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Prós e contras de migrar do Android para o iOS

Por| Editado por Léo Müller | 04 de Agosto de 2022 às 11h12

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Erick Mockaitis/Canaltech
Erick Mockaitis/Canaltech

Android e iOS dividem opiniões entre os usuários de smartphone, afinal, os dois sistemas operacionais oferecem inúmeras vantagens, e cada um tem suas peculiaridades que atraem e fidelizam os fãs.

Mas, quando você está insatisfeito com algum deles, a migração pode ser um pouco complicada, e se adaptar ao novo sistema operacional pode ser ainda mais difícil. Pensando nisso, preparei uma lista com as vantagens e desvantagens de trocar o sistema do Google pelo da Apple, para alertar você do que pode vir pela frente caso queira fazer a troca.

Vantagens de trocar o Android pelo iOS:

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Já não é nenhum segredo que, como um todo, o iOS é bem mais estável do que o Android. E isso vai bem além de você escolher ou não um modelo com bastante potência. O Android tem lá as suas falhas e, por mais que o rival também, elas são bem menores no iOS. Afinal, o sistema é bem otimizado e quase sem bugs tão incômodos.

Mas, além disso, há outras vantagens de se usar o software da Maçã. Algumas delas referente aos próprios recursos dos aparelhos, outras referente às políticas da marca. Confira, portanto, alguns dos pontos positivos de fazer a migração:

Pró 1 - mais atualizações para vários modelos

Um dos principais pontos positivos do iOS é a quantidade de atualizações que a Apple libera para seus aparelhos. Um iPhone comprado hoje terá suporte com updates por muito mais tempo que a maioria — senão todos — dos celulares Android.

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Só para se ter uma noção, um iPhone 8, que foi lançado em 2017, também está na lista dos aparelhos que podem receber o iOS 16 — a próxima versão do sistema operacional da marca, que deve ser anunciada em breve.

Como efeito de comparação, apenas a Samsung entre as fabricantes Android chega perto disso, já que a sul-coreana oferece cinco updates geracionais para seus flagships mais recentes. No entanto, isso começou a ser feito agora e ainda falta um bom caminho para a empresa asiática alcançar sua maior rival neste quesito.

Enquanto isso, outras fabricantes de smartphones Android ficam bem para trás nessa briga. A Motorola é uma delas. A empresa — que outrora foi conhecida por ser uma das primeiras a atualizar seus aparelhos — hoje libera, no máximo, duas atualizações para seus telefones, mesmo os topos de linha.

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Este é só um exemplo, mas outras empresas que usam o sistema do Google também deixam a desejar um pouco neste aspecto.

Pró 2 - ecossistema mais completo e funcional

O tão falado ecossistema da Apple é bem popular entre os aficionados pela Gigante de Cupertino, e não é sem motivo. Quem tem, além do iPhone, outros produtos da marca — como iPad, Macbook ou Apple Watch — pode aproveitar uma excelente integração entre os dispositivos.

Quando você tem um iPhone e um MacBook, por exemplo, você pode usar o seu celular como um roteador para o computador de forma automática. Já existe roteador Wi-Fi em celulares Android, mas a coisa funciona bem melhor entre iOS e macOS.

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Não é necessário fazer qualquer configuração, basta que um esteja próximo ao outro — e com a mesma conta Apple, ou Apple ID — para que o iPhone já apareça como um roteador na lista de Wi-Fi do MacBook. Enquanto isso, no Android, é preciso ativar a opção nas configurações do celular sempre que quiser utilizá-la e, só então, procurar a rede na lista de WiFi do computador e ainda digitar uma senha.

Outra função interessante é o AirDrop, que permite o compartilhamento rápido de arquivos entre dois aparelhos Apple. Mais uma vez, o Android já tem algo parecido, mas a praticidade e agilidade do sistema da Apple deixam a alternativa do Google bem para trás.

Já quem tem um Apple Watch consegue digitar textos para busca no relógio direto no iPhone. Se quiser buscar um aplicativo, por exemplo, basta digitar o nome no teclado do celular e realizar a busca pelo vestível — mais prático do que digitar em teclado alfanumérico direto no wearable.

