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H5N1: menina de 11 anos morre de infecção rara por gripe aviária no Camboja

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Fevereiro de 2023 às 12h48

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PxHere/Domínio Público
PxHere/Domínio Público

Uma menina de 11 anos morreu, no Camboja, após receber diagnóstico como primeiro caso de gripe aviária do país em 9 anos, mais especificamente da cepa H5N1. O caso ocorreu na última quarta-feira (22) após uma semana de adoecimento, com sintomas de febre alta, tosse e dor de garganta. Além da criança, seu pai também testou positivo para o patógeno, bem como 10 outros indivíduos testados.

Segundo o Ministro da Saúde do país, Mam Bunheng, esse é o primeiro caso conhecido de infecção humana pela cepa H5N1 desde 2014. A paciente foi tirada de sua vila, na província rural de Prey Veng, e levada ao hospital infantil da capital do país, Phnom Penh, onde foi diagnosticada com a doença. Pouco tempo após os exames, no entanto, ela foi a óbito.

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H5N1 pelo mundo

Após o incidente, oficiais de saúde coletaram amostras de diversas aves mortas nas proximidades da vila onde a garota morava, também avisando residentes para não tocarem em animais mortos ou doentes. Na década anterior a 2014, 56 casos de infecção por H5N1 em humanos foram registrados, com 37 deles sendo fatais.

É raro que a gripe aviária atinja humanos, já que não temos receptores no nariz, garganta e trato respiratório superior com suscetibilidade à cepa atual do vírus. Por isso, é mais comum que indivíduos que trabalham com aves infectadas sejam mais afetados, tendo um risco maior por lidar com os animais em grande proximidade e com muita frequência.

Desde 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 8 casos de infecção por H5N1 no mundo desde 2021, passando pela China, Índia e Espanha até Reino Unido e Estados Unidos. Começando em outubro daquele ano, a cepa circulante é altamente contagiosa para as aves.

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A Organização Mundial pela Saúde Animal informou, à BBC, que já identificou quase 42 milhões de casos individuais de infecção pelo vírus em pássaros. Cerca de 15 milhões de aves domésticas, incluindo galinhas, já morreram da doença, com mais de 193 milhões tendo sido sacrificados em decorrência do adoecimento.

A atual cepa, H5N1, também infectou mamíferos pelo mundo, como visons e lontras. Segundo a OMS, é importante monitorar o vírus de perto para verificar suas mutações — caso uma dela o torne mais contagioso para humanos, as transmissões poderiam gerar uma pandemia tão preocupante quanto a de covid-19.

Fonte: Com informações de: BBC