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Sandman e sua família: conheça os imperfeitos e amáveis Perpétuos

Por| 19 de Dezembro de 2021 às 11h00

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DC Comics
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Toda família tem seus problemas. E os mais imperfeitos “deuses” da mitologia de Sandman também vivem relações de amor e ódio, assim como reles mortais — e esta é a grande graça de tudo. Os irmãos de Morpheus são tão importantes na trajetória criada por Neil Gaiman, que seria impossível contar essa história sem a participação deles. Alguns ganharam tanto um espaço cativo no coração dos leitores que tiveram um protagonismo próprio na biblioteca do Mestres dos Sonhos. Mas quem são os Perpétuos?

“Eles estavam aqui antes da criação e estarão por aqui depois do fim” é um mantra recorrente na explicação do próprio Gaiman sobre os Perpétuos. Cada um tem um reino no qual é soberano. E cada um possui seu próprio símbolo (ou selo) e representação visual, que normalmente é vista como quadros de retratos pintados. Para convocar um irmão, o outro precisa estar em frente à sua galeria e chamar pelo nome.

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Os Perpétuos são uma família disfuncional, cheia de rusgas internas. Destino, o mais velho, é indiferente e raramente alimenta atividades com os outros. Os três irmãos (ou irmãs, já que apenas um gênero não os define por completo) mais novos não gostam de Sonho, porque ele “é muito arrogante”.

Desejo vive manipulando e fazendo jogos mentais; e sua gêmea mais nova Desespero costuma estar por perto. Delírio é insegura e muitas vezes teme Sonho. Destruição abandonou seus parentes. E Morte parece ser a única que consegue manter um bom relacionamento com todos.

À primeira vista, pode parecer confuso, mas vamos falar sobre cada um dos Perpétuos — fica mais fácil entender quem é quem.

Os Perpétuos e suas “funções”

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Todos os integrantes da família têm seu nome mais conhecido começando com “D”. Contudo, aparentemente, pode haver mais versões da mesma “entidade”. Por exemplo, Sonho (“Dream”, no original em inglês), termina sua jornada com Morpheus e inicia uma nova trajetória, com Daniel Hall assumindo o papel de Mestre dos Sonhos.

E cada um tem uma representação, uma imagem, que se mostra diferente a partir do consciente coletivo de uma cultura ou religião. Daí Sonho e Morte serem vistos de maneiras bem distintas para cada povo, de acordo com o local e contexto onde eles estão.

Destino

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Ele é cego, mas pode enxergar longe e em qualquer tempo e realidade, mesmo com seu tradicional capuz sobre o rosto. Seu reino é chamado de The Garden of Forking Ways. Quem conhece Sandman sabe que a série é um mar de referências, e esta é uma ao livro The Garden of Forking Paths, que descreve a maneira como cientistas podem se perder em descobertas quando não há um plano de análise de dados estabelecido previamente.

Nos quadrinhos, isso é representado por um labirinto em um jardim, em uma alusão à jornada da vida. O selo de Destino é um livro acorrentado ao seu pulso.

Morte

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Esta é, disparada, a personagem mais querida de todos os leitores. Digo, sim, Sandman é o favorito, mas ele pode ser muito chato e arrogante — até detestável. Já a Morte, com sua aparência de garota gótica à la Siouxsie and the Banshees em algum bar dos anos 1980, está sempre sorridente e alto-astral; é muito carismática.

Ela é irmã mais próxima de Sonho. Pode se dizer que ela é seu “porto seguro”, um ombro amigo que sempre dá bons conselhos. Ah, sim, fora isso, seu papel é de conduzir as almas que deixaram seus corpos e precisam continuar sua jornada fora do mundo dos vivos. A Morte é tão popular entre os leitores que ganhou duas minisséries próprias: Morte — O Alto Preço da Vida (1993) e Morte — O Grande Momento da Vida (1996). Seu selo é um pingente Ankh, que ela usa no pescoço.

