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EUA dobra impostos sobre semicondutores importados da China

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/TSMC
Divulgação/TSMC

O governo dos EUA vai elevar de 25% para 50% a tarifa de importação sobre semicondutores fabricados na China a partir de 2025. A alta que dobra efetivamente o imposto exercido sobre os componentes tem como uma das motivações proteger os investimentos de US$ 280 bilhões no setor aprovados pela Lei dos Chips.

Em paralelo, a medida também protege a economia estadunidense, fortemente dependente dos semicondutores de uma possível investida da China sobre Taiwan. Apesar de atuar internacionalmente como Estado independente, inclusive com consulado próprio, o país é considerado pelo governo chinês como insurgente e oficialmente parte de seu território nacional.

Com a série de medidas econômicas recentes para barrar o avanço tecnológico chinês, os EUA temem que o país tente uma retomada forçada de Taiwan. Um movimento desse porte poderia afetar diretamente fabricantes estadunidenses que em sua maioria dependem da TSMC, maior fornecedora global de semicondutores.

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Incentivando a indústria local

Naturalmente, um imposto de importação maior pode desencorajar novos contratos com a TSMC para se prevenir uma nova crise no caso de uma retomada de Taiwan por parte da China, e acelerar o crescimento das fundições da Intel, por exemplo. 

Como consequência das novas tarifas, a expectativa é que a própria TSMC amplie seu interesse em instalar mais fundições de silício nos EUA, além da planta já em construção no Arizona. Dessa forma, seria possível manter minimamente suas relações com gigantes do mercado, como NVIDIA e AMD, mesmo em um cenário político mais conturbado.