Review Galaxy S21 Ultra: o celular para produtividade da Samsung
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |
Em janeiro do ano passado, a Samsung atualizou seus celulares topos de linha e lançou três novos modelos na série S, o Galaxy S21, Galaxy S21 Plus e Galaxy S21 Ultra.
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O modelo mais avançado da série, ou seja, o S21 Ultra, é bem mais completo, tem um hardware mais potente e, de quebra, ainda herda uma funcionalidade que antes era restrita à linha Galaxy Note ou aos tablets da marca: o suporte à S Pen.
Mas será que, no geral, vale a pena comprar o Galaxy S21 Ultra com todos os seus benefícios e preço um pouco salgado? Confira essa análise completa e veja se ele é um celular para você.
Design e construção
O Galaxy S21 Ultra conta com um design elegante e sofisticado. Ele possui a traseira de vidro com acabamento fosco que garante seu visual premium. Ainda na parte de trás, o aparelho conta com um módulo saltado que é acoplado à moldura e abriga o conjunto de quatro sensores da câmera.
Essa decisão da Samsung de alterar a estética do quadro foi bem acertada, no meu ponto de vista, já que dá um tom mais luxuoso ao aparelho, principalmente se comparado com a geração passada, que tinha o conjunto solto na traseira. O smartphone tem as laterais feitas em metal, assim como as teclas power e de volume.
Todos os conectores e portas ficam localizados na parte inferior. Isso inclui uma entrada USB-C para carregamento, a gaveta para os chips de operadora e uma peça do conjunto de alto-falantes — a outra fica na saída de áudio para ligações.
Um ponto negativo — que, no entanto, é padrão em muitos modelos — é a ausência de um conector dedicado para fones de ouvido. Portanto, nada de ouvir música com fios e carregar o telefone ao mesmo tempo, já que tudo é feito pela mesma porta.
Para completar, ele conta com um microfone na parte inferior, ao lado da gaveta de SIM Card, e mais dois na parte superior.
Também é importante destacar que ele é bastante pesado, com nada menos do que 228 gramas. Já suas dimensões são de 165,1 x 75,6 x 8,9 mm, o que pode ser um pouco incômodo para quem tem mãos pequenas.
Tela
Um dos principais aspectos positivos do Galaxy S21 Ultra é sua tela generosa de 6,8 polegadas com tecnologia Dynamic AMOLED e resolução de 1440 x 3200 pixels.
Essas especificações, naturalmente, deixam a imagem bem mais realista e com cores bem vibrantes. Isso é excelente na hora de assistir a filmes e séries em conteúdos de streaming, por exemplo.
Por padrão, o aparelho chega com a configuração em resolução máxima, mas, caso queira poupar bateria, é possível alterar a definição de WQHD+ (3200 x 1440 pixels) para FHD+ (2400 x 1080 pixels) ou HD+ (1600 x 720 pixels).
Além disso, o flagship da Samsung conta com uma taxa de atualização de 120 Hz, ideal para quem gosta de jogar pelo celular. Além de melhorar a experiência gamer, essa especificação também é responsável por deixar a navegação mais suave e fluida nos feeds de redes sociais, por exemplo.
Mais uma vez, o usuário pode alterar essa configuração e definir entre duas opções. A primeira ajusta automaticamente a taxa em até 120 Hz, de acordo com a necessidade do aparelho. Já a segunda fixa em 60 Hz para poupar energia — configuração indicada se você não costuma jogar pelo smartphone, por exemplo.
O brilho máximo da tela é bem alto e, aliado à tecnologia Dynamic AMOLED, permite visualizar o conteúdo no display mesmo quando estiver sob uma luz solar muito forte. Mas, caso queira utilizar com uma configuração mais baixa, ele não deixa a desejar e ainda é possível enxergar bem o conteúdo exibido.
