Publicidade

Anvisa rebate declarações do presidente do CFM contra máscaras e defende uso

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu críticas do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, que fez afirmações contrárias ao uso de máscaras, ainda recomendadas pelo órgão de saúde brasileiro para a prevenção da covid-19. Na declaração direcionada ao presidente da agência, Antônio Barra Torres, Gallo disse que as medidas "jamais podem ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos".

Na última terça-feira (14), tivemos a resposta da Anvisa através de uma nota, onde a agência afirma que suas decisões são baseadas nas melhores evidências científicas, pautadas e alinhadas com organizações nacionais e internacionais como o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Réplicas da Anvisa

Continuando a declaração, o órgão também afirma que não devemos esquecer da circulação viral, ainda ocorrendo no país e tendo potencial de gerar variantes de preocupação. A Anvisa acompanha os resultados de monitoramento epidemiológico da covid-19, em associação ao momento do país, que inclui maior circulação de pessoas e aglomerações em situações diversas, em grande parte por conta do período de carnaval, segundo a nota.

Na declaração de Gallo, que foi publicada na última segunda-feira (13), o presidente também apontou artigos e publicações que supostamente demonstrariam a ineficácia das máscaras para a prevenção e disseminação do SARS-CoV-2, ainda dizendo que é dever do CFM avaliar a produção científica sobre políticas públicas de saúde "obrigando a população a usar máscaras faciais como estratégia de contenção da pandemia da covid-19". Segundo ele, a medida ainda é um "tema controverso".

Gallo completa a declaração dizendo não haver evidências científicas de que o uso de máscaras de forma "banalizada" e "disseminada na comunidade" tenha impacto sobre a transmissão do vírus ou redução do adoecimento. Segundo a Anvisa, é preciso ter cautela e observar o comportamento da doença e circulação viral durante e após o carnaval. O público estaria, de acordo com o órgão, com níveis de vacinação muito baixos e longe de completar o ciclo vacinal ideal.

A agência também fala sobre o transporte aéreo, que abarca diversos demográficos, incluindo os vulneráveis como grávidas, crianças, idosos, indivíduos viajando para tratamentos de saúde e imunodebilitados, todos em contato próximo e em ambiente fechado. O uso de máscaras é, completa a Anvisa, "um ato de proteção individual e coletiva", e "as vacinas contra a covid-19 são seguras e protegem contra as hospitalizações e mortes".

Fonte: Anvisa, com informações da CNN