Esqueleto de homem vaporizado por vulcão há 2 mil anos é encontrado na Itália
Por Natalie Rosa • Editado por Luciana Zaramela |
Há cerca de dois mil anos, em 79 a.C., um homem foi morto após uma grave erupção no Monte Vesúvio. Agora, o seu corpo foi encontrado em uma praia antiga no Herculano — e provavelmente foi soterrado enquanto tentava fugir da tragédia.
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De acordo com suposições dos arqueólogos, o homem estaria fugindo de arcos de pedra que eram usados para armazenar equipamentos e redes de pesca. Porém, a erupção foi tão intensa que a antiga cidade foi engolida por uma nuvem piroclástica extremamente quente de mais de 100 quilômetros por hora.
Francesco Sirano, diretor do Parque Arquelógico de Herculano, conta que o homem foi vaporizado instantaneamente. "Quando a nuvem piroclástica chegou, a temperatura estava muito acima de 500 graus. Estava muito, muito quente", diz Sirano. Nuvem piroclástica é o nome dado a uma nuvem formada por fragmentos de rocha que são expelidos para o ar após a erupção de um vulcão.
De acordo com a posição da ossada do homem, ele estava de costas para o mar indo em direção à terra. Ele teria se virado de costas para "enfrentar" a nuvem, mas os detritos vulcânicos e o gás quente foram mortais. Os pesquisadores acreditam que o corpo foi carregado até a beira da água.
Perceba que o esqueleto não conta com as extremidades dos membros inferiores. Segundo o Ars Technica, isso foi resultado de uma escavação anterior, que acidentalmente cortou os pés do esqueleto.
Herculano
Localizada na baía da Nápoles, a cidade de Herculano foi apenas uma das várias romadas que foram destruídas pela erupção do Vesúvio. Herculano ficou coberta por uma camada de cinzas de vulcão, que preservaram diversos itens. No início do século 18, a cidade foi redescoberta e mais de 300 pessoas morreram nos arcos de pedra enquanto tentavam se refugiar.
O homem encontrado recentemente tinha entre 40 e 45 anos, e estava carregando restos de uma caixa de madeira em uma bolsa de tecidos. Os arqueólogos ainda devem fazer pesquisas para descobrir o que ele estava transportando, mas acredita-se que se tratavam de objetos de valor.
Fonte: LiveScience, Parco Archeologico di Ercolano, Ars Technica