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O filtro de linha pode substituir o estabilizador?

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Belkin
Divulgação/Belkin

Filtros de linha e estabilizadores são produtos que possuem basicamente a mesma função principal: impedir que flutuações na energia elétrica causem danos aos eletrônicos. No entanto, eles operam de forma diferente, e por isso várias pessoas se perguntam se o estabilizador pode ser substituído pelo filtro.

A resposta curta para a questão é: sim! Inclusive, muitas pessoas que entendem do assunto consideram que a troca pode ser bastante benéfica para os aparelhos eletrônicos, especialmente no que diz respeito à longevidade.

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O centro da questão está em como ambos os produtos funcionam. Afinal, o estabilizador funciona de forma mais “ativa” na hora de oferecer proteção contra surtos, já que promove frequentes alterações na saída de tensão elétrica para manter o fornecimento de energia em um estado constante.

No entanto, esse mesmo mecanismo promove pequenas interrupções no fornecimento de energia, que são pouco perceptíveis no dia a dia, pois as fontes possuem capacitores capazes de armazenar pequenas cargas para preencher estes “buracos”.

Mesmo assim, os críticos dos equipamentos que estabilizam a tensão apontam que essas interrupções podem estragar os eletrônicos a longo prazo. Outros indicam que, desde que a fonte de energia do dispositivo seja de qualidade, não há com o que se preocupar — portanto, não há um consenso para definir se a melhor opção é um filtro de linha, ou se é um estabilizador.

De qualquer forma, essa discussão da longevidade não atinge os filtros de linha, que funcionam de um jeito bem diferente e mais “discreto”. Afinal, o produto apenas permite a passagem de corrente (funcionando como uma tomada comum) até o momento que aconteça uma instabilidade mais forte na rede elétrica.

Se a oscilação ocorrer, por conta de uma tempestade ou outro tipo de situação que altere a rede, o filtro atua queimando fusíveis internos, sacrificando-os para salvar os eletrônicos. Fusíveis são peças relativamente baratas, e em alguns casos um fusível de reposição já vem com o próprio filtro — ou seja, de qualquer forma o prejuízo será bem menor.

No final das contas, a batalha entre filtro de linha contra estabilizador tende a dar mais vantagens para o filtro, que ainda conta com outros benefícios:

  • Variedade de tamanhos e estilos: filtros de linha podem ser comprados com várias tomadas, o que nem sempre é o caso para os estabilizadores.
  • Espaçamento entre tomadas: alguns filtros contam com tomadas mais espaçadas entre si, o que permite a ligação de carregadores de notebook ou outros tipos de adaptadores que poderiam bloquear outras saídas em estabilizadores.
  • Maior praticidade: os filtros costumam ser mais leves e práticos de usar em comparação com os estabilizadores.
  • Elimina ruídos na rede elétrica: os filtros também podem amenizar ou eliminar ruídos na rede elétrica — ou seja, situações em que a ligação de um produto com alta potência causa interferência na energia do resto da casa.
  • Preço: em muitos casos, os filtros de linha são mais baratos em comparação com os estabilizadores.
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Seja na hora de comprar um estabilizador ou um filtro de linha, o ideal é tomar cuidado com a qualidade do produto. Afinal, eles representam uma barreira importante para os dispositivos eletrônicos contra potenciais perigos causados por problemas na rede elétrica — portanto, às vezes comprar o mais barato não é o melhor caminho.

Outra alternativa comumente associada a este segmento de produto é o nobreak, que tem características mais parecidas com o estabilizador. No entanto, ele se diferencia por contar com uma bateria interna, que manterá a alimentação dos produtos ligados a ele por alguns minutos após uma queda de energia.

Fonte: Learning Electrical Engineering, LifeHacker