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Review Moto G42 | Um Moto G perdido entre tantos outros

Por| Editado por Léo Müller | 20 de Julho de 2022 às 17h39

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Review Moto G42 | Um Moto G perdido entre tantos outros
Review Moto G42 | Um Moto G perdido entre tantos outros

O Moto G42 é mais um celular intermediário básico focado no custo-benefício. Ele não vem com conexão 5G, mas oferece tela AMOLED, bateria duradoura, desempenho suficiente para tarefas simples e câmeras agradáveis.

Será que o aparelho entrega o prometido? Eu testei o Moto G42 por alguns dias e conto tudo nos próximos parágrafos!

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Construção e design

Por fora, o Moto G42 não se destaca em relação aos outros Moto G. A tampa traseira e a moldura são de plástico, e o módulo de câmeras retangular arranja três sensores e um flash de LED. É o visual de centenas de smartphones básicos lançados ao longo dos últimos três anos.

Mas não posso dizer que estamos falando de um celular feio, apenas básico. A Motorola geralmente manda bem nas opções de cores, portanto temos um azul-escuro brilhante bem interessante, que foge do preto e do branco tradicional. Ele também aparece na cor rosê, também bonita.

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O Moto G42 é relativamente compacto — mesmo com uma tela de 6,4 polegada — e leve, resultando em uma pegada gostosa e confortável para utilização em longos períodos. Seria um celular mais básico que eu recomendaria por ser simpático e pouco agressivo.

  • Dimensões: 160.4 x 73.5 x 8 mm
  • Peso: 175 g

O smartphone da Motorola deixa de lado a resistência contra água e poeira, mas compensa com a entrada de 3,5 mm para fones de ouvido. Inclusive, a marca é uma das poucas, talvez a única grande do mercado, que ainda envia o acessório na caixa, o que considero um ponto positivo para esta faixa de preço.

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O intermediário ainda esconde dois alto-falantes, característica que a própria Motorola demorou para trazer aos modelos mais básicos. O leitor de impressões digitais, por sua vez, fica no botão de energia com boa precisão e rapidez na leitura.

Tela

A Motorola finalmente começou a incluir tela AMOLED nos seus smartphones mais básicos, e o G42 foi um deles. Eu considero um diferencial e tanto para a categoria porque oferece cores muito mais vivas, alta fidelidade de preto e brilho mais intenso. Ou seja, dá um salto de qualidade em consumo de mídias.

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A tela do G42 tem 6,4 polegadas, um tamanho ok e que não incomoda. Aliado à resolução Full HD estendida e às bordas pouco espessas, temos um bom painel intermediário, próximo do novo Galaxy A33. Infelizmente, ele só não traz alta frequência de atualização, como o rival da Samsung.

Configurações e desempenho

Internamente, o Moto G42 também não se destaca em nada, já que roda o chipset Snapdragon 680 com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. São as mesmas configurações do Moto G52, intermediário que meu colega Felipe Junqueira analisou e foi bastante criticado pelo desempenho ruim.

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E é basicamente isso que você vai ter com o Moto G42: uma atuação abaixo do esperado. Você vai conseguir abrir Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e apps de mensagens normalmente, porém a experiência parece meio truncada, como se o chipset estivesse sempre trabalhando no limite.

Também tive essa mesma sensação ao navegar pela interface da Motorola, a qual sempre elogiei pela fluidez. Talvez a tela de 60 Hz tenha contribuído negativamente para isso, mas notei alguns engasgos ao desbloquear o aparelho, ao acessar a central de notificações ou ao alternar entre apps.

E esse desempenho abaixo da média é ainda mais intrigante porque estamos falando de um dos chipsets da linha Snapdragon 600 mais velozes, pelo menos na teoria. No entanto, na prática, ele ficou abaixo, até mesmo, do Snapdragon 480.

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Pode ser que estejamos diante de um problema de otimização, porque simplesmente não acredito que essa CPU seja tão limitada. Torcemos para haja alguma atualização com melhorias na performance do aparelho.

Em jogos, o Moto G42 não faz feio se consideramos a sua categoria, mas não espere que ele rode Asphalt 9 fluidamente, mesmo com os gráficos no mínimo. Um Free Fire com configurações reduzidas, no entanto, funciona bem no aparelho, assim como Subway Surfers.

Interface e sistema

O Moto G42 roda o Android 12 de fábrica com a já conhecida interface MyUI. Eu gosto bastante da modificação da Motorola em cima do Android porque tem pouquíssimas alterações, deixando a experiência bem próxima do “Android puro”. Ela também roda liso na maior parte do tempo.

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Mas a empresa adiciona algumas particularidades que fazem a diferença, como o app Moto, no qual é possível ativar os já conhecidos gestos para abrir a câmera e ligar a lanterna, por exemplo. Também há o Moto Tela, recursos para ajudar no foco em jogos e toda a personalização do Android 12.

Com relação ao suporte, a Motorola deve liberar ao menos a próxima versão do sistema do Google, no caso o Android 13. Além disso, serão três anos de updates bimestrais de segurança.

