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Brasil tem nove suspeitas de coronavírus e é classificado como perigo iminente

Por| 29 de Janeiro de 2020 às 18h04

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Ontem (28), o Ministério da Saúde anunciou que dois pacientes, sendo um em São Leopoldo (RS) e outro em Curitiba (PR), se enquadravam nos critérios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a identificação de suspeita no novo coronavírus chinês, chamado provisoriamente de 2019-nCoV. Junto a essas suspeitas, estava o caso de Belo Horizonte (MG).

No entanto, em exame do paciente de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi apontada a presença do vírus H1N1, responsável pela gripe suína, de acordo com a Prefeitura da cidade. Já o de Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente apresenta apenas um quadro de gripe, não detalhando a variedade do vírus que o infectou. Desses, somente o caso de Minas Gerais segue como suspeita.

Em pronunciamento do Ministério da Saúde nesta quarta (29), o secretário de Vigilância em Saúde Wanderson de Oliveira discorreu sobre as mudanças no escopo de definições de caso. De acordo com o pronunciamento de Oliveira, é considerado suspeito de portar o novo coronavírus "qualquer paciente que apresente febre, sintomas respiratórios e que, nos últimos 14 dias, tenha viajado para a China."

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Também não há nenhuma confirmação de caso do coronavírus no Brasil. Até o momento, são nove pacientes com suspeitas que se enquadram nessa nova definição, sendo que o maior número de casos é liderado pelo estado de São Paulo, com três suspeitos.

Sobre medidas de triagem e identificação de passageiras nos aeroportos, o Secretário Wanderson de Oliveira descarta a efetividade dos scanners térmicos, que auxiliam a identificação de passageiros com febre — um dos sintomas do novo coronavírus. Para Oliveira, "não há evidência alguma que a medida de temperatura na entrada do aeroporto seja efetiva para evitar a transmissão de doenças. Isso vale tanto para coronavírus como para influenza."

No entanto, esse método de averiguação já é adotado no Japão e na índia, por exemplo. Oliveira argumenta que "a aferição da temperatura na entrada é uma medida inócua, não tem impacto algum. Então, estamos trabalhando aquilo que a OMS determina: nós temos que instruir os serviços de saúde para ter capacidade de diagnósticos de ponta."

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O secretário Executivo João Gabbardo explica que "recomendamos às empresas brasileiras que evitem, neste período, organizar reuniões com presença física de pessoa que vem da China. As empresas devem optar por reuniões virtuais para tratar negócios no Brasil". Além disso, Gabbardo explica que "não vai haver bloqueio de pessoas que vêm da China. Nós estamos orientando aos brasileiros a não irem para a China."

Nova situação de Perigo Iminente

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De acordo com o governo Federal e as últimas suspeitas, o Brasil elevou sua classificação de risco do nível 1 de alerta para o nível 2, que é considerado como perigo iminente. Essa escala de riscos chega até o nível 3, onde há emergência de saúde pública — situação que pode vir a acontecer quando confirmado o primeiro caso de transmissão do novo coronavírus chinês no Brasil.

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"A elevação do risco significa que o país precisa se preparar para uma potencial introdução do vírus por aqui. Já vimos isso ocorrer em outros lugares, e é preciso tomar medidas de contenção para que o primeiro caso confirmado não venha a criar uma cadeia de transmissão no Brasil", comenta o infectologista Esper Kallás, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, para a BBC.

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Fonte: BBC e Ministério da Saúde