Fiocruz deve receber IFA importado da AstraZeneca para vacina em 2022
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 29 de Outubro de 2021 às 13h50
Na quinta-feira (28), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou um novo acordo com a farmacêutica AstraZeneca para a compra de mais Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) — a matéria-prima dos imunizantes — importado. Com a iniciativa, será possível produzir 60 milhões de doses da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford) contra a covid-19. A medida é necessária enquanto a transferência de tecnologia não é concluída.
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O acordo deve garantir doses da vacina contra a covid-19 para os brasileiros, durante o primeiro semestre de 2022. O IFA importado permitirá que a Fiocruz entregue, através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), 60 milhões de doses, entre janeiro e junho. No total, é possível que 120 milhões de doses da Covishield sejam entregues.
Isso porque, neste mesmo período, é esperado que outras 60 milhões de doses sejam produzidas de forma 100% nacional, incluindo o IFA desenvolvida no Brasil. Neste caso, ainda é preciso aguardar conclusão da análise do insumo brasileiro, que está nos Estados Unidos, e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Inicialmente, a previsão era de que a produção nacional começasse em outubro deste ano, o que não ocorreu.
“O novo compromisso, aliado à produção nacional, visa concentrar um número maior de doses no primeiro semestre de 2022 para garantir a possibilidade de implantação, pelo Ministério da Saúde, da estratégia de vacinação que se mostrar necessária diante de diferentes cenários que a pandemia possa apresentar”, explicou o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma, em nota.
Parceria com a AstraZeneca contra outras doenças
Durante a viagem para o Reino Unido, a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e o presidente da AstraZeneca Brasil, Carlos Sanchez, também assinaram uma carta de intenções para uma futura parceria no enfrentamento a Diabetes, Doença Renal Crônica e Insuficiência Cardíaca no país.
"No documento, as instituições se comprometem a discutir potenciais atividades de colaboração tecnológica, bem como ações de apoio à preparação ou ao desenvolvimento de estudos que possam contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde no enfrentamento a esses agravos", explica a nota.
Fonte: Agência Fiocruz