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Vale a pena comprar uma TV com Alexa, Google Assistente ou Bixby?

Por| Editado por Léo Müller | 11 de Abril de 2022 às 17h32

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Erick Teixeira
Erick Teixeira

As Smart TVs estão tentando inovar cada vez mais para chamar atenção dos consumidores e, talvez, a última tendência seja a implementação de assistentes virtuais no televisor. Mas será que esse diferencial vale a pena? Vou contar minha experiência com um aparelho que possui tal recurso e comentar minha opinião.

Os assistentes virtuais estão ganhando espaço dentro de nossas casas. Isso é verdade principalmente com os dispositivos Echo da Amazon, que vem popularizando essa tecnologia. Porém, não é de agora que temos a presença dessas “companhias” virtuais.

Há anos já existia o Google Assistente e também a Bixby — essa última exclusiva da marca Samsung. Por isso, as empresas tiveram muito tempo para desenvolver e otimizar o reconhecimento de voz para acionar comandos.

No meu televisor, as três opções estão disponíveis: Alexa, Google Assistente e Bixby. Dessa forma, vou elencar os pontos positivos e negativos de cada um. E, por fim, discutir se realmente é uma função essencial para TVs hoje em dia ou se é apenas jogo de marketing.

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Google Assistente deixa a desejar

Curiosamente, o serviço da Google foi o que mais me decepcionou. Apesar de ser um veterano, ter milhões de dados compilados todos os dias (afinal é um dos buscadores mais usados no mundo) e tempo para desenvolver um sistema ágil e preciso, o Google Assistente é o mais travado de todos na minha TV.

Entre os principais comandos, podemos pedir para alterar o volume (abaixar ou aumentar), mudar de canal, abrir aplicativos como Netflix, HBO MAX ou Prime Vídeo e alterar algumas configurações da TV, por exemplo: brilho, contraste ou abrir o menu de configurações.

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Contudo, quando escolhi utilizar o Google assistente, ele se mostrou muito lento, travado e com grande dificuldade para entender meus comandos. Ao ponto de precisar repetir quase cinco vezes a mesma frase, sendo que, na última tentativa, precisei falar bem devagar. Isso complica bastante no dia-a-dia.

Por que vou ficar repetindo a fala mais de três vezes se posso simplesmente apertar o botão para realizar a ação, seja alterar o volume ou selecionar o aplicativo?

A proposta desses assistentes é justamente tornar o cotidiano mais prático e rápido, principalmente quando os controles remotos exigem muitos passos para chegar no ponto em que se deseja.

Nesse sentido, o Google Assistente na TV não agrega em nada enquanto um recurso para tornar nossa vida mais prática.

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Alexa se mostra mais precisa, mas ainda escorrega

Chegamos na segunda assistente disponível, a Alexa. Provavelmente a mais conhecida e com maior reputação a zelar. E, devo dizer, ela consegue, sim, ser mais intuitiva e responsiva do que o Google Assistente.

Ao dar os comandos, a Alexa entende muito melhor e consegue propor ações mais próximas daquilo que se desejava.

Contudo, ainda esbarra em alguns errinhos. Por exemplo, entre os três serviços disponíveis, tanto a Alexa quanto o Google não conseguiram compreender quando eu dizia o comando “Abrir HBO Max”.

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Outro ponto Positivo para a assistente da Amazon é atender com mais precisão o que foi requisitado,como alterar o volume. Por alguma razão, o Google Assistente não entendia quando pedia para subir o volume até 50 ou abaixar para um número específico.

Ele apenas conseguia adicionar ou subtrair cinco unidades. Já a Alexa alterava para o número exato que estava solicitando.

Talvez um incômodo que fique para aqueles que escolherem esse serviço seja os anúncios e sugestões que a Alexa sugere diversas vezes. Em momentos que aumentei o volume diretamente pelo controle, surgiu uma mensagem na parte inferior da tela com a sugestão para utilizar a Alexa da próxima vez.

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Só que essa mensagem demora alguns segundos para sumir, coisa que pode atrapalhar a experiência de filme ou série, ou até mesmo atrapalhar numa jogatina.

