Review Galaxy A55 | Aspecto e experiência premium
Por Felipe Junqueira | Editado por Léo Müller | 21 de Março de 2024 às 16h08
O Galaxy A55 é o novo intermediário premium da Samsung, com visual e construção parecida com o Galaxy S24. Agora com laterais em alumínio, o celular traz um novo chip em seu interior e consegue melhorar ainda mais a qualidade das fotos em comparação a seu antecessor. Veja o que o Canaltech achou do aparelho na análise a seguir.
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Design e tela
A aparência premium se dá, principalmente, pela construção: vidro na frente e traseira, e alumínio nas laterais. Estas últimas são retas, exceto pela região que a Samsung chama de ‘Key Island’, onde ficam os botões. Há uma saída de som na parte inferior, e o sistema estéreo usa o alto-falante de chamada como segunda saída.
A tela de 6,6 polegadas tem um painel Super AMOLED possui resolução Full HD+, taxa de atualização de até 120 Hz e suporte a HDR10+. Ou seja, bom nível de contraste, com preto profundo, além de nitidez e fluidez no conteúdo. O brilho máximo também é bem alto, e o uso em ambientes externos é bastante confortável.
Desempenho e recursos
Com o novo Exynos 1480, o Galaxy A55 apresenta um salto considerável de desempenho em comparação ao seu antecessor. A pontuação no AnTuTu foi de 725 mil pontos, cerca de 220 mil pontos a mais que o A54. E a melhoria é perceptível durante o uso, com resposta bem mais rápida aos gestos na tela e abertura de apps.
Após o teste de bateria, eu reabri todos os apps para ver quais continuavam em segundo plano. O Asphalt 9 foi o único a recarregar, sendo que é o penúltimo a ser usado. Ou seja, no geral, a RAM segura bem os aplicativos e consegue garantir um bom desempenho no dia a dia, mesmo para quem transita em muitos aplicativos.
O Galaxy A55 roda o Android 14 sob a One UI 6.1 ao sair da caixa. A Samsung garante quatro versões do sistema do Google e até cinco anos de updates de segurança. Ou seja, é um celular com atualizações previstas até 2029. Além disso, ele conta com recursos como Always on Display, tela edge e muito mais.
Já em conectividade, além do 5G, que já é padrão em celulares premium, o aparelho tem Wi-Fi 6 de banda dupla, NFC e Bluetooth 5.3. Está entre os mais atualizados nesses quesitos, além de poder ser usado em pagamentos por aproximação.
Câmera
O conjunto de câmeras mantém as características da geração anterior, com uma principal de 50 MP, uma ultrawide de 12 MP e uma macro de 5 MP. Na frente, selfies de 32 MP. E a qualidade das fotos está ainda melhor, especialmente na principal, macro e frontal.
A textura, as cores e a faixa dinâmica desses três sensores são todas muito boas. A principal consegue entregar boas imagens até mesmo com zoom digital de 2x. Claro que, em ambientes internos, a qualidade já cai um pouco, mas ainda são boas fotos. Na ultrawide, as imagens ficam sempre mais escuras do que nas outras câmeras.
Bateria
Eu achei que a duração de bateria seria o grande problema do Galaxy A55, mas não chegou a tanto. O celular consumiu 25% da carga durante as seis horas do teste de bateria do Canaltech, com previsão de 24 horas de duração antes de precisa da tomada.
É uma marca média, mas bem melhor do que o Redmi Note 13 Pro, que é um concorrente direto. O celular da Xiaomi consumiu 30%, com expectativa de 20 horas de uso. Lembrando que o teste é mais exigente do que o uso normal médio de um brasileiro, então pode esperar mais de um dia longe da tomada no celular da Samsung.
O carregador que vem na caixa é de 15 W, apesar de o aparelho suportar até 25 W. Com isso, a recarga com o kit padrão pode chegar perto das duas horas para acabar. A Samsung envia carregador de 25 W com o Galaxy S24, não vejo motivos para não enviar o mesmo no A55.
Concorrentes diretos
Dois concorrentes diretos para o Galaxy A55 são o Redmi Note 13 Pro e o Realme 12 Pro Plus. Ambos possuem o mesmo processador Snapdragon 7s Gen 2, da Qualcomm, e têm desempenho semelhante ao celular da Samsung. As câmeras são mais ou menos a mesma coisa e, em bateria, o modelo da Xiaomi fica em desvantagem.
O Note 13 Pro de 8/256 GB pode ser encontrado por cerca de R$ 1.800 no varejo online. Mais barato que o Galaxy A55, que chegou ao mercado por R$ 2.700 com 128 GB, mas esse valor deve cair ao longo do ano. O Realme 12 Pro Plus pode ser importado por menos de R$ 2.000, mas será taxado. O preço oficial no Brasil deve ficar perto — ou até acima — do que a Samsung cobra em seu intermediário.
O Galaxy A55 vale a pena?
O Galaxy A55 se destaca pela qualidade de suas câmeras, que ficam pouco abaixo de um celular topo de linha, mas ainda não vale a pena considerando o preço de lançamento. O modo noturno é até melhor do que alguns smartphones premium com preço bem superior ao do intermediário da Samsung. Além disso, a melhoria no desempenho é visível, enquanto a bateria não está ruim.
É difícil apontar defeitos no aparelho. O alto preço de lançamento pode ser um deles, já que há modelos melhores, lançados há mais tempo, que podem ser encontrados mais baratos. Porém, quando o Galaxy A55 custar menos de R$ 2.000, ele valerá muito a pena e será uma recomendação certa em listas do Canaltech.