No geral, com todas as configurações definidas no máximo, temos uma experiência digna de um aparelho topo de linha, que não deve deixar a desejar frente aos principais concorrentes.
Configuração e Desempenho
Em relação ao desempenho, o Galaxy S21 Ultra não deixa a desejar em nenhum aspecto. A versão que chegou ao Brasil conta com a plataforma móvel Exynos 2100 — chip desenvolvido pela Samsung com performance equivalente ao Snapdragon 888.
Aliado a isso, o telefone também conta com opções de até 16 GB de memória RAM e 512 GB de armazenamento interno. A unidade que recebemos para teste possui 12 GB de RAM e 256 GB de memória.
Essa combinação já é o suficiente para aproveitar jogos bem pesados, como títulos de fps, com configurações máximas de gráfico e alta taxa de quadros por segundo. Neste quesito, a tela de 120 Hz também contribui bastante para evitar lags e engasgos.
Nos meus testes, pude rodar games como Free Fire, Call of Duty Mobile e League of Legends Wild Rift com configurações gráficas no máximo sem qualquer tipo de engasgo ou travamento.
Em aplicativos mais comuns, como redes sociais e mensageiros, também temos uma navegação muito fluida e, como já é de se esperar, não há qualquer travamento durante a navegação.
Como padrão, também realizei testes de benchmark no aplicativo 3D Mark, nas análises Wild Life Extreme Unlimited e Wild Life Unlimited, com pontuações de 1736 e 6220, respectivamente. Como efeito de comparação, esse último resultado foi superior do que 5% das análises feitas com o iPhone 12 Pro Max na mesma plataforma.
Um aspecto negativo, porém, é que notei um aquecimento maior do celular quando executo o aplicativo da câmera. Mesmo no modo mais básico do app, após algumas fotografias tiradas, o smartphone começa a aquecer bastante.
Não chega a ser algo extremo, ao ponto de causar riscos ou gerar preocupações, mas é algo que não se nota em todo telefone.
Em termos de conectividade, o Galaxy S21 Ultra conta com as tecnologias mais avançadas da atualidade. O suporte ao Wi-Fi 6e permitiu que ele alcançasse o máximo da minha rede e o celular ultrapassou com tranquilidade a marca de 500 Mbps.
O celular também reconhece a rede 5G, mas não pude testar essa configuração, já que essa novidade ainda não está disponível amplamente no território brasileiro. Mas é bom saber que ele já conta com esse recurso.
Outras características incluem, ainda, conectividade Bluetooth 5.1 e NFC para pagamentos por aproximação.
Usabilidade
O Galaxy S21 Ultra chegou às lojas com o Android 11 instalado de fábrica mas, devido à boa política de atualizações da Samsung, ele já começou a receber o update para o Android 12, carregado sob a interface One UI 4.0.
Com isso, o aparelho conta com diversas funções novas do sistema operacional do Google, além de recursos implementados pela própria Samsung.
Samsung Dex
Uma das funções mais interessantes, por exemplo, é o Samsung Dex, que permite duplicar todos os recursos do celular para um computador com Windows instalado. Dessa forma, é possível acessar quase tudo o que há no celular direto pelo PC, por meio de uma conexão Wi-Fi ou com cabo USB.
É possível, por exemplo, abrir o Instagram, Facebook, Twitter, WhatsApp ou Telegram direto pelo computador. Aplicativos comuns também são acessíveis pelo PC, mas alguns específicos — como apps de banco — são bloqueados por questões de segurança.
De qualquer forma, é um recurso muito interessante para quem trabalha com um setup que inclui um computador Windows e o celular. Dessa forma, não é preciso ficar pegando o celular toda hora para realizar tarefas rápidas.
É importante não confundir o Samsung Dex com o funcionamento da função “Meu Telefone”, da Microsoft, que também permite essa integração, mas não de forma tão completa quanto o Dex.
