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Falta de chips aumentará preços dos celulares para o público, diz CEO da Xiaomi

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 Niek Doup / Unsplash
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A escassez global de chips no mercado está aumentando os custos de produção dos smartphones da Xiaomi. E essa despesa pode ser repassada para o consumidor. Pelo menos foi o que afirmou Wang Xiang, presidente da fabricante chinesa durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre.

“Continuaremos a otimizar os custos de nossos dispositivos de hardware, com certeza”, afirmou o executivo. "Para ser honesto, faremos o máximo para oferecer o melhor preço possível aos consumidores. Mas, às vezes, podemos ter que repassar parte do aumento de custo para o consumidor em diferentes casos. Estamos sentindo a pressão, mas parecemos bem”.

Três fatores vêm contribuindo enormemente para a escassez de chips na indústria de eletrônicos desde o ano passado: a pandemia de COVID-19, as sanções contra as principais empresas de tecnologia chinesas e uma demanda acima do esperado de smartphones, tablets e notebooks por parte do público, que se viu obrigado a adotar o distanciamento social, ficando mais em casa. Todos esses episódios convergiram para derrubar a cadeia de suprimentos de semicondutores.

A Qualcomm, um dos mais importantes fornecedores da Xiaomi, informou a Reuters que está lutando para atender aos pedidos das principais marcas de smartphones. Segundo informações levantadas pelo site chinês Business News, a fabricante - que também fornece processadores a outras grandes marcas como Realme, Samsung e Motorola - estaria levando mais de 30 semanas para fazer a entrega completa dos pedidos. Além dos chips, itens como fontes de alimentação e dispositivos de radiofrequência também estariam fora de estoque.

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E não é apenas entre smartphones e notebooks que a escassez de chips está alta. O setor automotivo já vem sofrendo com a falta de componente há algum tempo. Situação semelhante ocorre no mercado de videogames, com a Sony penando para conseguir processadores para o seu Playstation 5 e até a Nvia estaria com estoque reduzido para suas placas gráficas.

Mas, problemas de chips à parte, a Xiaomi não pode reclamar de seus números: ela registrou um aumento na receita anual de 24,8% no quarto trimestre, atingindo US$ 10,8 bilhões. Já o seu lucro líquido ajustado aumentou 36,7%, indo para US$ 410 milhões.

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Fonte: Reuters