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Alergias podem ficar mais intensas e longas com mudanças climáticas, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Março de 2022 às 12h30

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stevanovicigor/envato
stevanovicigor/envato

A duração e intensidade das alergias devem aumentar com as mudanças climáticas, pelo menos para aqueles indivíduos que têm reações alérgicas ao pólen, apontam pesquisadores norte-americanos. Isso porque a quantidade anual de pólen emitida a cada ano pode aumentar em até 200%.

Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo sobre a maior intensidade da temporada de alergias foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. "As condições atmosféricas afetam a liberação de pólen anemófilo, e o tempo e a magnitude serão alterados pelas mudanças climáticas", alertam os autores da pesquisa.

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Vale explicar que alergias ao pólen podem ser bastante diferentes. Por exemplo, alguns indivíduos podem ter reações leves, como olhos lacrimejantes, espirros ou erupções cutâneas. Por outro lado, determinadas pessoas podem apresentar quadros graves, como dificuldade para respirar.

Liberação de pólen deve se intensificar

Até o final deste século, as emissões de pólen devem começar 40 dias mais cedo do que se foi observado, historicamente, entre os anos de 1995 e 2014, segundo os cientistas. Dessa forma, a temporada de alergias deve durar mais 19 dias até que a concentração de pólen volte a diminuir.

Nos EUA, essas alterações na dinâmica da liberação do pólen — e que devem afetar, principalmente, gramíneas, ervas daninhas e árvores — serão desencadeadas pelo aumento das temperaturas e dos níveis de CO2.

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"As alergias respiratórias induzidas pelo pólen estão piorando com as mudanças climáticas", explica Yingxiao Zhang, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade de Michigan, em comunicado.

Modelo matemático prevê temporada de alergias

Para chegar a estas conclusões, os cientistas desenvolveram um modelo preditivo matemático que examina 15 dos tipos de pólen mais comuns e como sua produção será afetada por mudanças projetadas nas temperaturas e precipitação.

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No futuro, a ideia é que a ferramenta ajude as autoridades de saúde a adiantarem a temporada de alergias em diferentes pontos do país. “Esperamos incluir nosso modelo de emissões de pólen em um sistema nacional de previsão da qualidade do ar para fornecer previsões aprimoradas e sensíveis ao clima ao público”, afirma Allison Steiner, professora da Universidade de Michigan.

“Nossas descobertas podem ser um ponto de partida para novas investigações sobre as consequências das mudanças climáticas sobre o pólen e os efeitos correspondentes à saúde”, completa o cientista Zhang.

Fonte: Nature Communications e Universidade de Michigan