Interface customizada
O Galaxy S21 Ultra também conta com uma interface de usuário customizada. Dessa forma, o visual do sistema operacional é bem diferente do que o que é oferecido de forma oficial pelo Android.
Com isso, temos menus, telas de configurações e área de notificações bem modificadas pela Samsung, com um visual próprio. Também é possível baixar temas e pacotes de personalização para deixar o aparelho ainda mais a sua cara.
S Pen
Outra novidade no Galaxy S21 Ultra é o suporte oficial à caneta S Pen. Antes restrita apenas aos celulares da linha Note ou aos tablets da empresa, agora é possível utilizá-la também no smartphone high-end da linha S.
É importante destacar que o kit do smartphone não inclui o acessório, mas pude fazer o teste com a caneta do Galaxy Note 10 e a experiência foi bem semelhante. Ao aproximar a ponta da tela, o Galaxy S21 Ultra já a reconhece automaticamente e exibe atalhos de apps e funções que usam o gadget.
Outros recursos
Outra função que eu usei bastante foi o Wireless Powershare. Com esse recurso é possível carregar outros celulares ou até mesmo acessórios que são compatíveis com carregamento sem fio.
Dessa forma, a bateria do Galaxy S21 Ultra é transferida para o outro dispositivo. Para isso, basta ativar a função — que pode ser arrastada para a área de configurações rápidas — e posicionar o outro aparelho na traseira do S21 Ultra.
Essa tecnologia foi bastante útil para dar carga ao estojo do Galaxy Buds 2 — fones de ouvido Bluetooth lançados pela Samsung no ano passado. O carregamento, é claro, não é tão rápido quanto conectar no cabo, mas já é uma boa ajuda se estiver longe de uma tomada e quiser um pouco de bateria extra.
Câmera
O conjunto de câmeras do Galaxy S21 Ultra inclui um sensor principal grande angular de 108 MP, uma lente ultra grande-angular de 12 MP e duas teleobjetivas com 10 MP, cada. Além disso, existe ainda um sensor adicional de foco automático — chamado Laser AF —, posicionado acima da segunda lente teleobjetiva, que auxilia para melhorar o foco das fotografias.
Câmera principal | 108 MP (grande-angular)
A câmera principal do Galaxy S21 Ultra é uma lente grande-angular com resolução de 108 MP, abertura f/1.8, foco a laser e estabilização óptica. Este sensor será o mais utilizado pelo aparelho: ele é ativado tanto no modo “Foto” quanto no “Retrato”, neste último quando você utiliza as opções de aproximação em 1 ou 2 vezes.
Mas irei focar no modo retrato em outro tópico. Aqui falarei apenas das fotografias feitas no modo comum.
No geral, a câmera principal do Galaxy S21 Ultra apresenta uma excelente qualidade, independente do cenário. Em ambientes com bastante iluminação natural, por exemplo, a foto é rica em detalhes, possui cores bem vívidas e intensas e não apresenta um branco estourado quando o céu está muito claro.
De noite, também não há perda de qualidade, e o software trabalha bem para clarear mais o cenário. Depois do pós-processamento, mesmo que a imagem seja aproximada de árvores, por exemplo, é possível observar com detalhes as folhas sem que a visualização fique granulada.
A opção de zoom de 3 vezes também utiliza este sensor e, mesmo nessa configuração, temos uma qualidade bem parecida com a foto normal, enquanto modelos com câmeras mais simples começariam a apresentar uma imagem pixelizada.
Câmera ultra-wide (12 MP)
A câmera ultra-wide ou ultra grande-angular apresenta o mesmo equilíbrio de cores visto na lente principal, com imagens bem vívidas. A diferença é que o campo de visão um pouco mais amplo faz com que alguns detalhes sejam perdidos quando a imagem é aproximada.
No entanto, em um aspecto geral, o sensor de 12 MP é bem eficiente em fazer o que se propõe e entrega boas imagens para quem quer capturar mais objetos em um único cenário.
