Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Review Nokia T20 | Um tablet para muitas horas de uso

Por| Editado por Léo Müller | 22 de Fevereiro de 2022 às 09h00

Link copiado!

Review Nokia T20 | Um tablet para muitas horas de uso
Review Nokia T20 | Um tablet para muitas horas de uso

A Nokia acaba de voltar ao mercado brasileiro de tablets com o já conhecido Nokia T20. Lançado em 2021 no exterior, ele chega em solo brasileiro no primeiro trimestre de 2022 com a proposta de configuração mais simples, mas ainda condizente com os apps e tarefas que realizamos durante o dia a dia.

Com 64 GB de espaço interno, 4 GB de memória RAM e uma bateria com autonomia para boas horas de uso, ele pode ser uma opção válida para quem deseja um dispositivo de entrada para usuários básicos.

Eu pude testá-lo por três dias seguidos e venho trazer a minha experiência de uso a fim de ajudar você a descobrir se esse tablet se encaixa dentro das suas necessidades. Confira na nossa análise.

Continua após a publicidade

Design e Construção

Continua após a publicidade

O Nokia T20 é construído exatamente seguindo a proposta dita pela marca: um tablet voltado para um público com expectativas mais simples. Porém, isso não quer dizer que encontramos algo malfeito, muito pelo contrário.

É possível perceber que a lateral e as traseiras são feitas de alumínio de boa qualidade. É possível adquirir a versão de 64 GB de espaço interno e 4 GB de memória RAM por R$ 2.199 no lançamento.

  • Dimensões: 247,6 x 157,5 x 7,8 mm;
  • Peso: 470 gramas (versão LTE).

Ele, apesar do bom tamanho de tela (10,4’’), é leve e bastante portátil. Seu painel é feito com vidro resistente a riscos, trazendo maior segurança ao transportá-lo na bolsa ou mochila. O layout de utilização escolhido pela fabricante é o horizontal, mais adequado e apropriado para a atualidade.

Continua após a publicidade

O posicionamento das câmeras também foi pensado para essa proposta, ficando o sensor frontal localizado no topo superior do aparelho, bem ao meio. Já a traseira fica no canto superior, facilitando a captura de registros com o T20.

Existem também duas saídas de áudio — uma na esquerda, e a outra, na direita — do dispositivo, entregando o efeito “surround” na reprodução de conteúdos, mas falaremos disso mais a frente. Por fim, encontramos os seguintes conectores e entradas:

  • Botão de ligar/desligar;
  • Botão de aumento/diminuição de volume;
  • Duas saídas de áudio;
  • Dois microfones;
  • Conector USB-C para recarga e transferência de dados;
  • Conector tipo P2 para fones de ouvido.
Continua após a publicidade

Tela

A tela é um dos pontos do T20 que, na minha opinião, acaba decepcionando no conjunto do tablet. Apesar de ser um painel IPS LCD de 10,4’’, 400 nits (brilho) e resolução 1200 x 2000, ela é muito reflexiva e desconfortável para ser utilizada por muitas horas seguidas.

Era perfeitamente possível ver todos os objetos atrás de mim através dela, e isso fazia com que eu perdesse o foco com frequência no que estava fazendo.

O brilho também não é suficiente para ser utilizado em ambientes externos, principalmente com a luz do sol presente. É possível navegar e ver os ícones nessa situação, mas com muitas ressalvas e dificuldades. Ambientes internos, mas muito bem iluminados, também causam esse mesmo incômodo.

Continua após a publicidade

As cores não têm aspecto de “lavadas”, muito menos fracas, mas em comparação com outros tipos de dispositivo, percebi que algumas delas acabavam ficando ausentes na reprodução. Nada que atrapalhe o consumo de conteúdo multimídia no aparelho, porém perceptível ao compararmos dois aparelhos semelhantes rodando o mesmo vídeo.

Configuração e Desempenho

A plataforma escolhida pela Nokia foi o Unisoc T610, de 12 nm. A versão disponibilizada no Brasil tem 64 GB de armazenamento interno e 4 GB de memória RAM. Considero essa configuração o mínimo para uma experiência Android razoável, já que menos que isso causaria muitos travamentos e usabilidade abaixo do esperado.

