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Review JBL Tour Pro 2 | Testamos o fone com tela no estojo

Por| Editado por Léo Müller | 27 de Junho de 2023 às 16h30

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Review JBL Tour Pro 2 | Testamos o fone com tela no estojo
Review JBL Tour Pro 2 | Testamos o fone com tela no estojo

Fones de ouvido Bluetooth andam meio “chatos” ultimamente, sem muitos diferenciais, e talvez seja por isso que o JBL Tour Pro 2 surpreendeu. Anunciado na IFA 2022 em setembro do ano passado, Tour Pro 2 seria um fone TWS comum se não fosse o estojo de carregamento “inteligente” com tela embutida, algo que certamente não se vê todo dia.

Confirmando uma informação que obtive em primeira mão em 2022, o JBL Tour Pro 2, de fato, chegou ao Brasil este ano, e coube a mim a tarefa de responder se essa tal tela na case é útil no dia a dia. Vale a pena pagar cerca de R$ 1.500 só por ela ou o fone tem outros diferenciais que justificam seu preço? Confira nos próximos parágrafos.

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Design compacto e premium

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Eu sei que você abriu esta análise para conferir se a tela na case é realmente útil no dia a dia, então falemos rapidamente sobre o design dos earbuds e suas características. Como a linha mais premium da JBL, o Tour Pro 2 não apresenta nenhum corte ou conservadorismo no visual.

O Tour Pro 2 tem um visual praticamente impecável, eu diria: é leve, bonito, compacto e discreto, apesar de trazer muitos detalhes em um dispositivo relativamente pequeno — pessoalmente, me chamou mais atenção que o Galaxy Buds 2 Pro e o AirPods Pro 2.

O formato dos earbuds é intra-auricular, ou seja, que entra no canal auditivo. Nos meus ouvidos, eles ficaram bem firmes, tanto durante o uso diário quanto para atividades físicas. E por falar em exercícios, vale mencionar que o Tour Pro 2 não é à prova d’água, mas tem certificação IPX5, que basicamente o protege contra suor.

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Nas pequenas hastes, os earbuds possuem regiões ao toque para pausar e reproduzir músicas, além de acionar a assistente de voz do celular e alternar entre os modos de som. Cada earbud traz 3 microfones que captam bem a voz apesar de deixá-la com um aspecto metalizado, comum em fones Bluetooth mais simples.

Apesar de serem pequenos, os earbuds têm uma bateria bem duradoura. A JBL promete até 10 horas de músicas sem o cancelamento de ruído, ou até 8 horas com o perfil de ruído ativado. Nos meus testes, alternando entre o ANC e o modo de som ambiente ocasionalmente, o Tour Pro 2 alcançou o prometido e ainda ultrapassou um pouco.

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Recheado de recursos extras

Mesmo compacto, o Tour Pro 2 não economiza na quantidade de recursos — inclusive, não lembro de ter analisado um fone de ouvido Bluetooth com tantas coisas para ativar e configurar.

Ele tem Bluetooth 5.3 LE com Google Fast Pair e Microsoft Swift Pair, suporte a comandos de voz, cancelamento de ruído ativo (ANC), som ambiente, som espacial (Spatial Sound), reprodução automática, modos de economia de energia, dentre outras funções menos destacáveis disponíveis no aplicativo JBL Headphones.

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No entanto, muitas funcionalidades para estampar nas propagandas não significam tanto se não forem tão úteis ou não funcionarem perfeitamente. No período em que testei os fones, o aplicativo JBL Headphones apresentou problemas inconvenientes para abrir na hora de conectar no Tour Pro 2. Já o som espacial do fone é artificial e muito inferior em relação ao AirPods Pro 2.

Os modos de som ambiente e ANC também não superam as soluções rivais, mas certamente foram as melhores experiências que já tive no portfólio da JBL. Um recurso relativamente básico que fica de fora desse modelo é o ANC inteligente, presente no muito mais barato Redmi Buds 4 Pro, que altera automaticamente entre os níveis de redução de ruído conforme a necessidade.

Um recurso do qual gostei bastante foi o chamado SilentNow, o qual, basicamente, desconecta os fones do celular e ativa o cancelamento de ruído durante um tempo. Ele pode ser muito útil em ambientes de trabalho barulhentos, minutos antes de dormir ou durante um voo, só para citar alguns cenários rapidamente.

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Outra coisa simples que não encontramos em outros fones de ouvido é o limitador de volume máximo. Sabemos que o celular avisa quando o som atinge uma altura considerada perigosa para a audição, mas, ainda assim, permite que o usuário a ultrapasse facilmente. No Tour Pro 2, basta ativar uma função que, enquanto os fones estiverem conectados, qualquer mídia não passará de 85 dB.

Som já característico

O JBL Tour Pro 2 tem muitos recursos premium e a case de carregamento com tela embutida. Mas, e o som, é bom? Considerando o portfólio da empresa, o driver de 10 mm com tecnologia Pro Sound oferece um desempenho sonoro similar ao do Tour Pro+, com graves potentes e equilibrados.

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Agora, para um fone de ouvido Bluetooth que custa R$ 1.699, devo admitir que esperava um pouco mais. Mesmo para mim, que não sou muito exigente, senti que o Tour Pro 2 não entrega muito brilho nos agudos da mesma forma que o AirPods Pro 2 e o Galaxy Buds 2 Pro. Já as frequências graves ficam bem equivalentes, com um pouquinho de ganho no modelo da JBL.