Câmeras teleobjetivas (2x 10 MP)
O Galaxy S21 Ultra conta com duas lentes objetivas com 10 MP, cada. Elas servem para capturar imagens com zoom de 10, 30 e 100 vezes, além de também auxiliar no modo retrato do aparelho.
Antes de qualquer coisa, é importante destacar que o Galaxy S21 Ultra conta com zoom óptico de até 10 vezes e que, após isso, o celular apela para o software para aplicar um zoom digital e aproximar ainda mais a imagem.
Dito isso, quando aplicamos um zoom de até 10 vezes a imagem ainda sai bastante nítida, com pouca perda de detalhes conforme o nível é maior. Ainda assim, a qualidade é muito boa mesmo no zoom óptico máximo.
Após isso, no entanto, as imagens ficam bem fracas em resolução, mas nada que fuja do normal, já que há uma aproximação muito além do que o hardware permite.
Câmera traseira | Modo Retrato
Separei o modo retrato em um tópico à parte porque o Galaxy utiliza mais de uma lente para obter as imagens nele. No modo de aproximação em 3x, por exemplo, é utilizada uma das lentes teleobjetivas, enquanto em 1 ou 2 vezes é utilizado o sensor de 108 MP.
No entanto, ambas são bem eficientes na hora de fazer o recorte do objeto principal e, mesmo em áreas mais complicadas — como ao redor dos cabelos — é possível ver que o contorno do que é destacado e do que é desfocado é perfeito.
Câmera frontal (40 MP)
A câmera frontal possui resolução de 40 MP e permite obter fotografias no modo “normal” e no modo retrato. Dentro de cada um, ainda há uma opção para selfies em dupla, mas, na ausência de um sensor ultrawide, — como no Moto G100 — o celular utiliza o sistema para afastar um pouco a imagem e caber mais uma pessoa nela.
O modo retrato da câmera frontal é tão eficiente quanto o da câmera traseira e o pós processamento age bem na hora de destacar a pessoa e aplicar um fundo desfocado. O recorte é igualmente perfeito.
Graças à resolução alta, a captura de detalhes é muito boa e a imagem sai bem nítida. De noite, a imagem fica só um pouco granulada, mas ainda é possível obter imagens muito boas mesmo com pouca iluminação.
Gravação de vídeo
O Galaxy S21 Ultra pode gravar vídeos em resoluções HD, Full HD, Ultra HD ou 8K, com opções de 30, 60 ou 24 quadros por segundo, dependendo do modo escolhido.
Num geral, o celular obtém filmagens muito boas, e o modo "superestável" ajuda a deixar os vídeos menos tremidos. Esse recurso, porém, impossibilita o uso do flash e também limita a gravação apenas para a resolução Full HD.
Em resolução mais baixa, as imagens ficam um pouco granuladas, é claro, mas essa é uma escolha do usuário caso queira poupar memória interna — que está longe de ser pouca, de qualquer forma.
Sistema de Som
O Galaxy S21 Ultra conta com uma configuração de áudio estéreo, como já era de se esperar de um modelo flagship. A principal saída de áudio fica na parte inferior do telefone, enquanto a outra é junto ao alto-falante de ligações.
Essa organização é responsável por oferecer uma sensação maior de imersão, principalmente durante a execução de jogos ou quando assistimos filmes e séries pelo smartphone.
Em relação ao volume, temos um nível máximo bem alto, que permite ouvir canções tranquilamente sem sofrer com áudio baixo. É claro que a qualidade não é a mesma de uma caixa de som, mas o Galaxy S21 Ultra dá conta do recado e muito bem.
Até mesmo em um volume máximo não há muita perda de qualidade, ou seja, nada de agudos estridentes ou graves estourados. Mas é evidente que em um volume máximo é possível identificar melhor cada frequência.
Infelizmente, ele perde por não oferecer uma entrada para cabo auxiliar caso queira um áudio mais potente de uma caixa de som, mas a conexão Bluetooth salva neste aspecto.
