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Cientistas descobrem como regenerar neurônios antigos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Bioscience Image Library/Unsplash
Bioscience Image Library/Unsplash

E se pudéssemos regenerar neurônios antigos? Foi essa a pergunta que levou os pesquisadores da Ludwig Maximilian University of Munich (LMU) a descobrir um processo sofisticado chamado reprogramação neuronal direta, no qual a função de uma célula é alterada em outra. Os detalhes foram publicados na revista Nature Neuroscience.

Quando neurônios são perdidos, isso pode levar a sérios problemas em como nosso cérebro funciona. Infelizmente, essa perda impacta significativamente nossas habilidades e vida diária. Por isso os cientistas ficaram tão interessados em procurar uma forma de regenerar.

Nesse processo de reprogramação neuronal direta, dentro do cérebro, células não neuronais (conhecidas como células gliais) são convertidas em neurônios funcionais.

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Os pesquisadores acreditam que esse processo tem grande potencial para tratar distúrbios neurológicos, embora seja complexo e desafiador.

Os pesquisadores destacaram as pequenas modificações químicas que ocorrem no epigenoma durante esse processo.

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O estudo, feito com camundongos, revela como um único fator de transcrição pode controlar quais genes estão ativos nas células.

Os cientistas usaram novas técnicas para estudar o epigenoma (o sistema que coreografa quais genes estão ativos em diferentes células) e descobriram um regulador que passaram a chamar de YingYang1.

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O regulador traz equilíbrio ao processo de conversão de astrócitos em neurônios — daí o apelido. Para colocar esse equilíbrio em prática, o YingYang1 abre a cromatina e trabalha junto com o fator de transcrição (proteínas que se ligam ao DNA para ativar ou reprimir a transcrição de genes específicos) para transformar a célula.

Técnicas voltadas a neurônios

A ciência tem apostado em técnicas que favorecem os neurônios, como é o caso do robô biológico que estimula o crescimento de novos neurônios, inventado pelos cientistas da Universidade Tufts.

Enquanto isso, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (UC San Diego), nos Estados Unidos, criaram um biomarcador indica se neurônios irão se regenerar após lesões.

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Investir em pesquisas sobre neurônios pode significar  novas abordagens para o tratamento de lesões cerebrais e doenças neurodegenerativas, por isso a ciência tem investido tanto.

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Fonte: Nature Neuroscience