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Temporada de polinização se torna mais intensa junto às mudanças climáticas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Março de 2022 às 13h41

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Unsplash/Alex Jones
Unsplash/Alex Jones

A temporada de polinização está cada vez mais longa e intensa com o avanço das mudanças climáticas, segundo um estudo lideradado pela Universidade de Michigan. A pesquisa, baseada nos EUA, prevê um aumento de até 200% do pólen até o fim do século se as emissões de dióxido de carbono (CO2) continuarem a subir, trazendo consequências para a saúde humana e a economia.

O estudo estima que a temporada de pólen, em geral, começará 40 dias antes da primavera e se estenderá por até 19 a mais do que o atual período. Os pesquisadores avaliaram como o clima global afeta diferentes gramíneas e árvores e como o pólen delas impactará os EUA.

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O pólen é uma minúscula partícula que contém o material genético masculino de gramíneas e árvores e é através dele que elas se reproduzem. No entanto, a quantidade de pólen produzida depende de como aquele vegetal se desenvolveu.

O aumento da temperatura global impulsionará o crescimento das plantas em diversas regiões, impactando a produção do pólen. Além disso, o CO2 absorvido pelas plantas durante a fotossíntese também impulsionará o crescimento delas — enquanto as emissões de CO2 continuam a subir.

Estimando a alteração do pólen

Os pesquisadores analisaram 15 tipos de pólen. Geralmente, a polinização começa com as chamadas árvores caducas — aquelas que perdem suas folhas em determinada época do ano — no final do verão e início da primavera. Amieiro, bétula e carvalho são as principais espécies caducas.

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O vídeo a seguir demonstra como a temporada de polinização avança de sul a norte nos EUA à medida que as estações mudam:

Depois, é a vez das gramíneas polinizarem no início do verão, seguidas pelas ambrósias ao fim da mesma estação. No Nordeste dos EUA, muitas estações de pólen de diversas espécies estão se sobrepondo à medida que a temperatura e emissão de CO2 aumentam.

A equipe do estudo acredita que em breve os modelos de previsão ajudarão a estimar como e onde a quantidade de pólen aumentará ao longo prazo, mas a incerteza dos dados ainda é considerável — sobretudo porque existem poucas estações para registrar esse tipo de dado.

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Além de afetar o ciclo dessas espécies, o aumento da polinização também produz uma grave consequência para a saúde humana. Só no ano passado, a temporada de pólen era de até 20 dias a mais na América do Norte do que em 1990 — um aumento de 21% na concentração do pólen.

Nos EUA, o estudo prevê que as alergias sazonais vão afetar até 30% da população, trazendo impactos para a economia, uma vez que os custos com a saúde aumentarão ou até mesmo os dias de trabalho perdidos em decorrências de crises alérgicas.

A pesquisa foi apresentada na revista Nature Communications.

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Fonte: Nature Communications, Via The Conversation