Até porque não é sempre que o usuário quer utilizar comandos de voz. Por questão de praticidade, por vezes preferimos apenas utilizar o botão.

Bixby, a grande surpresa

A Bixby, com certeza, foi a que mais me surpreendeu. Realmente não tive outras experiências com essa assistente virtual, apesar de possuir um celular Samsung.

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De forma que esperava que seu desempenho ficasse abaixo do Google assistente. Porém, felizmente, foi totalmente o contrário.

Dentre as três opções, a Bixby foi a que melhor entendeu meus comandos e conseguiu responder com rapidez e precisão. Inclusive, um de seus diferenciais é o comando “o que posso dizer”, em que ela mostra diversas ações que podem ser executadas.

Os outros assistentes também possuem tal comando, porém mostram exemplos mais genéricos e não tão voltados para o sistema da TV em si, mas sim para uso gerais do tipo “quantas calorias tem uma esfiha?” ou então “qual a previsão do tempo hoje?”.

Já a assistente da Samsung mostra uma tela com inúmeras ações voltadas para a TV. Seja alterar a entrada de dispositivos, acionar configurações de imagem, mudar volume, alterar canais. Isso pode ajudar muitas pessoas que, assim como eu, não possuem muito contato com esse tipo de tecnologia e podem ficar perdidas nas possibilidades.

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Contudo, é importante lembrar que estamos falando de uma TV Samsung. Então é natural que um software da própria empresa tenha mais integração com o produto do que as assistentes de Amazon e Google.

Outro ponto positivo da Bixby foi a rapidez de resposta. Nem bem terminava de formar a frase e a Netflix já estava abrindo. Além disso, existe o comando de pesquisar conteúdo diretamente no YouTube, mesmo estando com outro canal aberto, por exemplo: “pesquisar Canaltech no YouTube”.

No caso do Google Assistente, ele não conseguia compreender esse comando mais “fino”. Ele apenas abria o aplicativo do YouTube. Por outro lado, a Alexa acertava às vezes, mas não entendia as outras.

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Entretanto, com a Bixby, todas as vezes que pesquisei, inclusive diversos canais diferentes, obtive diretamente a página de pesquisa com o termo desejado.

Então, sem sombra de dúvidas, a Bixby se destacou entre as opções disponíveis. Até para a ação de alterar o volume, ela entendeu precisamente o número que eu requisitava.

Mas vale a pena?

Sendo direto e reto, nas minha experiência com uma Smart TV com assistente virtual, não faz tanta diferença. Isto é, se você estiver em dúvida entre dois modelos, e a única distinção entre elas é a presença ou ausência dessa tecnologia, eu diria que não vai fazer muita falta no cotidiano.

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Agora, podemos pensar do ponto de vista de revenda, e aí sim, esse pode ser um ponto interessante que valoriza o aparelho. Do contrário, se for para seu uso e não pretende revender, pode até escolher modelos mais completos sem a presença dos assistentes.

Acredito que essa tecnologia está melhor empregada nos alto-falantes inteligentes, como Echo Show, Echo Dot ou Google Nest. Eles oferecem melhor integração com aparelhos compatíveis para casa inteligente e oferecem uma interação bem mais natural do que a vista em TVs.

Talvez o único ponto que os assistente realmente façam diferença é se você tiver o hábito de assistir ao YouTube diretamente no aplicativo da TV. Já que é possível realizar a pesquisa apenas ditando os termos ou frases desejadas. Muito mais prático do que ficar caçando letra por letra com o controle remoto.

Assim sendo, digo que é, por enquanto, apenas um recurso simples e sem grandes revoluções para recursos voltados para a televisão em si. Mas pode trazer praticidade em alguns momentos.

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Canaltech no YouTube

Conectar a Smart TV ao Wi-Fi, baixar e fazer login nos aplicativos, além de aprender os comandos da assistente virtual. Essas são algumas das configurações iniciais para começar a usar o aparelho. Saiba como fazer isso, de acordo com o sistema do seu dispositivo. Assista ao vídeo COMO CONFIGURAR UMA SMART TV DA SAMSUNG (TIZEN) LG (WEBOS), ANDROID TV E ROKU TV e se inscreva no Canaltech no YouTube