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Cogumelo medicinal ativa crescimento neuronal e melhora a memória

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Fevereiro de 2023 às 18h57

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Richard Sullivan/CC-BY-3.0
Richard Sullivan/CC-BY-3.0

Ao estudar um cogumelo comestível cujas propriedades medicinais eram utilizadas em preparos tradicionais na China, pesquisadores da University of Queensland descobriram que o fungo auxilia no crescimento de neurônios no corpo humano e melhora a memória. A espécie em questão é chamada pelo nome científico de Hericium erinaceus, mas é mais conhecida pelo nome popular de juba-de-leão.

Os cientistas já conheciam o uso do cogumelo em países asiáticos, onde era utilizado para manter a saúde e curar doenças desde a antiguidade, mas resolveram identificar os efeitos de seu uso nas células do cérebro. Testes pré-clínicos, ou seja, realizados em laboratório, mas não em voluntários humanos, já mostraram um impacto da juba-de-leão no crescimento neuronal.

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A juba-de-leão e os neurônios

Nos exames, foram observados os efeitos neurotróficos dos compostos derivados do fungo em células cerebrais cultivadas em laboratório. De forma bem literal, notou-se que as projeções neuronais foram amplificadas, ajudando os neurônios a se estender e se conectar a outros neurônios com mais facilidade. Isso foi possível através de microscopia de super-resolução, com neurônios coletados de 40 camundongos de laboratório utilizados no estudo.

Mais especificamente, o extrato do H. erinaceus e seus componentes ativos aumentaram bastante o cone de crescimento das células do cérebro, especialmente importantes para que elas consigam sentir o ambiente e estabelecer novas conexões com outros neurônios. Segundo a equipe responsável, isso pode ter uma aplicação prática no combate a distúrbios cognitivos neurodegenerativos, como o mal de Alzheimer.

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Como a doença impacta negativamente a memória dos pacientes, a extensão neuronal restaurada pelo princípio ativo da juba-de-leão conseguiria, ao menos, frear o avanço da patologia ao facilitar a preservação de funções cerebrais como essa. A ideia dos cientistas era identificar compostos bioativos naturais que conseguissem chegar até o cérebro e ajudar a regular o crescimento de neurônios, e o H. erinaceus conseguiu cumprir bem essa função.

Os passos seguintes ao estudo, publicado no periódico científico Journal of Neurochemistry, avaliarão a capacidade dos compostos de mediar essas atividades cerebrais com sucesso, verificando se realmente será possível utilizar esse benefício em pacientes com doenças neurodegenerativas — presumivelmente, por meio de testes clínicos com voluntários humanos.

Fonte: Journal of Neurochemistry