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Entrevista: Qualcomm, a nova rainha do mundo dos processadores

Por| 04 de Julho de 2013 às 17h21

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Entrevista: Qualcomm, a nova rainha do mundo dos processadores
Entrevista: Qualcomm, a nova rainha do mundo dos processadores
Tudo sobre Qualcomm

Por muitos vista como a "Intel dos smartphones", a Qualcomm conseguiu marcar presença nos telefones mais poderosos da atualidade. Samsung Galaxy S4, HTC One, Optimus G Pro e Sony Xperia ZQ, para citar apenas alguns, trazem um chip projetado pela empresa e têm feito bastante sucesso entre os power users e entre usuários que buscam o que há de melhor em termos de desempenho móvel. Por isso resolvemos ir até o escritório da Qualcomm aqui no Brasil para conversarmos sobre como a empresa está lidando com a sua boa posição atual e quais são seus planos futuros.

"A Qualcomm é uma empresa que nasceu móvel e o grande desafio de 'nascer móvel' é o consumo de bateria. Esse é o ponto em que a Qualcomm se diferencia. A estratégia da Qualcomm é a abordagem sem fio desde o 3G/4G até o Bluetooth e o Wi-Fi, e pensando nisso, nós compramos a Atheros", conta Helio Oyama, diretor de Marketing de Produtos, referindo-se à empresa que era a maior do ramo em soluções sem fio.

O mercado de processadores é um dos que mais cresce atualmente no mundo da tecnologia. A Qualcomm ocupa, hoje, a terceira posição do ranking, ficando atrás somente da Intel e da Samsung. "A explosão dos smartphones foi muito boa para nós, pois isso não tem volta e quem usa um smartphone nunca mais quer saber de outro dispositivo. Por isso o nosso primeiro lugar na área móvel tem rendido bons frutos", comemora o executivo sobre a boa posição da empresa no mercado atualmente.

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Mas não é só vendendo processadores para dispositivos móveis que a Qualcomm conseguiu uma posição tão confortável. Ela também atua na área de licenciamento, como de antenas 3G/4G, por exemplo. Todo fabricante que vende um dispositivo 3G/4G de qualquer marca precisa ser licenciado pela Qualcomm.

Outro ponto importante é o de testes e desenvolvimento de aplicativos. A empresa tem um foco especial no desenvolvedor, a fim de otimizar os apps que são mais utilizados por aqui – algo essencial para poder tirar o máximo do chip de um smartphone. "De um lado, o usuário ganha um smartphone mais rápido, já que o aplicativo passa a rodar de forma mais inteligente, e de outro, há um ganho de duração de bateria, pois é necessário menos processamento para realizar a mesma tarefa – e esse é o foco desse grupo que entra em contato com os desenvolvedores dos apps mais famosos", diz. "Conseguimos um grande sucesso com a nossa linha de processadores por oferecer o máximo de desempenho com o mínimo de consumo de energia. Infelizmente, a tecnologia utilizada nas baterias (atualmente íons de lítio) praticamente não evoluiu. A demanda de energia aumenta cada dia mais, e a única maneira de atender a essa demanda é aumentar cada vez mais a integração", explica o executivo.

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Chip móvel que inclui processador, placa de vídeo, modem 3G/4G. Bluetooth, Wi-Fi e praticamente todo tipo de conectividade que temos hoje, incluindo até controladoras de câmera, HDMI e USB.

Assim como a Intel oferece a linha de processadores Core e a AMD tem o conjunto de processadores Athlon, a Qualcomm também divide seus produtos em "famílias". "Temos a família Scorpion, a família Krait, a família Hydra, mas o que esses nomes significam? Todas elas são modificações da versão original das especificações de processadores ARM, pois nós não só licenciamos os processadores, nós os otimizamos". Traduzindo: a Qualcomm licencia uma implementação ARM e modifica a voltagem utilizada nos modelos, bem como cache, controladoras de tensão e outros aspectos para fornecer mais desempenho e consumir menos energia (afinal, nada pior do que ver a bateria do smartphone morrer mesmo com a tela desligada, não é?).

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No caso do Krait, por exemplo, os quatro núcleos podem funcionar com velocidades diferentes dependendo da demanda de processamento, algo que não é previsto nas especificações originais da ARM. Com essa abordagem, não é necessário utilizar um core de menor consumo de energia, como é o caso do Tegra 3 da Nvidia, ou dois processadores quad-core para melhorar o consumo de energia, técnica utilizada pela Samsung em sua família Exynos 5 Octa.

Não deixe de conferir a segunda parte da entrevista com Helio Akira Oyama sobre a Qualcomm e sua família de processadores, que publicaremos nos próximos dias!