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Pró 3 - aplicativos mais otimizados

Apesar de a maioria dos aplicativos estarem disponíveis tanto para Android quanto para iOS, a otimização deles é bem maior para o sistema operacional da Maçã. Um exemplo clássico é o Instagram.

Hoje, poucos lembram, mas o Instagram foi desenvolvido, inicialmente, como um aplicativo exclusivo para o iPhone e só muito depois ganhou uma versão para o sistema rival. Agora, mesmo anos após o lançamento da rede social para o Android, o app ainda é melhor executado no iOS.

Isso inclui não só uma qualidade maior para os stories — como muitos já devem saber —, mas também uma navegação mais fluida. Além disso, novidades quase sempre chegam primeiro no iPhone, para só depois dar as caras no Android.

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Outro exemplo é o Twitter, que oferece um recurso de compartilhamento de tweets direto nos Stories do Instagram. Enquanto no Android você só pode enviar um tweet para um amigo por mensagem no Insta, no iOS você pode compartilhar com todos nos stories sem precisar printar.

Pró 4 - privacidade e segurança

A Apple comprou uma briga grande com o Facebook há algum tempo por conta do rastreamento de dados dos usuários e isso pode ser interpretado como uma preocupação da marca com quem usa seus aparelhos.

Como resultado, isso levou a uma novidade no iOS 15 que possibilita impedir que a rede social — ou qualquer outro aplicativo, na verdade — rastreie os dados dos usuários. Assim que você executa um app pela primeira vez, você já pode escolher não ter seus dados monitorados pela aplicação.

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Na prática, isso evita que você seja bombardeado com anúncios direcionados. Você já teve a impressão de receber propagandas sobre algo que você pesquisou uma só vez? Pois bem, isso é algo que não deve acontecer se você usa uma versão mais recente do sistema da Apple e solicita que seus dados não sejam rastreados.

Além disso, você pode fazer logins em vários sites com seu Apple ID sem que os administradores do endereço sequer saibam seu endereço de e-mail. Isso evita que você receba aqueles alertas e anúncios chatos que costumam chegar no Gmail.

Pró 5 - mais eficiência na carteira digital

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Tanto o Android quanto o iOS contam com uma carteira digital, mas a alternativa da Apple funciona de forma mais completa do que a rival.

Com o Apple Pay, você pode não só usar o celular para pagar transações em qualquer estabelecimento que tenha suporte à tecnologia, como unir quase todos os seus cartões e senhas em uma só interface.

Dessa forma, é possível colocar cartões de convênio, transporte, de embarque em aviões, fidelizações e até salvar chaves virtuais de fechaduras inteligentes na carteira digital da Apple.

O Google já caminha para oferecer algo do tipo com o app Carteira — antigo Google Pay — mas ainda falta um pouco para alcançar a rival.

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Pró 6 - Apple CarPlay

O Apple CarPlay é a alternativa da Apple para o Android Auto. Ele nada mais é do que uma interface baseada no iOS para automóveis, que permite uma integração do celular com o sistema do veículo.

Enquanto as duas fabricantes têm suas próprias apostas, a Apple desenvolve a sua de forma mais otimizada. Isso inclui uma interface mais segura com ícones maiores, maior estabilidade, menos problemas de conexão, compatibilidade com mais automóveis, mais facilidade para o uso e um volume de mídia mais alto em apps de música.

Desvantagens de migrar do Android para o iOS

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Mudar do Android para o iOS não é só maravilhas, e o sistema operacional do Google tem a sua legião de fãs, e também não é à toa. O iOS, apesar de ser um sistema operacional mais estável, também tem as suas desvantagens. Confira, portanto, algumas delas:

Contra 1 - assistente digital pouco evoluída

A Siri é tão popular em filmes e séries, mas não é tão funcional como fazem parecer. A assistente digital fica bem para trás quando é comparada com o Google Assistente que, por sua vez, oferece mais funcionalidade e tem um catálogo bem maior de dados para responder questões e solicitações de seus usuários.

Outro problema comuns é que a assistente da Maçã também pode ser acionada acidentalmente com muita frequência, o que pode incomodar os usuários. Sem contar que ela não funciona com boa parte dos dispositivos de casa inteligente disponíveis no Brasil.