Câmeras

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O Moto G42 não se destaca em câmeras e tem uma atuação apenas mediana, assim como os últimos Moto G básicos mais recentes.

A câmera principal de 50 MP faz as melhores capturas, com boa definição e cores mais naturais, embora possam parecer meias sem graças pelos baixos níveis de saturação e contraste. Em paisagens, por exemplo, os verdes não saltam aos olhos, assim como o azul do céu.

Se você curte imagens mais chamativas, os smartphones da Motorola não são as melhores opções do mercado. No entanto, eles entregam resultados um pouco mais fáceis de editar.

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O modo retrato do Moto G42 é agradável para os padrões básicos, na média de modelos como Galaxy A23. Novamente, as cores não são destaque e há uma certa demora na captura, mas o recorte tem poucas falhas, e o desfoque é bom.

O recurso Night Vision está presente e faz um trabalho ok se seu objetivo for apenas capturar um momento em condições de iluminação precárias, pois não espere uma qualidade de imagem surpreendente. As capturas ficam muito artificiais, cheias de ruídos e nítidas.

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Selfies e gravação de vídeos

A câmera frontal de 16 MP e abertura de f/2.2 deve servir para selfies em cenários bem iluminados. Como já era de se esperar, o sensor menor sofre bastante durante a noite, oferecendo pouca definição e ruídos excessivos. Basicamente, ela só serve durante o dia.

A gravação de vídeo, limitada à resolução Full HD (1080p) a 30 quadros por segundo (fps), é aceitável, mas não espere nada impressionante. É apenas para registrar momentos pessoais inesquecíveis, nada muito mais que isso.

Sistema de som

O Moto G42 tem som estéreo, e achei ótimo que a Motorola tem colocado dois alto-falantes nos Moto G mais recentes. A qualidade é boa para o segmento intermediário, oferecendo uma voz clara em volumes mais baixos e boa separação de instrumentos em músicas.

Em volumes mais altos, o som pode soar meio “abafado”, revelando a maior limitação da peça. Não achei um grande problema, já que quase não escutava música no máximo.

Para filmes, séries e músicas, o Moto G42 tem entrada de 3,5 mm para fones de ouvido, característica cada vez menos presente nos smartphones. E a boa notícia é que a Motorola envia o acessório na caixa.

Bateria e carregamento

Nos materiais de divulgação do Moto G42, a Motorola destaca o processamento ultraeficiente do Snapdragon 680. De fato, ele pode não ser o mais estável em termos de velocidade, mas manda muito bem na eficiência energética.

No nosso teste padrão de Netflix, com três horas de streaming, brilho e volume em 50%, e conectado apenas ao Wi-Fi, o smartphone consumiu apenas 12% de carga, o que é impressionante. É um consumo bem menor que todos os modelos Galaxy A, que gastaram em torno de 20% e 25% no mesmo cenário.

No dia a dia, o aparelho também foi excelente e aguentou dois dias de uso tranquilamente. Não me considero um usuário muito avançado, mas consumi bastante YouTube, Instagram, Twitch e Twitter, além de alguns minutos de Free Fire.

Resumindo, é um smartphone que eu consideraria se estivesse procurando um celular barato e com bateria de longa duração.

Na caixa, a Motorola envia um carregador de parede de 20 W, mas o Moto G42 suporta uma velocidade máxima de 18 W. De todo modo, ele precisou de uma hora de 30 minutos para sair de 0% a 100%, o que considero razoável.

Concorrentes diretos

O maior concorrente do Moto G42 é o Galaxy A23. Eles compartilham da mesma limitação de desempenho, já que possuem o chipset Snapdragon 680 com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. Mas, surpreendentemente, o celular da Samsung teve menos engasgos na interface.

Nas câmeras, os dois fotografam bem em ambientes bem iluminados. Em cenários noturnos, o Night Vision do Moto G42 é mais artificial que o modo noturno do Galaxy A23, mas considero os resultados aceitáveis para a categoria. Onde o celular da Samsung se sobressai é na gravação de vídeo, já que tem estabilização óptica de imagem (OIS).

O modelo da Motorola, por sua vez, leva vantagem na tela com tecnologia AMOLED, contra LCD do rival, além da bateria.

Com relação ao preço, o A23 se destaca, pois já pode ser encontrado por cerca de R$ 1.300, enquanto o Moto G42 custa acima de R$ 1.500. Comparando os dois, o A23 oferece mais que o rival custando menos.

Vale a pena comprar o Moto G42?

Após alguns dias usando o Moto G42, não consegui encontrar nenhum diferencial que me fizesse gostar dele. Fora a bateria, que é muito boa, o desempenho é de celular básico, as câmeras não se sobressaem em relação à concorrência, a tela AMOLED carece de alta taxa de atualização, e o design é muito simples, embora bonito.

Ou seja, o que sobra é um aparelho com uma entrega bem mediana, sem muita história para contar. Se você gosta da Motorola e procura um Moto G atual e barato, vale mais a pena apostar no Moto G52, idêntico ao G42, mas com uma tela de 90 Hz e preço na casa dos R$ 1.400.