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Febre do papagaio provoca 5 mortes na Europa; OMS investiga

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Junjie Tam/Unsplash
Junjie Tam/Unsplash

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a ocorrência de surtos de psitacose na Europa. Provocada pela bactéria Chlamydophila psittaci, a doença é popularmente conhecida como “febre do papagaio”. Até o momento, 5 mortes foram confirmadas.

As autoridades de saúde identificaram um aumento no número de casos da febre do papagaio em novembro do ano passado. Desde então, as notificações continuam estranhamente altas, quando comparadas à média histórica. Para a OMS, apesar das mortes, a situação apresenta "baixo risco" para a saúde global.

O que é febre do papagaio?

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A febre do papagaio é uma infecção respiratória causada pela bactéria C. psittaci. O patógeno da psitacose é mais comum em aves selvagens, mas pode afetar as domésticas também.

"As infecções humanas ocorrem, principalmente, através do contato com secreções de aves infectadas”, explica a OMS. Em outras palavras, o risco de infecção aumenta para aqueles que são expostos a esses animais diariamente, como:

  • Avicultores;
  • Veterinários;
  • Proprietários de aves de estimação;
  • Jardineiros.

Sintomas da psitacose  

Conforme aponta a OMS, os sintomas mais comuns da febre do papagaio são:

Como os sintomas são inespecíficos, o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente. Após a identificação, o tratamento é feito com antibióticos, o que evita a evolução do quadro para a pneumonia e o óbito. “Com tratamento antibiótico adequado, a psitacose raramente (menos de 1 em 100 casos) resulta em morte”, afirma a OMS.

Doença afeta outros animais

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Até o momento, a bactéria da febre dos papagaios já foi identificada em mais de 450 espécies de aves. Além dos humanos, a zoonose pode afetar outros mamíferos, como cães, gatos, cavalos e porcos. Há relatos de répteis infectados.

Surto da doença na Europa 

Neste ano, a Dinamarca lidera o número de novas notificações da febre do papagaio, com 23 casos positivos. Em seguida, estão os Países Baixos, com 21 infecções. 

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A Suécia identificou 13 infecções da doença transmitida por aves. Além disso, a Alemanha e a Áustria diagnosticaram, respectivamente, 5 e 4 casos de psitacose.

Para evitar uma epidemia, a OMS explica que estes países estão analisando as potenciais causas e acompanham os contatos próximos dos infectados. Em estudo amostral, aves selvagens são testadas para a doença e para a gripe aviária. No momento, a avaliação é de baixo risco, segundo investigação em andamento. No entanto, ainda não se sabe as origens do atual surto.

E o Brasil?

Vale observar que casos da febre do papagaio já foram identificados no Brasil. Inclusive, um surto foi registrado no estado do Rio Grande do Sul em 2007. No entanto, não há notificações nacionais relacionadas com o problema que ocorre na Europa.

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Fonte: OMS