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Os 5 lugares mais perigosos do mundo

Por| Editado por Rafael Rigues | 01 de Maio de 2022 às 11h00

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Unsplash/Ybrayym Esenov
Unsplash/Ybrayym Esenov

A Terra é um planeta sem igual, pois é o único que conhecemos que oferece as condições ideais para que a vida se propague. Ainda assim, existem pontos do globo que são, na verdade, nada amigáveis. Então, qual seria o lugar mais perigoso do mundo?

Na verdade, a Terra está repleta de lugares que são naturalmente perigosos à vida, seja pela constantemente ameaça de um tsunami, por lagos altamente tóxicos que podem te levar à morte ou poderosos furacões que destroem tudo em seu caminho.

A seguir, confira os 5 lugares mais perigosos do mundo

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Os 5 lugares mais perigosos do mundo

Lago Nyos, Camarões

Localizado no noroeste da República dos Camarões, na África, o Lago Nyos esconde seu perigo silenciosamente abaixo de suas águas. Ele é formado por uma maar, que nada mais é do que uma cratera vulcânica formada pela explosão do encontro das águas subterrâneas com o magma quente.

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Fica fácil perceber como o Lago Nyos surgiu porque ele é rodeado por rochas vulcânicas que concentram toda a água da chuva nele. Inclusive, ele fica ao lado do Monte Oku, um vulcão inativo que pertence à linha vulcânica dos Camarões, portanto é de se imaginar como esta região é geologicamente dinâmica.

O Lago Nyos tem cerca de 200 metros de profundidade, mas suas águas são extramente ricas em dióxido e monóxido de carbono — gases que podem causar asfixia. Normalmente, esses gases ficam presos no fundo do lago, mas eventualmente podem ser liberados em uma violenta explosão.

Foi exatamente o que aconteceu na noite de 21 de agosto de 1986. De um minuto para o outro, uma explosão liberou uma enorme nuvem desses gases e lançou boa parte da água do lago a até 100 metros de altura. Além disso, um pequeno tsunami foi criado pela intensidade do evento.

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A nuvem de gases tóxicos ocupou toda a região próxima ao lago, eliminando temporariamente o oxigênio do ar, o que causou a morte de mais de 1.700 pessoas, além de inúmeros animais, por asfixia.

Atualmente, existem tubos para sugar a água rica em dióxido e monóxido de carbono do fundo do lago, para que uma nova explosão devastadora como esta não se repita. No entanto, quando se trata da força da natureza, nada pode garantir que o lugar esteja totalmente livre do perigo — e uma nova explosão pode acontecer.

Monte Vesúvio, Itália

O Monte Vesúvio, localizado na Itália, é um dos vulcões mais poderosos da Europa. E embora não tenham sido registradas grandes erupções na história recente, sua atividade mais conhecida revela todo seu potencial de destruição. Em 79 d.C., uma erupção destruiu a cidade romana de Pompeia e sua vizinha Herculano.

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As antigas cidades foram engolidas por uma nuvem piroclástica, gases e rochas vulcânicas altamente quentes viajando a uma velocidade superior a 10 km/h. Estima-se que 16 mil pessoas tenham morrido ao serem atingidas pela nuvem de material vulcânico, a qual tinha uma temperatura superior a 500 °C.

Sua erupção mais recente aconteceu em 1994, atingindo a vila de San Sebastiano, localizada próxima ao Vesúvio, mas sua intensidade nem se compara àquela registrada em 79 d.C. — o que não significa que uma nova catástrofe dessa não possa acontecer novamente.

Miami, Flórida

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Aposto que por essa você não esperava. A cidade de Miami, localizada no extremo sudeste da Flórida, é considerada como a mais vulnerável a desastres naturais nos Estados Unidos, especialmente os violentos furacões. Eles são frequentes na região por conta das águas quentes do Oceano Atlântico em sua costa.

Miami tem um longo histórico de destruição provocadas por furacões. Em 1926, o furacão Great Miami destruiu parte do centro da cidade, matando pelo menos 373 pessoas. Quase 10 anos depois, o furacão do Dia do Trabalho de 1935, como ficou conhecido, matou 408 pessoas.

Em 1992, o furacão Andrew — de categoria 5, o máximo da escala — se tornou uma das tempestades tropicais mais severas da Flórida. Embora apenas 23 mortes relacionadas ao fenômeno tenham sido registradas, o furacão gerou um prejuízo aos cofres públicos de até 26,5 bilhões de dólares.

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Com o aquecimento global, espera-se que a temporada de furacões nos EUA se torne mais intensa e com um número maior de eventos atmosféricos como estes. Essa temporada começa no verão do hemisfério norte, quando as águas costeiras ficam mais quentes.

Região do Sahel, África

Nem sempre a extrema seca recebe atenção quando se trata de lugares naturalmente perigosos, ao contrário dos fenômenos atmosféricos e geológicos que passam raramente despercebidos. É o que acontece na região do Sahel, que faz fronteira com o Deserto do Saara.

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A região é um cinturão localizado no norte do continente africano, uma faixa estreita com até mil quilômetros de largura que se estende do Oceano Atlântico ao Mar Vermelho. Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, mais de 100 mil pessoas morreram em consequência da seca entre 1972 a 1984.

De acordo com a ONU, a intensa exploração humana da água extremamente limitada da região tem intensificado o processo de desertificação do Sahel. Um reflexo direto disso é o aumento na frequência das ondas de seca e também no número de pessoas passando fome.

Cratera de Darvaza, Turcomenistão

Localizada no Turcomenistão, a Cratera de Darvaza queima sem parar — não é a toa que seu apelido é “Porta do Inferno”. Com cerca de 70 metros de largura e até 20 metros de profundidade, esse buraco foi criado na década de 70 por engenheiros da então União Soviética.

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Os soviéticos acreditavam que ao perfurar o solo da região, eles encontrariam um depósito de petróleo. Mas no lugar disso, acharam apenas em bolsão de gás natural. Foi quando os soviéticos decidiram atear fogo à cratera, acreditando que, assim, o gás se esgotaria sozinho.

O problema é que, desde então, o fogo no nunca mais parou de arder no interior da cratera. Além disso, mesmo a uma boa distância da Porta do Inferno, o cheiro de enxofre emanado por ela pode ser sentido. Apesar das consequências negativas à saúde humana e ao meio ambiente proporcionado pelos gases tóxicos liberados pela Crateza de Darvaza, o buraco “infernal” continua sendo procurado como uma atração turística.

Fonte: Earth Observatory (1, 2), Live Science, Travel.Earth