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Extinção social é um destino ainda mais cruel às espécies, alertam cientistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Fevereiro de 2022 às 14h34

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Yakov Oskanov/Envato
Yakov Oskanov/Envato

A extinção é uma grande preocupação mundial. Ou, pelo menos, deveria ser. Em um estudo publicado na revista científica Trends in Ecology & Evolution na última terça-feira (15), cientistas levantaram alerta para a "segunda" extinção, considerada como um destino ainda mais cruel às espécies. Trata-se, basicamente, do esquecimento.

Nomeado extinção social, esse fenômeno se dá quando uma espécie desaparece da memória coletiva e do conhecimento cultural. O perigo está nas mudanças na forma como o ser humano enxerga o ambiente ao redor e a importância dos esforços de conservação.

Para compreender a fundo essa consequência, os pesquisadores revisaram dezenas de estudos anteriores, atentos à importância simbólica ou cultural, ao tempo de vida de uma espécie e a conexão com os seres humanos.

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Com isso, o grupo concluiu que a extinção social costuma ocorrer após a morte do último membro da espécie, mas não é exatamente uma regra: as duas formas de extinção (tanto a biológica quanto a social) podem acontecer simultaneamente. Os autores do estudo mencionam a arara-azul, espécie exinta que tem protagonizado essa distorção de informações.

Segundo o artigo, ainda que a espécie extinta continue conhecida, a memória coletiva pode se tornar imprecisa, o que também pode acarretar falta de apoio à conservação da biodiversidade. “Sustentar a conscientização sobre as espécies também traz consequências cognitivas e emocionais para os indivíduos. Resolver esses problemas exige abordagens multidisciplinares que vão além da ecologia e da biologia da conservação", explicam os pesquisadores.

Fonte: Trends in Ecology & Evolution, Science Alert