Aliás, esse também é um problema do Apple HomeKit — o sistema de casa inteligente da marca. Ele não é suportado por muitos aparelhos inteligentes vendidos por aqui, principalmente as marcas mais básicas de lâmpadas, por exemplo.

Contra 2 - sistema operacional com limitações e dificuldades

O iOS é bem estável, isso não dá para negar. Mas o software também deixa a desejar em diversos aspectos. Um deles é a navegação por gestos, que está longe de funcionar de forma intuitiva como no Android.

Com o sistema do Google, você arrasta para os lados para voltar para telas anteriores ou fechar aplicativos, arrasta para cima para ir para a tela inicial e arrasta e segura para cima para abrir a tela de apps recentes.

Já no iOS, nem todas as telas funcionam com gestos, e muitas vezes você precisa clicar em um “x” ou "<" para fechar uma página ou deslizar para o lado para fechar outras. Em resumo, cada tela tem um comportamento diferente. Isso pode atrapalhar se você usar o software pela primeira vez.

Fora a navegação por gestos, o gerenciamento de notificações também é bem complicado no iOS. Para começar, a barra de status não mostra, com ícones, a maioria das mensagens presentes na Central de Notificações.

Além disso, é preciso deslizar duas vezes — ou uma única vez, mas de forma mais longa — para apagar cada uma delas, uma tarefa bem chata e com pouco sentido, principalmente se comparado com a praticidade do Android.

Contra 3 - carregamento

Se você já usa o Android há anos, provavelmente já tem alguns cabos USB-C ou micro USB pela casa e, consequentemente, pode carregar seu celular normalmente. Também pode deixar um em casa e outro no trabalho e por aí vai. Da mesma forma, se você for para algum lugar e esquecer o carregador, provavelmente terá alguém para te emprestar.

Já se você usa um iPhone, a conversa já é outra, já que o carregador da marca é diferente — ela ainda usa o antiquado Lightning, em vez de seguir a tendência do mercado com o USB-C.

O problema do Lightning, no entanto, vai muito além da limitação na hora de usar cabos de terceiros. Esse tipo de conector é pouco eficiente na transmissão de energia e dados, e, consequentemente, pode levar um tempo maior para carregar o celular do que seria com um smartphone Android.

Contra 4 - bateria fraca

Isso já até virou meme: a bateria dos iPhones é bem "fraca", e os usuários da Apple estão sempre em busca de uma tomada ou carregador. Isso começou a ser melhorado nas últimas gerações e, do iPhone 11 em diante, as versões Pro e Pro Max já contam com uma autonomia melhor.

Isso é exclusivo, no entanto, para os modelos mais caros, e se você comprar uma versão “comum” do iPhone, provavelmente terá problema com o desempenho da bateria. Isso fica ainda pior com o passar do tempo e, com meses de uso, a autonomia fica cada vez mais baixa.

Contra 5 - teclado

O teclado da Apple já não é dos melhores e mais práticos para um uso diário. Com o tempo, é claro, você pode se adaptar e não notar as diferenças, mas a disposição das letras e dos caracteres especiais não é tão intuitiva como no Android.

E não adianta baixar apps de terceiros, como o Swiftkey e Gboard, que não são otimizados da mesma forma como vemos no Android. Eles estão cheios de bugs e vivem sendo sobrepujados pelo teclado original do iOS.

Além da estranheza nos primeiros dias, dependendo de quão acostumado você está com o Android, isso pode ser uma grande fonte de frustração com o iOS e até motivo para desistir da migração em alguns casos.

Contra 6 - ecossistema “exclusivo”

O ecossistema Apple — que é uma das principais vantagens do iOS — também aparece como um ponto negativo do sistema da Maçã. Por um simples motivo: ele é bem “fechado”.

Para colocar da forma mais simples possível, a marca praticamente “força” a só usar dispositivos Apple caso você queira comprar acessórios vestíveis, como relógios inteligentes ou fones de ouvido.

Se você tiver um Galaxy Watch — que é o principal concorrente do Apple Watch —, você não poderá conectar com o iPhone. Quer dizer, você até pode conectar, mas ele perderá boa parte dos seus recursos e não funcionará tão bem como funciona em qualquer celular Android.

Se você quiser uma boa experiência com dispositivos do tipo, terá que comprar um Apple Watch e um AirPods — os fones de ouvido da Gigante de Cupertino.