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Há apenas 10 vaquitas-marinhas no mundo e espécie beira a extinção

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Outubro de 2023 às 19h44

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SEMARNAT/Domínio Público
SEMARNAT/Domínio Público

A Comissão Baleeira Internacional (CBI), instituição dedicada atualmente à proteção dos mamíferos marinhos e contra qualquer pesca de baleias, emitiu o primeiro alerta de extinção em seus 70 anos de história — é um esforço para que a humanidade tome ações para a preservação da vaquita, menor mamífero marinho do mundo que está à beira do desaparecimento. Estima-se existir apenas 10 vaquitas no planeta, vivendo no Golfo da Califórnia, próximo à costa oeste dos Estados Unidos e do México.

Menor espécie de cetáceo nos mares, as vaquitas são um tipo de toninha, medindo entre 1,2 e 1,5 metros de comprimento. Seus números caíram de 30, em 2017, para apenas dez nos dias atuais. Esse declínio se dá, principalmente, por conta do uso de redes de emalhar na pesca ilegal do também ameaçado peixe totoaba. Também chamado de totuava, esse animal marinho é buscado pela sua bexiga natatória, considerada uma iguaria na culinária e medicina chinesas e vendida por preços altíssimos.

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As vaquitas costumam ficar presas nas redes usadas na pesca de totoaba, e mesmo com cerca de 30 anos de avisos repetidos acerca da ameaça de extinção sofrida pela espécie, a atividade pesqueira continuou impactando suas populações. Segundo contou Lindsay Porter, que ocupa a vice-cadeira do comitê científico da CBI, ao jornal The Guardian, o alerta de extinção serve para mandar uma mensagem a audiências mais amplas e mostrar quão séria é a questão.

Esforços para conservação das vaquitas

Algumas instituições já tentaram, muitas vezes de maneira desesperada, ajudar na conservação dos pequenos mamíferos marinhos. Uma delas envolveu a parceria entre o governo mexicano e a Fundação Leonardo DiCaprio numa promessa de conservar o ecossistema regional.

Uma das maneiras encontradas foi o uso de golfinhos treinados pela marinha do país para localizar e “pastorear” as vaquitas até refúgios para programas de reprodução em cativeiro. A iniciativa de conservação foi abandonada, no entanto, após a morte de uma das fêmeas capturadas.

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Com números tão pequenos, as chances de que veremos esses animais desaparecerem em nosso tempo de vida são muito altas. Um dos últimos recursos, realizado atualmente pela marinha do México, é a criação de uma zona de tolerância zero, que usa 193 blocos de concreto em sua costa para impedir o uso de redes de emalhe. Em teoria, o esforço conseguiu diminuir 90% da atividade na área, mas isso pode ter apenas jogado o problema para fora dessa zona, e vaquitas que deixem o local podem seguir expostas.

Há pelo menos sete espécies animais tão ameaçadas quanto as vaquitas no mundo, como o lobo-vermelho, o rinoceronte-de-sumatra e o entufado-baiano, e resta ao ser humano fazer esforços de conservação e torcer para o melhor — não seria a primeira vez que nossas atividades dizimaram populações animais, a exemplo do dodô e do tigre-da-tasmânia.

Fonte: International Whaling Commission com informações de The Guardian