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Pluma vulcânica da erupção do vulcão submarino em Tonga superou dois recordes

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Março de 2022 às 16h44

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Reprodução/NOAA
Reprodução/NOAA

A pluma vulcânica da erupção do vulcão submarino em Tonga, que aconteceu em janeiro deste ano, quebrou dois recordes: a maior altura alcançada na atmosfera observada por satélites e um impressionante número de relâmpagos registrados em apenas três dias após a atividade.

O cientista atmosférico Kristopher Bedka, do Centro de Pesquisa Langley da NASA, explicou que a combinação de calor vulcânico com a quantidade de umidade superaquecida do oceano tornaram a erupção em Tonga um fenômeno sem precedentes.

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Segundo Bedka, a pluma foi 2,5 vezes maior do que qualquer tempestade já observada — tão grande que gerou quase 590 mil raios registrados em apenas três dias. A erupção teve seu início em 15 de janeiro deste ano e chamou a atenção do mundo com sua dimensão.

O vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, localizado a 65 km ao norte da capital de Tonga, faz parte do chamado arco vulcânico Tonga-Kermadec, uma linha de vulcões — a maioria sendo vulcões subaquáticos — que se formam ao longo da borda ocidental da Placa do Pacífico.

Recordes do vulcão de Tonga

No dia 15 de janeiro, quando o magma encontrou as águas do mar acima do vulcão, a explosão repentina ocorreu. Dois satélites meteorológicos operados pelo Japão observaram o evento de cima e, a partir desses dados, cientistas estimaram a distância da pluma na atmosfera.

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No ponto mais alto, a pluma alcançou 58 km de altitude, perfurando a mesosfera — a terceira camada atmosférica da Terra. Além disso, uma explosão secundária lançou uma nuvem de cinzas, gás e vapor a mais de 50 km acima do nível médio do mar.

Na estratosfera, logo abaixo da mesosfera, a pluma se cobriu uma área de 157 mil km quadrados. Até então, o título de pluma vulcânica a alcançar a maior altura observada por satélite pertencia à erupção do Monte Pinatubo, que, em 1991, lançou uma coluna a cerca de 35 km acima do vulcão.

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Os cientistas usaram os dados da rede terrestre de detecção de raios da empresa finlandesa Vaisala para estimar o número de relâmpagos após a erupção em Tonga. Dos quase 590 mil raios que ocorreram ao longo de três dias, cerca de 400 mil foram registrados em apenas seis horas.

Parte dos raios foram produzidos pelas cinzas vulcânicas, quando as rochas e partículas de lava colidiram no ar e, assim, produziram cargas positivas e negativas. A outra parte surgiu quando a pluma vulcânica atingiu a altura onde a água congelou e o cristais de gelo se chocaram, também produzindo cargas.

O maior evento de raios após uma erupção vulcânica foi registrado em 2018, na Indonésia, quando o vulcão Anak Krakatau explodiu e produziu cerca de 340 mil raios registrados ao longo de três semanas após a atividade.

Fonte: Via Space.com