Sonho

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O protagonista também se parece com um integrante de banda gótica oitentista, neste caso Robert Smith, do The Cure. Ele é temperamental e, aparentemente, desprovido de muitos sentimentos. Mas seus olhos costumam brilhar como as estrelas quando ele age com paixão entre os humanos — o que talvez tenha causado suas próprias derrotas.

O Mestre dos Sonhos é quem supervisiona o reino dos sonhos e da imaginação (o "Sonhar”) e regula as viagens oníricas e a inspiração. Seu selo é um elmo que ele usa em suas batalhas. Daniel Hall é o sucessor de Morpheus, que desistiu de sua existência (outro dia explicaremos isso).

Destruição

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Alto, forte, ruivo e com as costas largas, mais parece um bárbaro nórdico — e pouco lembra a aparência esguia e pálida da maioria de seus irmãos. Ele abandonou seu reino há 300 anos e, desde então, não faz muito contato com seus parentes. Demorou mais de dois anos depois do início do título mensal Sandman até que os leitores pudessem saber exatamente quem era "o irmão perdido" dos Perpétuos.

Uma das razões pelo exílio é a busca por um lugar menos turbulento e colérico do que quando está entre seus entes queridos. Destruição se tornou talentoso com as artes, em geral, de pintura à música. Seu selo é uma espada.

Desejo

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A mais velha de sua irmã gêmea Desespero (mas entre os mais novos entre os Perpétuos), Desejo não tem gênero e aparece na forma que melhor lhe convir, de acordo com a situação. Como não poderia deixar de ser, é egocêntrica e possui uma vaidade sem limites. Essa obsessão em ser o centro das atenções a impulsiona a provocar e irritar os seus irmãos, com vários de suas manipulações.

Desejo costuma estar entre as jornadas mais complexas de Sandman, que são suas derrotas. Seu selo é um coração de vidro.

Desespero

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Ela tem uma forma de uma mulher nua, com rosto primitivo e obesidade mórbida. Desespero habita o Reino Cinzento, um lugar obscuro, cheio de névoa e espelhos flutuantes, nos quais as pessoas ficam olhando para si mesmas — enquanto ela as observa em silêncio, ao lado de ratos.

Desespero costuma agir em conjunto com Desejo, auxiliando sua irmã (ou irmão) gêmea. Seu selo é um anel com gancho, que ela usa no dedo para cortar sua carne.

Delírio

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A mais jovem dos Perpétuos um dia já foi Deleite. Ela aparenta estar no final da adolescência. Seus cabelos mudam de acordo com sua vontade; e, normalmente, são vermelhos com tonalidades da cor laranja. Um de seus olhos é azul com manchas prateadas, enquanto o outro é verde-esmeralda.

Ela normalmente tem um comportamento que beira o infantil e sempre está indecisa ou insegura. Seu reino é tão louco quanto sua personalidade, cheio de cores, palavras, itens, entre outras coisas. Seu selo é um redemoinho de cores.

Perpétuos não podem se apaixonar por mortais

Como dá para notar, os Perpétuos estão em várias das esferas que compõem a realidade e os sentimentos de todas as criaturas vivas. E, entre eles, há poucas regras; contudo, mesmo sendo poucas as diretrizes, desobedecer pode significar o fim de sua existência. Uma delas é derramar o próprio sangue da família — e isso aconteceu quando Morpheus levou seu próprio filho, Orpheus, à morte.

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Outra regra é não se apaixonar por mortais, pois nada de bom pode sair dessa relação. E, novamente, isso aconteceu com Morpheus, quando ele se envolveu com Nada — já falamos sobre isso por aqui.

E aí, conhece melhor essa família? Está pronto para vê-la na TV? Pois, então, prepare-se, pois eles estão para chegar ao streaming da Netflix — o início está próximo, mas ainda sem uma data de estreia. E, não preocupe: os Perpétuos não podem se apaixonar pelos mortais — mas nós podemos por eles, certo?