sintomas da dengue, mesmo quando são infectados por algum sorotipo do vírus. Esses são os conhecidos casos assintomáticos da doença.

Quando ir ao médico?

“O diagnóstico precoce da dengue é fundamental para o tratamento adequado, evitando a evolução para quadros graves e até mesmo o óbito”, afirma a médica Campos. Por isso, o recomendado é buscar atendimento médico assim que aparecerem os primeiros sintomas.

Entre as orientações, o profissional da saúde irá orientar sobre a importância de manter o corpo hidratado. Dependendo do estado de saúde e de desidratação, pode ser necessária a hidratação por via venosa, aplicada apenas em hospitais, UPAs e locais com atendimento clínico-hospitalar. 

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Exame para descobrir dengue no início

Para confirmar a dengue, existem três principais exames disponíveis nos laboratórios:

  • Sorologia (testes de anticorpos);
  • Teste de RT-PCR;
  • Pesquisa do antígeno NS1. 

Para detecção precoce, o mais indicado é a pesquisa do antígeno NS1, já que pode ser feito entre o primeiro e o quarto dia dos sintomas. Neste caso, será examinada a presença de uma glicoproteína específica, encontrada em altas concentrações no sangue de pessoas com dengue. O nível da proteína aumenta antes mesmo do surgimento dos anticorpos específicos contra a doença.

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Cuidados em casa

Com o diagnóstico de dengue, o paciente pode ser orientado a continuar o tratamento em casa. Basicamente, isso irá envolver o uso de medicações para controlar os sintomas, bastante repouso e ingestão de líquidos — como soro de reidratação oral, água ou água de coco.

Qual remédio não pode tomar?

Para evitar complicações da dengue, não é recomendado o uso de  anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, nimesulida, ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros, já que podem aumentar o risco de hemorragias. Os corticoides, como prednisolona, dexametasona e prednisona, também devem ser evitados pela mesma causa.

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“No geral, medicamentos à base de paracetamol e dipirona são os mais indicados, sempre na frequência e dose recomendadas pelo médico que atendeu ao paciente”, aconselha a infectologista Campos.

Quando a dengue acaba?

Após o fim da febre súbita, a maioria dos pacientes se recupera gradativamente. No entanto, se os sintomas não melhorarem, o indicado é consultar novamente um médico, já que o quadro pode evoluir para a dengue grave, antigamente conhecida como dengue hemorrágica.