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Os tablets da Samsung são boas alternativas aos iPads?

Por| Editado por Léo Müller | 04 de Dezembro de 2023 às 10h41

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Erick Teixeira/Canaltech
Erick Teixeira/Canaltech
Galaxy Tab S9 Ultra

A Samsung e a Apple disputam no mercado de tablets há anos, mas a superioridade dos iPads sobre os modelos Android é bem ampla, principalmente ao nível de popularidade. Mas, será que os tablets Samsung são boas alternativas aos iPads quando o assunto é experiência de uso diário e profissional? Descubra nesta matéria.

iPads ainda são a maioria

Assim como acontece com os iPhones, os iPads são muito populares pela excelente otimização do sistema — no caso, o iPadOS. No entanto, a má fama do Android dedicado para tablets também contribuiu positivamente para a dominância dos iPads nos últimos anos.

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Segundo um levantamento da consultoria de análise de mercado StatCounter com fechamento em novembro de 2023, a Apple possui 54,38% de market share (participação de mercado) no segmento, enquanto a Samsung, com sua linha Galaxy Tab, tem 27,68%. É um segundo lugar sólido em relação às outras marcas, com menos de 8% cada.

Essa solidez no segmento mostra que a Samsung está no caminho certo, pelo menos quando olhamos o espectro Android, mas ainda há um longo caminho pela frente para se aproximar da Maçã.

Tablet Samsung x iPad

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Quando consideramos apenas as especificações, a Samsung não perde em nada para a Apple. Neste ano de 2023, tivemos o lançamento do Galaxy Tab S9 Ultra, que rivaliza com o iPad Pro M2. Nós já fizemos uma análise completa do dispositivo aqui no Canaltech, mas, resumidamente: é o tablet Android com a melhor ficha técnica e experiência de uso da atualidade.

Porém, a principal desvantagem do Galaxy Tab S9 Ultra — a qual atribuo não à Samsung, mas ao próprio Google —, é a adaptação do sistema operacional Android para tablets. Quem acompanha as notícias de tecnologia sabe que o robozinho sempre teve dificuldade de lidar com telas grandes, sendo esse um dos principais motivos da ascendência do iPadOS.

Apesar do Google ter finalmente dado a atenção devida ao segmento, otimizando grande parte dos seus aplicativos aos produtos com telas maiores, muitos desenvolvedores de aplicativos ainda não parecem atentos para investir nesse mundo. Como pudemos atestar na análise do Galaxy Tab S9 Ultra, o popular Instagram para tablet é a versão para celular, só que esticado.

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Além disso, se você quiser usar um tablet Android profissionalmente, terá que lidar com programas com interfaces defasadas. Um exemplo é o Luma Fusion, famoso editor de vídeo que possui versões para Android e iPadOS completamente diferentes, sendo muito superior no iPad — por essas e outras situações, profissionais de edição, produção e artistas normalmente optam pelo ecossistema da Apple.

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Alternativas a aplicativos populares

Embora os tablets Android não sejam a primeira opção dos profissionais justamente pela falta de otimização dos principais aplicativos do gênero, você não precisa trocar de plataforma só para criar conteúdo profissional — basta, apenas, aceitar que terá algumas desvantagens.

Por exemplo, o LumaFusion é um aplicativo de edição popular com versões para Android e iPadOS. Com exceção da interface mais datada, como se fosse da geração passada, você ainda deve conseguir os mesmos resultados quer teria se estivesse em um iPad. Porém, outras alternativas que funcionam bem no Android são o CapCut e o Adobe Premiere Rush.

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Para profissionais de design, o Procreate é o melhor aplicativo para iPad que não está disponível no Android, o que é uma pena. Porém, algumas alternativas para desenhar no tablet são os apps Adobe Photoshop Sketch, ArtFlow, Ibis Paint X.

Tablets Samsung são mais acessíveis

A Samsung tem conseguido contornar grande parte dos problemas do Android com sua interface One UI dedicada a telas grandes, os acessórios oferecidos e o preço normalmente abaixo da média — e aí que os tablets da sul-coreana conseguem se diferenciar no mercado em relação aos iPads.

Nesta matéria, usaremos a linha Galaxy Tab S9 como exemplo por ser a atual geração da Samsung — mas outros modelos também podem compartilhar uma ou outra característica. Primeiro, os tablets possuem modo DeX, que praticamente transforma a experiência de tablet em laptop.

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O iPadOS não possui um modo que transforma a interface dos iPads em uma similar de um computador, mas, caso o usuário queira usá-lo em um monitor, há suporte a telas maiores nos modelos com iPadOS 16.2 ou superior.

A Samsung parece realmente muito engajada em seguir nessa direção de modelo híbrido, já que oferece capa-teclado e caneta S Pen na caixa. Com isso, seus modelos conseguem ser opções interessantes e mais acessíveis para estudantes, professores e usuários que procuram versatilidade.

A Apple, por outro lado, não se destaca na variedade de acessórios oferecidos na embalagem e cobra muito caro para quem cogita utilizar todo o ecossistema da marca. Só para comparação, só o teclado Magic Keyboard oficial para o iPad Pro custa R$ 4.223 no site da fabricante, quase o mesmo preço de um Galaxy Tab S9 da Samsung — com todos os acessórios inclusos.

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Os tablets Samsung são alternativas aos da Apple?

Os tablets da Samsung são ótimas alternativas aos da Apple se você não quiser — ou puder — gastar muito dinheiro para montar a combinação perfeita para o iPad Pro M2, que inclui o teclado Magic Keyboard e a caneta Apple Pencil. Essa configuração sai por mais de R$ 18 mil no site da Apple, enquanto o Galaxy Tab S9 Ultra, com tudo incluso, sai por menos de R$ 6.500.

E aí, vale considerar o que você procura em um tablet: precisa de um modelo premium para uso profissional e está disposto a desembolsar mais de R$ 18 mil? O iPad certamente te proporcionará a melhor experiência para essa finalidade.

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Agora, se você pode renunciar a um aplicativo ou outro, a melhor opção são os Galaxy Tab S9 da Samsung. Você paga menos da metade do preço de um ecossistema equivalente da Apple e ainda leva acessórios essenciais na caixa sem ter que comprar nada extra.

Fonte: Design Tutsplus; StatCounter; Arstechnica