Nova técnica de exame de sangue detecta possíveis doenças neurodegenerativas
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 08 de Junho de 2021 às 20h40
Um novo estudo do King's College London (Reino Unido) em colaboração com a Lund University (Suécia) apontou que um biomarcador pode indicar com precisão a presença de doenças neurodegenerativas.
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Para entender isso, o estudo contou com mais de 3 mil pessoas. Tudo é baseado nos níveis que uma proteína chamada neurofilamento de cadeia leve apresenta no sangue. Esses níveis podem identificar a possibilidade de doenças neurodegenerativas, como síndrome de Down e Alzheimer, por exemplo. Com isso em mente, a pesquisa determinou um conjunto de níveis de corte de neurofilamento de cadeia leve que poderia trazer as informações por meio de um simples exame de sangue.
Os biomarcadores atuais usados para identificar doenças neurodegenerativas são retirados do fluido que envolve o cérebro e a coluna vertebral, que deve ser extraído por meio de um procedimento invasivo e doloroso, chamado punção. A proposta do estudo é trazer uma alternativa bem menos invasiva.
Ao todo, o estudo examinou 3.138 amostras, que incluíram pessoas sem deficiência cognitiva, pessoas com doenças neurodegenerativas, pessoas com síndrome de Down e pessoas com depressão. O estudo mostrou que as concentrações de neurofilamento de cadeia leve no sangue eram maiores em todos os voluntários com distúrbios neurodegenerativos em comparação com aqueles sem problemas cognitivos, sendo a maior em pessoas com síndrome de Down e demência.
O estudo completo pode ser acessado gratuitamente.
Fonte: Science Blog