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4 motivos para não pegar Ômicron de propósito

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Janeiro de 2022 às 15h15

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Photocreo/Envato Elements
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Considerada mais contagiosa, a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 é responsável por uma nova onda da covid-19 em todo o mundo, incluindo o Brasil. Nesse cenário, algumas pessoas têm se questionado se não seria o caso de contrair a infecção de uma vez e se livrar de medidas de proteção, como uso de máscaras. Só que esta não é, em nenhum aspecto, uma boa ideia.

Contrair a variante Ômicron do coronavírus de forma intencional está "na moda", comentou Paul Offit, diretor do Centro de Educação de Vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, para o canal CNN norte-americano. No entanto, o especialista alerta para os riscos de contrair a covid-19.

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"Você seria louco se tentasse se infectar com isso. É como brincar com dinamite", reforça Robert Murphy, da Universidade Northwestern. Isso vale mesmo para as pessoas que estão imunizadas contra a covid-19 ou que tiveram infecções anteriores.

1. Covid é pior que um resfriado

Atualmente, os estudos sugerem que a variante Ômicron tem uma probabilidade menor de causar formas graves da covid-19, principalmente em pessoas que estão completamente imunizadas — duas doses ou imunizante de dose única — e que receberam a dose de reforço.

Só que isso não significa, com plena certeza, que as pessoas infectadas não terão complicações da covid-19. Muito provavelmente, elas podem apresentar febre, dores no corpo, dor de garganta, congestão nasal, fadiga e linfonodos inchados. Imunizantes são desenvolvidos para evitar hospitalizações e óbitos da doença.

"As pessoas estão falando sobre a Ômicron como se fosse um resfriado forte. Não é um resfriado 'ruim'", lembra Murphy. "É uma doença com risco de vida", completa. Nesse sentido, ninguém deveria buscar, de forma ativa, se infectar pela variante.

2. Casos de pós-covid

Após estar "curado" da covid-19 e não apresentar mais carga viral detectável, alguns pacientes ainda podem enfrentar casos de pós-covid, ou seja, sequelas da infecção pelo coronavírus. Nessas pessoas, alguns sintomas podem continuar de forma persistente, como fadiga, dores de cabeça, névoa mental, falta de ar e dificuldades para dormir (insônia e ansiedade).

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No momento, pesquisas ainda buscam identificar os motivos que levam alguns pacientes a enfrentar sequelas da covid-19. Recentemente, um estudo da Stellenbosch University, na África do Sul, sugeriu que pequenos coágulos e a ação de plaquetas hiperativadas poderiam explicar, em partes, a condição. Só que o estudo não é conclusivo.

“Ainda estamos tentando entender a covid-19”, afirma Offit. "Como não entendemos, eu não seria tão rápido em querer contrair uma infecção", ressalta o especialista. "Nunca arrisque pegar uma infecção de um vírus natural", defende.

3. Colapso do sistema de Saúde

Nas últimas semanas, casos da infecção da covid-19 voltaram a subir no Brasil, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A situação é explicada pelo avanço da variante Ômicron no país. Em paralelo, vários estados enfrentam surtos de gripe, causados pela cepa H3N2 Darwin.

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No cenário brasileiro, ambas doenças já são responsáveis por congestionar o sistema de saúde. Agora, se indivíduos começarem a se infectar de forma proposital ou negarem a realidade da covid — "fugindo" do isolamento social obrigatório e transmitindo a infecção para outras pessoas —, hospitais podem entrar em colapso.

Vale lembrar que, em janeiro de 2021, sistemas de saúde colapsaram em algumas capitais brasileiras, como em Manaus. Na região do estado do Amazonas, faltou oxigênio para o tratamento de pacientes que estavam internados e óbitos foram relatados em decorrência da falta do suprimento.

Outro lembrete: não é possível saber quem vai desenvolver a forma grave da covid e precisar de hospitalização ou de uma UTI. Com esta doença, só é possível saber quem tem menos riscos.

4. Cuidado com as crianças

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Hoje, as crianças representam o último grupo de brasileiros a não receber a vacinação contra a covid-19. Isso significa que elas podem ser as mais afetadas pela onda da Ômicron, mesmo que a maioria não desenvolva complicações da doença. Quanto mais casos são registrados na população adulta e pediátrica, maior o risco dos menores serem expostos ao vírus.

Desde o início da pandemia, o Brasil soma 1.449 mortes de crianças de até 11 anos em decorrência da covid-19. Além disso, mais de 2,4 mil casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19 foram diagnosticados, segundo levantamento feito nos dados do SIVEP-Gripe.

Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que o primeiro lote da vacina da Pfizer/BioNTech para as crianças de 5 a 11 anos chegue na quinta-feira (13). Após análise dos lotes, a vacinação infantil deve ser iniciada na sexta-feira (14). Só que todo o processo de imunização ainda deve levar alguns meses até a proteção com duas doses.

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Fonte: ConassCNN e Instituto Butantan