Continua após a publicidade

Considerando essa parte, posso dizer que a experiência que tive nos meus testes com o T20 foram agradáveis. Senti algumas poucas quedas de performance durante a utilização, mas nada que eu considerasse grave ou ruim já que não atrapalharam as minhas tarefas.

Cheguei a jogar algumas partidas de Call of Duty: Mobile e, apesar dos gráficos estarem no “baixo”, consegui manter a pontuação e me divertir sem grandes problemas.

Todavia, não mentirei: as imagens não eram muito bonitas, e a renderização dos objetos era passável. Mas só o fato de conseguir rodar uns dos games mais pesados da atualidade sem travar já é uma grande qualidade desse modelo.

Continua após a publicidade

Há também a disponibilidade do app Google Kids Space, feito especialmente com conteúdos apropriados para crianças de diferentes faixas etárias. O desempenho durante o uso foi fluido, com boa responsividade na interação e resposta do dispositivo. Para o público mais velho, há também o Google Entertainment Space instalado.

Novamente, vale lembrar que estamos falando de um tablet voltado para um público infantil e/ou de entrada, que utilizam esse tipo de aparelho de forma secundária durante o dia, sem grandes exigências de desempenho.

Já o teste de benchmark realizado pelo aplicativo 3DMark confirma exatamente as informações passadas acima: foram 520 pontos e 3,1 FPS no “Wild Life – Unlimited”; e 132 pontos e 0,8 FPS no “Wild Life Extreme – Unlimited”. Esses, números condizentes com a proposta entregue pela marca.

Continua após a publicidade

Câmera Traseira

Apesar de os sensores traseiros em tablets serem destinados quase exclusivamente escanear documentos e ler QR codes, etc., além do ocasional registro de imagens referenciais para auxiliar designers, sempre testamos todo o potencial fotográfico desses equipamentos.

Sem surpresa alguma, não há como contar com o Nokia T20 como lente ideal para registrar momentos com grande riqueza de detalhes, tampouco fidelidade às cores. Mesmo em condições com bastante luminosidade, há pouco registro de detalhes nas imagens produzidas pela câmera traseira do tablet.

As cores são lavadas e opacas em quase todos os registros, tornando cenas vívidas em registros desinteressantes, mesmo com a opção de HDR ativada nas configurações da câmera.

Continua após a publicidade

Os 8 MP dessas imagens servem bem para o dia a dia, mas são incapazes de substituir um smartphone intermediário, ainda que o T20 fotografe em condições ideais.

Câmera Frontal

Sob as mesmas regras da lente traseira, temos na câmera frontal do tablet da Nokia um sensor que registra detalhes e cores de forma apenas satisfatória, ainda que em condições de iluminação muito ideais e favoráveis para o funcionamento do aparelho.

Continua após a publicidade

Durante o uso em ambientes menos iluminados é possível notar um claro atraso nas imagens para compensação de luminosidade, tornando desagradável utilizar o T20 para videochamadas ou mesmo registrar casualmente alguma fotografia pessoal.

Dentro da limitação de 5 MP do sensor, repito para a lente frontal as mesmas limitações presentes na lente traseira. É perfeitamente possível utilizar o tablet da Nokia para retratos e chamadas de vídeo. Porém, espere poucos detalhes, cores neutras e péssimo desempenho com iluminação mediana de ambientes internos.

Sistema de Som

O sistema de som do T20 é bom, mas não surpreendente. Senti que as músicas, a depender do estilo, ficavam sem “brilho” e sem destaque o suficiente para que o tablet fosse considerado uma opção válida para consumir esse tipo de conteúdo.

Na música “Animals”, do Martin Garrix, os graves não eram potentes e nem tinham a força que eles costumam ter quando reproduzidos em um dispositivo mais adequado.

A mesma coisa ocorreu com a faixa “I’m an Albatraoz”, do AronChupa. Inclusive, na tentativa de entregar um som mais encorpado, as vozes acabavam ficando abafadas e a experiência prejudicada.

