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Gigantesca ruína Maia é descoberta em floresta graças a satélites e lasers

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Hansen et al./Ancient Mesoamerica
Hansen et al./Ancient Mesoamerica

Em pesquisa na Guatemala, geólogos descobriram um sítio arqueológico maia de 1.700 km² datado de até 1.000 anos, escondido sob a cobertura florestal do país. A análise foi possível através de scanners LiDAR, lasers que penetram pela vegetação para mostrar o relevo, incluindo construções invisíveis a olho nu.

O local da descoberta do complexo maia perdido foi a Bacia de Carste Mirador-Calakmul, que abriga mais de 1.000 assentamentos conectados por 160 quilômetros de calçadas, provavelmente cruzadas pelos antigos maias a pé. A idade estimada fica entre os períodos Pré-Clássico Médio e Final, entre 1.000 a.C. e 250 a.C.

Pirâmides e cidades maias

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Além das vilas e passarelas, a pesquisa, publicada na revista científica Ancient Mesoamerica, também encontrou inúmeras plataformas de tamanho considerável e pirâmides, bem como canais e reservatórios de água, funcionando como cisternas. É a primeira evidência de que a área estava integrada politicamente e economicamente de maneiras inéditas ao Hemisfério Ocidental, segundo os cientistas.

Para os maias, a região de Mirador-Calakmul era a “cachinhos de ouro”,  já que possui a mistura perfeita de terras altas para assentamento e terras baixas para cultivo. Nos locais mais elevados, pode-se encontrar calcário, ingrediente primário das construções maias, e solo seco para moradias.

Na terra baixa, há pântanos sazonais, conhecidos como bajos, com espaço para agricultura úmida e solo rico em matéria orgânica para cultivo em terraços, o que explica a preferência dos maias para construir um grande complexo na localidade.

Estudos com a tecnologia LiDAR, como este, já foram usados na Guatemala em 2015, e também em descobertas arqueológicas semelhantes de cidades perdidas em diversos países, como Brasil (na selva amazônica), Equador, Tonga e México, por exemplo.

Fonte: Ancient Mesoamerica