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Com acirramento do mercado, HP amplia portfólio na briga pelo OpenStack

Por| 09 de Junho de 2015 às 08h48

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Com acirramento do mercado, HP amplia portfólio na briga pelo OpenStack
Com acirramento do mercado, HP amplia portfólio na briga pelo OpenStack
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Direto de Las Vegas, EUA*

Apesar de ainda ser considerado um terreno complicado por muitos, este tem sido um ano agitado para a plataforma de computação em nuvem de código aberto OpenStack. Nas últimas semanas, dois grandes players do setor falaram sobre novas aquisições de empresas ligadas ao projeto, levando a uma maior consolidação do mercado: a Cisco, com a anúncio da compra da desenvolvedora de OpenStack Piston; e a IBM, que apostou na compra da especialista em cloud privada Blue Box.

Aproximando-se da separação que transformará a companhia em duas organizações independentes, a HP também não parece disposta a perder nenhum espaço neste mercado. A empresa apresentou na semana passada, durante o HP Discovery, em Las Vegas, a expansão do seu porffólio de soluções de nuvem Helion com a introdução de novas capacidades de OpenStack com o lançamento do HP Helion CloudSystem 9.0.

As novidades em OpenStack não são as únicas na expansão da solução, que agora também passa aceitar a migração de aplicações desenvolvidas na nuvem AWS, da Amazon, por exemplo. Mas, apesar de já ser compatível com OpenStack há algum tempo, a HP afirma que agora ambos passam a estar "completamente integrados".

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"Quando o Linux saiu pela primeira vez, as pessoas viam como um brinquedo, não levavam a sério. E agora ele está sendo utilizado para gerenciar empresas no mundo todo", afirmou o Diretor de Marketing da HP Helion, Ken Won, em entrevista ao Canaltech. "Quando olhamos para o OpenStack, nós vemos a mesma coisa acontecendo. Com o suporte da comunidade, acreditamos que ele pode virar um padrão de fato para sistemas operacionais de nuvem".

A atenção da HP com o projeto OpenStack não é novidade: no ano passado, a empresa anunciou que investirá US$ 1 bilhão nos próximos dois anos em serviços baseados em OpenStack. Atualmente, a empresa também lidera o desenvolvimento e contribuições à plataforma aberta, respondendo por cerca de 20% do total de revisões ao código - em seguida, estão players como Red Hat (17%) e Mirantis (14%).

Agora os investimentos na plataforma de código aberto parecem estar mais alinhados do que nunca com os planos da nova Hewlett-Packard Enterprise, o braço corporativo da atual HP que surgirá após a divisão da companhia em novembro.

Durante todo o HP Discover, open source foi uma das palavras de ordem do evento e dos anúncios da empresa. O projeto The Machine, por exemplo, contará com software de código aberto. Essa também é a base do novo framework de apps corporativos, Grommet. Em sua keynote, o CTO da HP, Martin Fink, falou que a empresa estava "completamente dentro da noção de código aberto".

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Para o diretor de Marketing da HP Helion, o momento do OpenStack é gigante e a plataforma tem potencial para se tornar uma das próximas grandes batalhas do setor de tecnologia - briga para a qual a HP quer estar preparada. "OpenStack ainda é uma tecnologia em maturação e as companhias que estão adotando são os early-adopters", opina. "O que acontece é que a maioria possui ambientes tradicionais e aplicações tradicionais sendo movidos para a nuvem, mas também quer suportar aplicações nativas na nuvem e aplicações OpenStack. Nossa estratégia é provê-los com um ambiente no qual eles podem fazer ambos, é isso que vamos fazer com o CloudSystem9".

Parte da estratégia de avançar a plataforma também deverá estar ao redor da construção de um ecossistema mais forte de OpenStack. Won reconhece que ainda falta de mão-de-obra especializada no projeto no mercado, mas indica que a HP está trabalhando para distribuir especialistas e especializar mais parceiros ao redor do mundo para estimular a adoção da plataforma - principalmente em regiões de alto crescimento de adoção de nuvem, como a América Latina.

"O que acontece é que os que estão adotando são as companhias que querem ter uma vantagem de adoção precoce de novas tecnologias, que na maior parte das vezes são companhias grandes", explica. "As pequenas empresas também estão nesse caminho, mas elas precisam vê-lo como um diferencial para seus negócios, porque implantar OpenStack exige certa expertise".

*O repórter viajou à Las Vegas a convite da HP