Bateria e Carregamento
O Galaxy S21 Ultra conta com uma bateria de 5.000 mAh — que é basicamente a régua de corte para os modelos atuais, ou seja, ele está dentro da média com essa especificação.
No entanto, a forma como o chipset Exynos 2100 gerencia a energia e os recursos adicionais de tela é que ditam como será a autonomia, na prática.
Quem gosta de utilizar o celular no modo escuro, por exemplo, vai gostar de saber que a tela Dynamic AMOLED do smartphone ajuda a poupar bastante a bateria, já que os pixels são apagados no display nos trechos em que a cor preta é predominante.
Com isso, usar papéis de paredes escuros também contribui bastante para uma melhor eficiência.
Com base em nosso teste de bateria padrão, reproduzi três horas de conteúdo na Netflix e o consumo foi de apenas 16%, com brilho da tela definido na metade. Dessa forma, a estimativa é que o aparelho possa ultrapassar 18 horas de reprodução no mesmo cenário.
Já no uso cotidiano — alternando redes sociais, mensageiros e aplicativos mais comuns — é possível chegar a um dia de uso, desde que conectado ao Wi-Fi e que não seja feito muito uso de rede móvel.
De qualquer forma, o aparelho oferece algumas configurações que podem melhorar ainda mais a performance. A tela, por exemplo, tem taxa de atualização máxima de 120 Hz, mas, se você não costuma jogar muito, é possível reduzir para 60 Hz e usar o celular normalmente.
Além disso, o Galaxy S21 Ultra oferece três configurações de resolução para a tela: HD+, FHD+ e WQHD+. Se você não é muito exigente quanto à qualidade das imagens é possível utilizar a definição em HD+ ou FHD+ e aumentar ainda mais a performance da bateria.
Com essas configurações feitas, é mais seguro que o celular passe um dia inteiro longe da tomada e ainda deve sobrar um pouco para o dia seguinte. Mas, é claro, tudo é relativo e a duração pode variar um pouco de acordo com o seu uso.
Quanto ao carregamento, o telefone tem suporte para carregadores de 25W, mas o kit inclui apenas um cabo com conector USB-C nas duas pontas. Portanto, se você não tiver um carregador compatível em casa, não será possível aproveitar o máximo que ele oferece.
Aqui, eu utilizei um carregador comum de 18W e a bateria leva de 1 hora e meia a 2 horas para obter uma carga completa.
Concorrentes Diretos
O segmento de smartphones topo de linha conta com vários modelos de diferentes fabricantes mas, no mesmo patamar do Galaxy S21 Ultra, destaca-se o iPhone 12 Pro Max, o Xiaomi Mi 11 Ultra e o OnePlus 9 Pro — todos lançados entre o segundo semestre de 2020 e o começo de 2021.
iPhone 12 Pro Max
O principal deles talvez seja o modelo da Apple, que é encontrado atualmente em uma faixa entre R$ 8.000 e R$ 8.500. O celular se destaca pelo chip A14 Bionic, desenvolvido pela própria marca, e tem opções que vão a até 6 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.
A quantidade inferior de memória RAM, porém, não deve ser colocada em jogo, visto a otimização diferente do iOS e Android. Dessa forma, o smartphone da Maçã consegue trabalhar em alto desempenho mesmo com esse número reduzido. Um aspecto negativo, porém, é seu preço — bem mais alto do que a média de R$ 5.000 a R$ 5.400 do Galaxy S21 Ultra.
A qualidade da câmera também é um bom diferencial dele. Além da combinação de 12 MP + 12 MP + 12 MP na composição traseira, os iPhones são bem populares pela otimização do software de imagem, que o ajuda a obter ótimas fotografias, conforme mostramos em nosso review.
Para selfies, o modelo conta com um sensor de 12 MP — a mesma resolução presente nas três câmeras traseiras.
