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50 anos queimando: por que a "Porta do Inferno" pega fogo?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Janeiro de 2022 às 16h40

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Unsplash/Snowscat
Unsplash/Snowscat

Há mais de 50 anos a Cratera de Darvaza, popularmente conhecida como Porta do Inferno, pega fogo sem parar. Localizada no Turcomenistão, a cratera é um buraco aberto em 1971 e alimentado por um depósito de gás natural. Agora, o presidente do país quer que ele seja fechado por razões ambientais e de saúde humana.

O buraco do inferno tem cerca de 70 metros de largura e até 20 metros de profundidade. Ele surgiu quando engenheiros soviéticos perfuraram a região acreditando que fossem encontrar um depósito de petróleo, mas, em vez disso, encontraram uma reserva de gás natural. Desde então, a cratera do inferno não para de queimar.

Origem da Porta do Inferno

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Na busca por petróleo, a então União Soviética instalou uma plataforma de perfuração para avaliar a quantidade de recurso disponível no local, mas, em vez do valioso óleo, eles encontraram gás. Inevitavelmente, o chão do local desabou e os equipamentos foram engolidos pela cratera formada — mas ainda sem fogo.

Entre os muitos gases tóxicos liberados pela cratera, havia — e ainda há — muito metano (CH4), um dos mais nocivos gases de efeito estufa (GEE). Este gás se tornou um problema para região, tanto para os moradores quanto para o meio ambiente.

Na tentativa de resolver o problema, os soviéticos decidiram atear fogo no buraco para, assim, queimar toda a reserva de gás disponível. Eles pensavam haver pouco gás ali e que o fogo só duraria por algumas semanas, mas o buraco em meio ao deserto do Caracum, na Ásia Central, continuou em chamas — e segue queimando até hoje.

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Porta do Inferno no Turcomenistão

Recentemente, o líder do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, cobrou que especialistas encontrassem uma maneira de acabar com a Cratera de Darvaza e seu incêndio de mais de 50 anos. Mesmo longe do buraco de gás, é possível sentir um forte cheiro de enxofre.

Além das consequências negativas do buraco para o meio ambiente e à saúde da população local, o presidente turcomeno alegou que o país está perdendo um recurso valioso — o gás natural — que, em vez de queimar à toa, poderia ser usado para exportação.

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Mesmo em chamas e acompanhada de gases tóxicos, a Porta do Inferno tem sido atração turística no Turcomenistão — o que deve acabar, caso a cratera seja realmente extinta. Basta esperar para saber como o país encontrará a melhor alternativa para acabar com o buraco infernal.

Fonte: Com informações de: The Guardian