Quem paga por selo do Twitter Blue é alvo de piada, critica fundador do Koo
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |
O Koo criticou novamente o Twitter pela liberação do selo azul de verificado para assinantes do serviço Blue. Segundo a rede social do passarinho amarelo, o único beneficiado pela mudança foi a própria plataforma de Elon Musk, que poderá lucrar mais às custas do pagamento. Todos os usuários seriam afetados negativamente pela mudança graças à insegurança criada no serviço.
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As afirmações são do fundador do Koo, Mayank Bidawatka, e chegam no momento em que a rede social voltou a apresentar crescimento no Brasil. O criador da plataforma diz que o Twitter falhou ao liberar a marca de verificação para todos, porque a cobrança levará a mais falsificação de identidade.
"A verificação azul tinha algum significado anteriormente. Era uma marca de autenticidade para personalidades. Quando você abre para todos, que podem obtê-lo por um certo valor, ele perde o conceito do que realmente representa", explica o executivo.
Usuários, empresas e organizações continuarão a sofrer com a falta de uma ferramenta para diferenciar contas falsas das verdadeiras. Na opinião de Mayank Bidawatka, nem mesmo os perfis que pleiteavam o selo azul há anos ficarão satisfeitos.
"Já vi muitos usuários que pagaram por ele [blue check], sendo 'trolados’ por tentar ganhar respeito na comunidade, pagando pelo tick. O estigma social associado a este movimento não permitirá que se propague em massa", explicou o cofundador do Koo.
Sem o selo de verificação original, todas as contas verificadas anteriormente podem ter sua marca removida — como já prometido diversas vezes por Elon Musk. Isso significa que contas autênticas precisarão pagar para restaurar a identificação, o que pode gerar insatisfação e brechas para criminosos tentarem se passar pelos originais.
Recursos básicos e exclusivos do Blue
Outra crítica do Koo é sobre o oferecimento de recursos exclusivos apenas para assinantes. Para Bidawatka, há diversas outras maneiras de se ganhar dinheiro em redes sociais melhores do que cobrar dos usuários por recursos básicos.
"Acreditamos que a internet deve permitir, não tirar. De qualquer forma, a maioria dos recursos deve ser disponibilizada gratuitamente para que todos possam lucrar com o que a Internet nos oferece", ressalta.
Ele acredita que a adesão baixa de usuários ao Blue é uma prova do fracasso do sistema implementado por Elon Musk. O executivo indiano acredita que muita gente deve deixar a plataforma por completo devido à série de decisões erradas tomadas pela gestão atual.
Uma dessas decisões é banir rede sociais rivais do Twitter, como já ocorreu com o Mastodon. O Koo ainda segue vivo por lá, mas provavelmente apenas porque a popularidade da plataforma é limitada ao Brasil e parte da Índia apenas.
Verificação do Koo
O Koo oferece dois tipos de verificação aos usuários: a eminência amarela e a autoverificação verde. A primeira é voltada para o caráter de destaque na sociedade e entregue a personalidades, influenciadores, marcas e empresas. O objetivo é checar se a conta é realmente daquele perfil e não de um impostor, o que dá mais segurança para interações digitais.
Já a segunda tem a função parecida com a atual do Blue ao permitir que a própria pessoa comprove ser humana. No Twitter, isso é feito por meio dos dados de pagamento usados para a aquisição da assinatura. No Koo, as pessoas passam por um pequeno teste para mostrar serem pessoas de verdade, em vez de um bot fake.
Não significa que ela é quem diz ser nem tem a proposta de servir como parâmetro diferenciador da plataforma. "Isso dá o direito da anonimidade aos usuários, por várias questões de segurança. Para a autoverificação, é usada uma tecnologia simples e elegante para determinar o fato de que um humano está operando a conta. E é gratuito", conclui Mayank Bidawatka.