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Foco no lucro! Uber vende sua divisão de carros autônomos

Por| 08 de Dezembro de 2020 às 13h00

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CNet
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Com o mantra "Lucro" ligado no "modoTurbo", o Uber vem passando para frente todas as suas divisões que se apresentam como um sorvedouro de dinheiro ou que, simplesmente, geram prejuízo para a empresa. E a unidade de carros autônomos - que era a "menina dos olhos" da companhia na gestão de Travis Kalanick - foi vendida para uma startup chamada Aurora.

A divisão - que leva o nome de "Grupo de Tecnologias Avançadas (ou ATG) - realizou avanços em diversos campos de hardware e software no campo de veículos autônomos. Um dos destaques fica por conta do lançamento de uma estrutura lançada em 2018, que incorpora camadas de segurança em cada quilômetro que um protótipo de carro autônomo percorre. Ainda assim, a ATG teve suas polêmicas, no entanto: um protótipo de carro autônomo do próprio Uber atingiu e matou um pedestre no mesmo ano no estado do Arizona.

Ainda que o Uber se afaste do setor de carros autônomos, ele ainda terá uma ligação secundária com sua agora antiga divisão. A empresa disse que investirá US$ 400 milhões na Aurora e fará uma parceria com startup para dar vida a tecnologias autônomas. Além disso, o CEO do app de caronas, Dara Khosrowshahi, fará parte do conselho de diretores da Aurora. A

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No plano de negócios, a Aurora obtém financiamento e busca as melhores mentes para o desenvolvimento de seus veículos autônomos, enquanto o Uber se beneficia dessas tecnologias no futuro, quando elas estiverem prontas. No entanto, a empresa não terá uma supervisão direta sobre os projetos.

Inicialmente, a Aurora planeja usar sua tecnologia de veículos autônomos com o transporte comercial de caminhões. Mas a parceria com o Uber pode ter preparado a empresa para capitalizar os pedidos de carona em carros tradicionais quando chegar a hora certa. O negócio elevará a avaliação da startup para, aproximadamente, US$ 10 bilhões. Além disso, ela teria avaliado a ATG em US$ 4 bilhões.

"Com a adição da ATG, a Aurora terá uma equipe e tecnologia incrivelmente fortes, um caminho claro para vários mercados e os recursos para entregar [seus projetos]", disse Chris Urmson, CEO da Aurora, sobre a aquisição. "Simplificando, a Aurora será a empresa melhor posicionada para entregar os produtos autônomos necessários para tornar o transporte e a logística mais seguros, acessíveis e menos caros".

Um problema a menos

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Vender a ATG para a Aurora, além de gerar caixa para o Uber, livra a empresa de uma divisão que lhe gerou dor de cabeça desde o início. A principal delas atendia pelo nome de Anthony Levandowski. Após vender a sua startup de caminhões autônomos´- a Otto - para a própria Uber, ele assumiu a liderança da ATG que, em seu auge, chegou a ter 1,2 mil funcionários.

No entanto, Levandowski acabou sendo processado pela Waymo, sua antiga empregadora e que também atua no desenvolvimento de tecnologia para carros autônomos - e é parte da Alphabet, controladora do Google. A acusação é a de que ele roubou dados sensíveis da companhia, incluindo informações comerciais que a gigante da tecnologia planejava para seu setor, com o objetivo de utilizá-los na rival.


Com isso, além de Levandowski, o Uber acabou sendo incluído no processo, mesmo que os investigadores do caso não tenham encontrado indícios de que a empresa tenha usado os segredos que o engenheiro roubou. Ainda assim, a denúncia tomou corpo e culminou na condenação de Levandowski a 18 meses de prisão e multa de US$ 72 milhões.

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Além disso, contrariando as previsões, o desenvolvimento de uma versão "utilizável" de um carro autônomo para o grande público vem se mostrando mais desafiador do que o imaginado - além de caro. A ATG conseguiu levantar investimentos de fundos como o Softbank e da montadora Toyota no total de US$ 1 bilhão em abril do ano passado, em um movimento que serviu para mostrar a possíveis acionistas o potencial de crescimento futuro da empresa. No entanto, o projeto não andou como esperado.

Adeus ao táxi aéreo

Além da ATG, a Uber também está em negociações para vender a Elevate, sua divisão de desenvolvimento em tecnologias de táxi aéreo. O negócio estaria correndo em segredo com a Joby Aviation, empresa focada na criação de um protótipo de uma aeronave mais eficiente e similar a um drone, que vem sendo testada em uma pista de pouco privada pertencente à própria companhia no estado norte-americano da Califórnia.

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A Elevate foi fundada em 2009 e vinha operando de forma discreta até 2018, quando recebeu um investimento de US$ 100 milhões de nomes como Intel, JetBlue e Toyota; depois, veio mais uma rodada, no valor de US$ 590 milhões, a partir de empresas de venture capital, bem como uma parceria com a Toyota justamente no setor de aviação.

Fonte: Cnet