Em termos de bateria, ele conta com 3.687 mAh — contra 5.000 mAh do Galaxy S21 Ultra —, mas os testes realizados também mostram que essa quantidade é o suficiente para que o aparelho tenha uma boa autonomia.
Xiaomi Mi 11 Ultra
O Xiaomi Mi 11 Ultra, por sua vez, é equipado com o Snapdragon 888 — chip equivalente ao modelo usado no Galaxy S21 Ultra. O aparelho conta com versões que vão até 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.
Seu maior destaque, no entanto, é a presença de uma tela secundária na traseira com 1,1 polegada que auxilia na hora de tirar selfies com a câmera traseira ou obter notificações quando o celular está deitado com a tela principal para baixo.
Para o conjunto de câmeras, ele conta com uma configuração traseira de 50 MP + 48 MP + 48 MP e, para selfies, um sensor de 20 MP completa as configurações. A bateria também é de 5.000 mAh, assim como o modelo da Samsung, então a autonomia geral deve ser bem próxima uma da outra.
O Mi 11 Ultra é encontrado atualmente em uma faixa de preço de R$ 6.000 a R$ 10.000. Essa variação de preço ocorre, principalmente porque o modelo só é encontrado no Brasil por meio de importação e não há formas de comprá-lo oficialmente em nosso mercado.
OnePlus 9 Pro
Por fim, o OnePlus 9 Pro também conta com o Snapdragon 888 da Qualcomm, mas oferece uma combinação mais modesta de RAM e armazenamento, com até 8 GB + 128 GB — enquanto o S21 Ultra pode chegar a 16 GB + 512 GB.
Já o conjunto de câmeras não é tão simples e ele oferece uma configuração quádrupla de 48 MP + 50 MP + 8 MP + 2 MP. O Galaxy se destaca por ter um sensor principal com mais resolução — são 108 MP, mas o OnePlus tem a vantagem de oferecer uma lente ultra-wide de 50 MP.
Além disso, a assinatura da Hasselblad para o hardware de câmeras também é uma promessa de que a qualidade de imagem terá um tratamento diferenciado, mas, por outro lado, a chinesa não é muito conhecida por oferecer um software muito bom em pós-processamento.
Para a câmera frontal, ele conta com um sensor de 16 MP — que é bem inferior aos 50 MP oferecidos pela Samsung. Em termos de bateria, ele também é menos generoso e entrega apenas 4.500 mAh. O OnePlus 9 Pro é encontrado em uma faixa de preço entre R$ 6.000 e R$ 6.500.
Conclusão | O novo celular de produtividade da Samsung
O Galaxy S21 Ultra é uma excelente opção para quem busca um celular topo de linha. Ele é facilmente encontrado no mercado nacional em uma faixa de preço relativamente mais “baixa” para seu segmento.
A opção de 256 GB de armazenamento interno e 12 GB de RAM que testei é excelente para rodar jogos em qualidade gráfica máxima e o uso de várias redes sociais ao mesmo tempo é bem agradável graças à fluidez do sistema.
O conjunto de câmeras é seu maior atrativo e sua lente principal de 108 MP oferece ótimas imagens com boa nitidez e equilíbrio de cores. Com certeza ele não deixa a desejar até mesmo frente ao iPhone 12 Pro Max, que tem a impecável qualidade de câmera popular da Apple.
Por fim, a interface do sistema — a One UI 4 — está cada vez mais otimizada e oferece alguns recursos muito interessantes no Galaxy S21 Ultra — como o modo Dex, que ajuda bastante a montar um setup que inclui um computador e um celular.
O suporte à S Pen também é uma novidade bem vinda no modelo e mostra que ele chegou, de fato, para começar a substituir o Galaxy Note na vida de quem quer um telefone mais voltado para produtividade. Um ponto negativo, porém, é que você precisará comprar o acessório à parte.