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Mark Zuckerberg mostra avatar super-realista no metaverso

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 03 de Outubro de 2023 às 10h27

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Reprodução/Lex Fridman
Reprodução/Lex Fridman
Mark Zuckerberg

Os tempos de avatares cartunescos e sem pernas podem estar ficando para trás: para exibir o potencial das novas tecnologias da Meta focadas no metaverso, Mark Zuckerberg concedeu uma entrevista ao podcast de Lex Fridman a partir de uma versão fotorrealista, criada por meio de tecnologias de captura visual e de movimentos que fazem parte do rol de inovações da empresa para o setor.

Metaverso super-realista

Zuckerberg e Fridman estavam separados durante toda a entrevista, mas conversaram "frente a frente" usando headsets Meta Quest Pro. Mais impressionante do que isso, porém, é o uso dos Codec Avatars, uma tecnologia ainda em desenvolvimento pela Meta para criar representações fieis das pessoas em um ambiente virtual, a partir de reconhecimento facial usando os próprios óculos de realidade virtual — e no futuro, quem sabe, também em óculos inteligentes.

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O recurso, claro, funciona com uma bela ajuda da inteligência artificial, com o aprendizado de máquina sendo aplicado durante o processo de escaneamento. Enquanto o foco principal são os rostos, para que os Codec Avatars possam ser usados em conversas, reuniões e gravações, todo o corpo de um indivíduo pode ser reproduzido desta maneira, gerando modelos 3D que também podem ser utilizados em outras aplicações gráficas.

Outra inovação, segundo Zuckerberg, é o fato de que as imagens das pessoas são renderizadas nos próprios dispositivos, o que reduz a carga sobre a rede e o processamento, já que não há necessidade de transmissão de vídeo e gravações constantes. Por outro lado, ainda existe um caminho a seguir já que, enquanto os headsets são capazes de detectar movimento, o escaneamento ainda precisa ser realizado por um equipamento profissional de motion capture.

“Estou esquecendo que você não é real”

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A experiência encheu os olhos de Fridman, que disse estar a quilômetros de distância de Zuckerberg, mas “sentindo sua presença” como se estivessem falando pessoalmente. A entrevista, em si, não trouxe tantas revelações, com o CEO da Meta falando sobre seus planos para realidade virtual e aumentada, além dos anúncios do evento Meta Connect 2023.

O que impressionou, entretanto, foi a reprodução não somente das expressões faciais dos envolvidos no papo, mas também maneirismos, peculiaridades e até tiques, capturados pela inteligência artificial em tempo real. Trata-se, também, da resolução de um dos principais problemas percebidos do metaverso, justamente a falta de seriedade e realismo dos ambientes virtuais que tentam se passar pelos reais.

Essa é uma das principais preocupações da Meta, que vem desenvolvendo a tecnologia desde 2019 e ainda não sabe quando ela será lançada para o público. Existem desafios técnicos, claro, mas Zuckerberg aposta em pelo menos três anos para que as primeiras aplicações públicas do Codec Avatars comecem a aparecer, no que espera ser uma revolução do metaverso.