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Espermatozoides quebram leis da física em descoberta surpreendente

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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 iLexx/envato
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Em novo estudo publicado na PRX Life, cientistas descobriram que os espermatozoides violam as leis da física — mais precisamente, a terceira lei de Newton, que diz que para cada ação, há uma reação igual e oposta. Na análise, o grupo identificou interações mecânicas não recíprocas, que chamaram de “elasticidade ímpar”.

Conforme diz o estudo, os espermatozoides usam apêndices semelhantes a cabelos, chamados flagelos, para se movimentar. Eles se projetam da célula, quase como uma cauda, ​​ajudando a impulsioná-la para frente, mudando de forma à medida que interagem com o fluido.

Na prática, os espermatozoides fazem isso de forma não recíproca, o que significa que não provocam uma resposta igual e oposta do ambiente e, portanto, desrespeitam a terceira lei de Newton.

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No entanto, a elasticidade do flagelo não explica completamente como a célula é capaz de se mover. Os autores observam que, quanto maior a pontuação de elasticidade ímpar de uma célula, maior a capacidade de ondular sem grande perda de energia e assim avançar.

Os espermatozoides não são os únicos que possuem um flagelo. Muitos microorganismos têm um, o que significa que provavelmente há outros infratores das leis da física por aí a serem descobertos.

A ideia dos pesquisadores é que compreender e classificar outras células ou organismos capazes de movimentos não recíprocos pode ser muito útil e ajudar no projeto de pequenos robôs elásticos com capacidade de quebrar a terceira lei de Newton, por exemplo. Além disso, o módulo de elasticidade ímpar pode ser aplicado a uma ampla gama de dados biológicos.

Descobertas científicas sobre espermatozoides

A comunidade científica já concentrou diversos estudos nos espermatozoides, a ponto de obter intrigantes descobertas. Para se ter uma noção, um estudo de 2022 apontou que espermatozoides congelados podem sobreviver por séculos e ainda gerar embriões.

Ainda em 2022, um estudo publicado na JAMA Network Open concluiu que a poluição do ar pode comprometer qualidade de espermatozoides. Na ocasião, os cientistas da Tongji University (Xangai, China) analisaram 33.876 homens na faixa dos 34 anos e expostos a diferentes níveis de poluição do ar.

Já em 2020, pesquisadores descobriram que o que a ciência sabia sobre o movimento dos espermatozoides estava errado. Os materiais provaram que a cauda dos gametas masculinos não se movimenta de um lado para o outro, como uma cobra ou uma enguia.

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Fonte: PRX Life