No entanto, não me entenda mal, o Tour Pro 2 soou ótimo para o meu gosto. “my strange addiction” e “NDA”, de Billie Eilish, são quase impecáveis nesse fone pelos graves serem enaltecidos, mas não dominantes. “Love Bites”, música de rock da banda Halestorm, também é ótima, embora não abrilhante a guitarra nem o vocal da cantora.

Um detalhe que sempre elogio nos fones da JBL é a equalização presente no aplicativo JBL Headphones. Há as pré-definições para quem não entende muito desse conceito, mas também há uma seção manual para você definir o som como preferir.

E a tela no estojo de carregamento?

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O estojo de carregamento com tela embutida é o grande chamariz de venda do JBL Tour Pro 2, então você provavelmente quer saber se ela é útil no dia a dia. Resposta curta: nos meus testes, na maior parte do tempo, não achei tão útil quanto gostaria, mas pode ter suas ocasiões.

Primeiro, a case não é nada compacta, parecendo até contraditório considerando o tamanho pequeno dos fones de ouvido. Ela também é relativamente mais espessa e pesada que outros modelos, obviamente devido à tela e à bateria embutidas — ou seja, não é um bom acessório para guardar no bolso na calça ao lado do celular.

Nos dias em que o testei, o estojo ficou infelizmente guardado na mochila, já que meus dois bolsos da calça já estavam preenchidos com a carteira e o celular. E nem considere colocar o Tour Pro 2 no bolso de trás, pois a telinha pode quebrar ao sentar.

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Quando eu lembrava que a case existia, no entanto, era bom saber que ela poderia me ajudar rapidamente com algumas coisas simples. Deu para controlar a reprodução de música e o volume eventualmente, além de alternar entre os perfis de ruído, configurar timer, visualizar a porcentagem de bateria e até ligar uma lanterninha — que, na verdade, é só a tela LCD de 1,45 polegada acesa na cor branca.

A telinha também possibilita receber alerta de novas notificações, mas o aviso é tão rápido que quando mal dá para ver. Um recurso que achei legal, no entanto, foi o de encontrar os buds caso estejam perdidos na sua casa.

Mas, no geral, é “só” isso que o estojo inteligente consegue fazer. Não senti que a telinha no estojo aprimorou nem piorou minha experiência multimídia. Na maior parte do tempo, na verdade, foi indiferente, já que mal lembrava que ela estava ali. Quando eu queria passar de música ou ativar o cancelamento de ruído rapidamente, optava pelos próprios earbuds.

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O que o estojo inteligente poderia ter para ser mais funcional? Rapidamente, logo penso que seria interessante ter memória interna, para baixar músicas e ouvir offline na academia, por exemplo. Ou, quem sabe, a JBL poderia usar como a Huawei e apresentar um fone de ouvido com case em formato de relógio, como o Watch Buds. Não precisaria ter grande parte dos recursos de um smartwatch, somente data e hora, controles de reprodução e ruídos.

Concorrentes diretos

Na faixa de preço na qual o JBL Tour Pro 2 se encontra, os modelos Pro concorrentes, como Galaxy Buds 2 Pro e AirPods Pro 2, entregam experiências geralmente mais interessantes.

O fone Bluetooth da Samsung, por exemplo, tem um visual mais básico, além da bateria menos duradoura, porém oferece uma integração impecável em smartphones Galaxy, sem falar do som mais brilhante. E ele também é bem mais barato, podendo ser encontrado por menos de R$ 1.000.

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Já o AirPods Pro 2 se sai geralmente melhor que o modelo da JBL, principalmente se você for usuário Apple devido à integração com o iPhone e outros produtos da marca. Além disso, tanto o som quanto os perfis de ruído superam os do Tour Pro 2. Seu preço, no entanto, é mais alto, cerca de R$ 1.800.

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Vale a pena comprar o JBL Tour Pro 2?

Sem o estojo inteligente, o JBL Tour Pro 2 é mais um ótimo fone de ouvido Bluetooth que a JBL já produziu, ao lado de modelos que gostei muito, como Live Pro 2, Club Pro+ e Reflect Aero. Ele poderia custar cerca de R$ 1.000 que eu o recomendaria por conta dos graves potentes, dos inúmeros recursos extras e da bateria duradoura.

Comparado a outros modelos concorrentes, como o Galaxy Buds 2 Pro e o AirPods Pro 2, o Tour 2 Pro fica atrás, mas tem seu público pela assinatura sonora da JBL. Além disso, na faixa de preço de R$ 1.000, suas características seriam condizentes.

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No entanto, quando adicionamos o estojo inteligente com tela embutida, e seu preço sobe para R$ 1.699, fica difícil recomendá-lo pela pouca utilidade do principal diferencial do produto — e, provavelmente, o responsável por boa parte do valor. Para um acessório que deve ficar guardado na mochila frequentemente, ter ou não uma tela não faz diferença.

Mas devo admitir que gosto quando uma empresa tenta algo novo. Como o JBL Tour Pro 2 chamou atenção de muita gente por conta do seu estojo inteligente, espero que outras marcas, ou até a própria JBL, aproveitem o hype para aprimorar a ideia. Vai que alguém lê minha sugestão e transforme o acessório em uma evolução do icônico tocador de músicas MP3?