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Celular é associado a infertilidade masculina; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Abril de 2024 às 13h27

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Volodymyr Proskurovskyi/Unsplash
Volodymyr Proskurovskyi/Unsplash

Quantas vezes por dia você checa as notificações no seu celular? Segundo estudo feito em Genebra, na Suíça, homens têm maior risco de infertilidade, quando usam o aparelho mais de 20 vezes por dia. O problema relacionado à fertilidade masculina está na queda no número de espermatozoides.

“O maior uso de telefones celulares está associado a uma menor concentração e contagem total de espermatozoides”, afirmam os autores, em artigo publicado na revista Fertility and Sterility.

No entanto, os pesquisadores entendem que ainda há muito a ser investigado na relação entre celular e infertilidade, já que a relação causal não foi comprovada até o momento. Outros fatores não considerados podem ser a causa da menor produção de espermatozoides em homens que usam excessivamente o smartphone. Eles também não se arriscam a explicar como o uso do aparelho afeta o sistema reprodutor masculino.

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Celular e quantidade de espermatozoides

O polêmico estudo suíço acompanhou 2,8 mil homens, com idades iniciais entre 18 e 22 anos. Todos os participantes se alistaram no serviço militar, entre os anos de 2005 e 2018. 

Cada voluntário forneceu amostras de sêmen para a análise laboratorial. Além disso, eles responderam questionários sobre o estilo de vida, o que incluía perguntas sobre a frequência do uso de celular e o lugar em que costumavam guardar o aparelho.

No grupo, os homens que usavam o celular mais de 20 vezes por dia tinham menor concentração média de espermatozoides do que os que acessavam menos o smartphone. 

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Nos "viciados" em celulares, os pesquisadores encontraram "um risco aumentado de 30% e 21% de concentração de espermatozoides [concentração espermática] e contagem total dos espermatozoides abaixo dos valores de referência da Organização Mundial da Saúde [OMS] para homens férteis, respectivamente". Ambos os parâmetros contribuem para a infertilidade masculina. 

No entanto, o estudo não encontrou associações consistentes entre os celulares e a motilidade — a capacidade de se movimentar do espermatozoide — e nem ao formato. Estes pontos também contribuem para casos de infertilidade.

Risco para fertilidade masculina?

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“Este é um estudo fascinante”, afirma Alison Campbell, pesquisadora da Care Fertility, em nota para a plataforma SMC. Entretanto, a especialista pontua que o resultado “não deve causar alarme ou mudanças drásticas de hábitos”. 

“Os autores [do novo estudo] destacam que são necessários mais estudos para confirmar se os telefones celulares foram a causa da redução observada no número de espermatozoides”, explica Campbell, que não participou da investigação na Suíça. “Atualmente não há explicação confirmada da biologia ou dos mecanismos por trás desta descoberta, uma vez que a investigação ainda não foi realizada”, acrescenta.

Se por precaução o homem quiser reduzir o uso de celular no dia a dia, pensando em reverter a infertilidade ou melhorar a saúde dos espermatozoides, é preciso saber que apenas esta medida ainda não é suficiente, com base nos atuais dados científicos. 

De forma comprovada, Campbell explica que, para aumentar a saúde dos espermatozoides, homens podem seguir os 5 seguintes conselhos:

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  1. Praticar exercícios físicos, evitando superaquecer na região da virilha;
  2. Adotar uma dieta balanceada, restringindo o excesso de calorias e açúcar;
  3. Manter um peso saudável;
  4. Evitar fumar;
  5. Limitar o consumo de álcool.

Vale destacar que outras pesquisas já demonstraram o risco de algumas substâncias químicas para a fertilidade musculina, como alguns tipos de inseticida.

Fonte: Fertility and Sterility e SMC