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Cientistas planejam alterar genes dos vegetais para melhorar o sabor

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Maio de 2023 às 12h35

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Iñigo De la Maza/Unsplash
Iñigo De la Maza/Unsplash

Com as possibilidades trazidas pela tecnologia, cientistas planejam alterar os genes de determinados vegetais para melhorar o sabor. Já foi possível fazer isso com a couve-de-bruxelas, através de cruzamentos que pudessem gerar brotos com menos glucosinolatos, uma substância química responsável pelo amargor.

O interesse em priorizar o sabor dos vegetais está em crescimento, em parte graças à nova tecnologia genética, como a técnica de edição de genes CRISPR e o sequenciamento de DNA. Os próprios agricultores reconhecem que nunca houve um momento melhor para cultivar frutas ou vegetais, levando em conta o acesso sem precedentes a ferramentas e técnicas.

Com isso, algumas empresas buscam essas ferramentas para enfrentar o desafio de desenvolver vegetais mais saborosos. É o caso da Pairwise, que se concentra em combater os mesmos compostos que amargavam as couves-de-bruxelas.

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Basicamente, os cientistas da Pairwise querem usar o CRISPR para editar a mostarda-castanha para desativar os genes que codificam uma enzima chamada mirosinase, que decompõe os glucosinolatos e cria amargor quando a folha é mastigada. A ideia é obter um vegetal menos amargo.

Enquanto a Pairwise está cortando as sequências de genes que produzem uma enzima que interfere no sabor, uma empresa chamada Sound Agriculture se concentra em criar tomates mais saborosos usando epigenética, ou seja, alterando a expressão dos genes em vez dos próprios genes.

Entender como modificar precisamente a expressão para obter o resultado desejado ainda é um trabalho em andamento, mas as empresas envolvidas reconhecem que a ciência da epigenética em plantas é algo que está evoluindo muito rapidamente.

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A proposta é que produtos mais saborosos nas prateleiras dos mercados convençam as pessoas a consumir as quantidades recomendadas de frutas e vegetais.

Fonte: Scientific American