Não considero essa parte um ponto negativo, afinal de contas, os tablets não têm o objetivo de serem utilizados como “caixas de som” e acredito que o desempenho entregue por ele é suficiente para sua proposta.

Todavia, a tecnologia de áudio OZO transforma algumas experiências com o Nokia mais imersivas. Há a possibilidade de utilizá-la durante os vídeos gravados com o próprio aparelho, já que o dispositivo identifica a voz predominante durante a filmagem e faz com que ela se sobressaia em frente a outros ruídos.

O efeito “surround” também é presente e é possível identificar os lados durante o uso. Para as partidas de jogos FPS, os jogadores sabem a diferença que essa característica traz. Logo, apesar de não ser a qualidade principal do T20, o sistema de som é honesto e serve para o dia a dia.

Bateria e Carregamento

A bateria do Nokia T20 é o ponto alto do dispositivo. Com autonomia de 12 horas, aproximadamente, eu consegui utilizá-lo por um bom período sem que ele ficasse completamente descarregado. Como disse mais acima, cheguei a testá-lo por três dias e não consegui fazer com que ele se esgotasse em 100%.

Cheguei a realizar um teste bem maior de bateria, utilizando o Netflix quase oito horas ininterruptas. Ao final, constatei consumo de exatos 8% a cada hora de reprodução. Com isso, esperamos que ele dure mais de 12 horas para reprodução de vídeo. Um excelente número.

O padrão de carregamento é do tipo USB-C (T20) para USB-A (carregador), facilitando a vida do usuário, já que dispensa a necessidade de levar vários cabos de diferentes tipos na bolsa.

Concorrentes Diretos

Levando em consideração o preço de lançamento do T20 — R$ 2.200 —, um de seus principais concorrentes diretos é o Apple iPad de 9ª geração. E, antes de começarmos, vale salientar que o aparelho da gigante de Cupertino é, disparadamente, o melhor entre os dois.

Utilizando a plataforma A13 Bionic, de 7 nm, a fabricante é conhecida devido ao desempenho entregue pelos seus produtos. Apesar de essa versão ter menos memória RAM (3 GB) que o Nokia, ela ainda é bastante superior na navegabilidade e performance.

Seu conjunto de sensores também é superior em qualidade. São 8 MP na lente traseira e 12 MP na frontal. Diferentemente do modelo da marca finlandesa, existem duas versões sendo vendidas no Brasil: 64 ou 256 GB de armazenamento interno, ambos com 3 GB de memória RAM.

O display tem 10,2 polegadas, tamanho bem aproximado, mas com qualidade de imagem e reprodução de conteúdos muito superior. O painel utilizado é do tipo “Retina IPS LCD” e tem 500 nits (brilho). Há também proteção contra riscos e revestimento oleofóbico.

A duração da bateria é um dos poucos pontos em comum entre eles, já que a autonomia fica em torno das 10/12 horas. O preço desses modelos gira em torno de R$ 2.199 a R$ 2.600, aproximadamente.

Conclusão

A volta da Nokia ao mercado brasileiro de tablets é uma ótima notícia. Com a escassez de boas opções à venda, é sempre importante que as fabricantes voltem a olhar o nosso país como uma escolha válida dentro desse cenário.

O único problema que percebi nos últimos lançamentos desses dispositivos é que a precificação, na minha opinião, é feita de maneira incorreta em produtos que deveriam ser mais baratos, principalmente ao lembrarmos que estamos falando de aparelhos de entrada/intermediário.

A Samsung, por exemplo, tem em seu catálogo modelos com melhor custo-benefício, além de estarem dentro da realidade de boa parte da população. Logo, o T20 torna-se interessante em um outro cenário, em que o preço já tenha diminuído e ficado condizente com a proposta do produto.

No momento do lançamento, o modelo da Nokia custava algo próximo de R$ 2.200, mas deve baixar ao longo dos meses.

Porém, caso tenha interesse em adquiri-lo, deixaremos links confiáveis para a compra desse lançamento logo abaixo. Até a próxima!