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Dose de reforço aumenta consideravelmente imunidade contra covid, diz pesquisa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Dezembro de 2021 às 20h30

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Edalin/envato
Edalin/envato

A dose de reforço para vacinados contra a covid-19 mostrou grande resposta imunológica em pessoas totalmente vacinadas, de acordo com um novo estudo publicado na The Lancet. Estudos anteriores mostraram que duas doses das vacinas AstraZeneca e Pfizer concediam 79% e 90% de proteção, respectivamente, contra hospitalização por doença grave e morte após seis meses.

Apesar disso, algumas pesquisas também indicaram que a proteção contra a infecção por coronavírus diminui com o tempo. Isso levou os pesquisadores a defender uma terceira injeção adicional para proteger as populações. A pesquisa avaliou cerca de três mil pessoas que receberam uma dose de reforço de um dos imunizantes:

  • Oxford-AstraZeneca
  • Pfizer-BioNTech
  • Novavax
  • Janssen
  • Moderna
  • Valneva
  • CureVac
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A CoronaVac não fez parte do estudo. Aliás, esse é o primeiro ensaio randomizado de complementos administrados após duas doses de um imunizante, seja da Pfizer ou da AstraZeneca.

Dose de reforço para covid-19

Os participantes do ensaio receberam um desses reforços de 10 a 12 semanas após a vacinação inicial de duas doses com as vacinas Oxford-AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech. Um grupo controle recebeu uma vacina contra a meningite para explicar as reações não específicas aos reforços da covid.

A equipe analisou os efeitos adversos sete dias após receber um reforço e os níveis de anticorpos direcionados à proteína spike do vírus (que ajuda o coronavírus a entrar nas células humanas) após 28 dias. Eles também analisaram a resposta das células T — que desempenham um papel fundamental na resposta imunológica à infecção viral — às variantes Alfa, Beta e Delta.

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Resultado das doses de reforço

Os resultados mostraram que os pacientes que receberam dose adicional da Pfizer após duas doses da AstraZeneca apresentaram níveis de anticorpos, um mês depois, quase 25 vezes maiores do que os do grupo controle. Quando o reforço da Pfizer foi administrado após duas injeções da mesma vacina, os níveis de anticorpos aumentaram mais de oito vezes.

O imunizante de reforço que mostrou mais eficácia foi com pacientes que receberam doses da vacina Moderna, que aumentou os níveis de anticorpos 32 vezes no grupo que havia tomado as duas primeiras doses com AstraZeneca e 11 vezes no grupo que foi vacinado com a Pfizer. Quando a Moderna é usada no programa de reforço do Reino Unido, é administrada com apenas em meia dose.

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Apesar da importância da descoberta e da eficácia mostrada, os pesquisadores alertam sobre a comparação de seu desempenho quando as pessoas começaram com diferentes níveis de anticorpos. As células de defesa permanecem altas após alguns meses depois da vacinação da Pfizer, portanto, um reforço não seria capaz de aumentá-las muito.

Saul Faust, líder do estudo e diretor do centro de pesquisa clínica NIHR no Hospital da Universidade de Southampton, disse que esses resultados estão muito acima do necessário para prevenir a hospitalização e morte.

Os aumentos nos níveis de anticorpos anti-proteína spike após 28 dias variaram entre as vacinas. Efeitos colaterais ocorreram, a maioria das pessoas que os relataram sentiram fadiga, dor de cabeça ou dor no braço — sendo 24 pessoas com efeitos mais graves. O estudo não encontrou problemas de segurança.

Faust acrescenta que é importante observar que a relação entre os resultados e a proteção de longo prazo ainda é mal compreendida. Segundo ele, a equipe conduzirá mais testes após um ano dos reforços.

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Fonte: The Lancet; Universidade de Birmingham