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Vendas do PlayStation 4 lideram alta da Sony no trimestre fiscal

Por| 18 de Março de 2015 às 10h25

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 Vendas do PlayStation 4 lideram alta da Sony no trimestre fiscal
Vendas do PlayStation 4 lideram alta da Sony no trimestre fiscal
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A Sony apresentou nesta terça-feira (17) os relatórios financeiros referentes ao terceiro trimestre fiscal de 2014, que encerrou no dia 31 de dezembro. A gigante japonesa comemorou a alta de 4% na receita operacional de vendas e a duplicação do lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão foi capitaneada pelo segmento de jogos, encabeçado pelo PlayStation 4, e, principalmente, pela diferença das taxas cambiais.

Os bons resultados também elevaram as ações da Sony na bolsa de valores Nasdaq, que abriu o dia em alta de 4,7%, a US$ 27,04. Os papéis mantiveram o desempenho durante o dia e fecharam o pregão custando US$ 26,75 - valor 3,6% superior ao fechamento da segunda-feira. O lucro líquido total foi de 90 bilhões de ienes (US$ 741,9 milhões), 240% acima dos números do mesmo período no exercício fiscal anterior. A receita operacional e de vendas cresceu 4%, com 2,5 trilhões de ienes (US$ 20,6 bilhões).

Muitos sites atribuíram a alta aos números da divisão Sony Pictures. Contudo, essa é uma referência equivocada, pois o que aconteceu foi que a Sony havia anunciado uma estimativa abaixo desse crescimento em fevereiro, quando ainda não constavam os números do estúdio. Os relatórios finais e a confirmação do crescimento, então, só vieram após o encerramento dessa contabilidade, porém o segmento de filmes foi um dos dois únicos da empresa que apresentaram queda.

O setor de produção e distribuição de filmes sentiu o impacto negativo dos ataques hackers que comprometeram informações sigilosas e títulos prestes a serem lançados no cinema, a exemplo d'A Entrevista, tão criticado pelos norte-coreanos, que supostamente invadiram os servidores da Sony Pictures. A receita caiu 5%, para 206,6 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão).

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O campeão de vendas na empresa foi o setor de jogos, que cresceu 16% e chegou aos 531,5 bilhões de ienes (US$ 4,3 bilhões). Em segundo lugar ficaram os produtos de mobilidade e comunicações, com expansão de 29% e 429 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões) graças à boa venda de smartphones.

O setor de entretenimento doméstico e som também foi importante para o resultado, com aumento de 3% e receita de 413,3 bilhões de ienes (US$ 3,4 bilhões). O setor de serviços financeiros teve alta de 8% e total de 304,9 bilhões de ienes (US$ 2,5 bilhões); já o de dispositivos, como semicondutores e componentes, gerou 292,9 bilhões de ienes (US$ 2,4 bilhões), com surpreendente crescimento de 41% em relação ao mesmo período de 2013. O segmento de música cresceu 18% e registrou 163,6 bilhões de ienes (US$ 1,3 bilhão); e o de soluções de imagem alcançou 201 bilhões de ienes (US$ 1,6 bilhão), uma alta de 1%.

Como dito antes, somente duas áreas da empresa registraram queda: o já citado segmento de filmes e o de PCs. As vendas de computadores caíram 50% devido às baixas vendas dos computadores Vaio. A queda, no entanto, já era esperada após a venda da unidade ao fundo de investimento japonês Japan Industrial Partners (JIP) — ao todo, o setor arrecadou 144,3 bilhões de ienes (US$ 1,1 bilhão).

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Mesmo com o bom desempenho dos smartphones, a Sony deve manter o planejamento de se concentrar nos negócios que ela sempre se deu melhor, como na tecnologia desenvolvida para áudio e vídeo, que deve ganhar uma empresa própria separada em outubro. As áreas de programação de TV e de videogames também são considerados peças-chave para a retomada dos lucros nos próximos três anos.

Em fevereiro, o chefe-executivo da companhia havia adiantado que a diretriz é "crescer do jeito Sony". Isso significa que a gigante japonesa deixará de tentar competir em ramos os quais ela tem ficado para trás nos últimos anos, como o de smartphones e TVs de telas planas, mercados que têm registrado vitória dos concorrentes Apple e Samsung.

O relatório com as boas notícias serve como um "alívio momentâneo" para a Sony, que sofreu bastante nos últimos anos, principalmente por ter oferecido telefones e TVs aquém dos rivais. Além disso, outro fator que ajudou a derrubar os números foram as vendas de Blu-Ray, que despencaram após o crescimento dos serviços de streaming de vídeo online, a exemplo da Netflix.

Fonte: BBC News e Converge