Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

6 motivos para voltar a usar máscara contra covid

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Junho de 2022 às 17h14

Link copiado!

MirkoVitali/Envato Elements
MirkoVitali/Envato Elements

Oficialmente, máscaras não são mais obrigatórias em ambientes fechados no Brasil, como escolas, shoppings, escritórios e cinemas. Hoje, o uso do equipamento de proteção contra a covid-19 é mantido apenas em espaços hospitalares. No entanto, isso não significa que, individualmente, esta medida não possa ser reconsiderada.

Por inúmeros fatores, como o aumento de casos da covid-19 e a queda nas temperaturas, especialistas afirmam que este é o momento para voltar a usar as máscaras, especialmente em ambientes fechados. Nesses locais, a circulação de ar costuma não ser boa, o que acaba facilitando a transmissão de vírus, como o coronavírus SARS-CoV-2.

A seguir, confira 6 motivos para retomar o uso de máscaras em locais fechados e manter a saúde em dia:

Continua após a publicidade

1. Nova onda da covid

Por causa da nova onda de casos da covid-19 e de internações no Brasil, cidades já orientam a volta do uso de máscaras. São os casos de São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Hoje, a média móvel de novas infecções está em 36,5 mil, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Há duas semanas, o número estava em 14,9 mil.

“Há um consenso entre as autoridades de saúde do mundo que essa retirada do uso de máscaras foi muito precoce, principalmente nos locais fechados. Nas regiões que estão em temporada de inverno é ainda mais complicado a retirada porque as pessoas tendem a ficar mais reunidas em locais fechados e a chance de transmissão aumenta muito”, afirma o diretor do Laboratório Multipropósito do Instituto Butantan, Renato Astray, em nota.

Continua após a publicidade

2. Doença ainda pode ser grave

Com o avanço da campanha vacinal — incluindo as três doses —, a tendência é que a covid-19 se torne uma doença menos preocupante. São comuns casos de pessoas que foram infectadas pela variante Ômicron, mas que apresentaram poucos ou nenhum dos sintomas da doença. No entanto, ela ainda pode ser grave e alguns grupos ainda enfrentam um risco elevado.

“A gravidade da doença nunca deixou de existir. Há pessoas que ainda adoecem, porque não conseguem responder adequadamente ao vírus, como imunossuprimidos, pessoas com doenças crônicas e crianças não vacinadas”, lembra o pesquisador Astray.

Continua após a publicidade

Inclusive, o país enfrenta uma alta de internações pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocadas pelo coronavírus. Outro risco é desenvolver a covid longa, uma condição que pode afetar até os casos leves da infecção e deixar sequelas duradouras.

3. Crianças pequenas não foram vacinadas

Pensando nos potenciais riscos da covid-19, as crianças mais novas estão em maior desvantagem, já que os menores de 5 anos constituem o último grupo que não foi vacinado. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprovou nenhuma vacina para este público.

Continua após a publicidade

Sem a proteção do imunizante e sem máscaras, mas, em contato com aglomerações em locais fechados, as crianças se tornam alvo do coronavírus, comenta o cientista. “As escolas têm sido um dos locais de maior transmissão da covid-19 e essas crianças acabam levando o vírus para casa. Se elas têm contato com os avós ou com pessoas mais suscetíveis, é uma bola de neve. É bem válido adotar as máscaras nestes ambientes”, reforça Astray.

4. Queda nas temperaturas

O coronavírus e os outros vírus respiratórios se espalham melhor em ambientes fechados e com menor circulação de ar. Estes espaços tendem a ser o padrão nos meses maios frios do ano, onde as janelas costumam ficar fechadas e as pessoas ficam aglomeradas. Para evitar possíveis surtos, vale usar as máscaras nesses ambientes, como nos escritórios. Uma medida simples pode evitar o colapso do sistema de saúde.

Continua após a publicidade

5. Atrasos na dose de reforço

Com a chegada da Ômicron e suas subvariantes, a imunidade contra o vírus da covid-19 caiu. Neste cenário, as autoridades de saúde implementaram campanhas para a aplicação de doses de reforço na população. No caso brasileiro, a taxa de aplicação da terceira dose ainda é bastante restrito.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura da terceira dose não chegou a 50% da população adulta no Brasil até meados de maio. Entre os jovens adultos, de 18 a 24 anos, o índice cai para 30%. Em outras palavras, um número significativo de pessoas está exposto ao vírus; tais pessoas podem se tornar vetores de transmissão, quando apresentam casos assintomáticos, por exemplo.

Continua após a publicidade

6. A volta da vida "normal"

Após o Brasil decretar o fim do estado de emergência por causa da pandemia da covid-19, a vida voltou ao "normal". Isso significa que shows, eventos e festas podem ocorrer sem a obrigatoriedade de medidas de proteção, como a apresentação do passaporte da vacina. Nestes casos de aglomerações, o risco de exposição ao vírus da covid-19 é alto. Isso porque um único infectado pode transmitir a doença para outras pessoas saudáveis.

Extra: em caso de sintomas gripais

Continua após a publicidade

Para fechar a lista de motivos que podem ajudar quem pensa em reconsiderar o uso de máscaras, é preciso lembrar que quem já está com sintomas gripais — como tosse, nariz escorrendo ou febre — deve usar o item de proteção.

Aqui, a discussão nem é sobre se proteger, mas é sobre responsabilidade e o que podemos fazer para manter os outros indivíduos seguros. “As pessoas doentes têm sempre que usar a máscara para tentar evitar espalhar o vírus”, completa o pesquisador Astray.

Se ainda tem alguma dúvida sobre a importância do uso de máscaras para barrar a transmissão do vírus da covid-19, alguns estudos já comprovaram a sua eficácia. Este é o caso de uma pesquisa da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Environmental Science & Technology.

Continua após a publicidade

Fonte: Instituto Butantan e Conass