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Conheça 5 cidades perdidas que foram redescobertas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 24 de Abril de 2021 às 19h00

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Diane Cook/Len Jenshel/NatGeo
Diane Cook/Len Jenshel/NatGeo

Você já deve ter ouvido falar sobre a história de Atlântida, a cidade perdida, supostamente engolida pelo mar e desaparecida para sempre — não deixou nenhuma evidência de sua existência para trás. O que temos é apenas um mito que foi contato por Platão, e de mitos e lendas a humanidade está repleta, não é mesmo? Mas as cidades que realmente existiram ao longo dos últimos milênios? Há cerca de 6.000 anos, as primeiras formações de cidades começaram a aparecer, tornando-se cada vez mais complexas em suas maneiras de se organizarem. De lá para cá, muitas sociedades também ruíram, então, deixando para trás cidades perdidas no tempo.

Graças a inúmeras expedições empreendidas por arqueólogos do mundo todo, muitas destas cidades começam a ser redescobertas. Algumas delas só foram possíveis graças à combinação da arqueologia com as novas ferramentas tecnológicas — emergiram de um passado distante e forneceram uma série de peças para que os pesquisadores remontassem suas histórias. E também nos fazem pensar em quantas cidades perdidas ainda devem permanecer enterradas ou sob densas florestas tropicai, mas aqui você confere 5 cidades perdidas que foram redescobertas.

Conheça 5 cidades perdidas que foram redescobertas

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1 - Machu Picchu

Somente em 24 de julho de 1911 a cidade foi redescoberta pelo professor norte-americano Hiram Bringham, ao liderar uma expedição da Universidade de Yale. Naquela época, Bringham procurava encontrar a cidade dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, que foi construída como um refúgio para quem fugia dos invasores espanhóis. Ao passar pelo cânion de Urubamba, o professor soube que no alto da montanha existiam abundantes ruínas — o desafio seria alcançá-las.

Conhecida também como a “Cidade Perdidas dos Incas”, Machu Picchu significa, em quíchua, “velha montanha” e, talvez, seja uma das cidades redescobertas mais famosas do mundo. Localizada numa montanha do Peru, a 2.400 metros de altura, estima-se que a cidade tenha sido construída por volta do século XV, como um dos principais símbolos do Império Inca — presente em parte do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira do Andes.

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Ao chegar à velha cidade, deparou-se com uma paisagem de ruínas tomadas pela vegetação nativa, mas com construções que sem dúvidas estavam abandonadas há muito tempo. Bringham retornou a Machu Picchu em uma nova expedição em 1912 e, nos anos seguintes, 1914 e 1915, diversos outros exploradores mapearam e exploraram detalhadamente o local e as redondezas da cidade perdida.

2 - Çatalhüyük

A cidade foi redescoberta por arqueólogos por volta de 1958, na região do Platô Sul da Anatólia, na Ásia Menor, e seu território se estendia por mais de 32 acres, em até 18 camadas, com cerca de 21 metros de profundidade. Pesquisas posteriores indicam que o complexo tenha sido habitado, ininterruptamente, por mais de 1.150 anos. Em 2012, a cidade foi declarada como patrimônio mundial pela UNESCO.

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Localizada na atual Turquia, Çatalhüyük talvez seja uma das cidades mais antigas da história da humanidade já descobertas. Na verdade, não era uma cidade como temos em mente hoje em dia. Datada de 6.700 anos a.C., é considerado um dos maiores assentamentos do período neolítico numa região conhecida como Ásia Menor.

Hoje sabemos que Çatalhüyük possui um estágio de cultura bem refinado, além de casas construídas com tijolos e a entrada era pelo teto — o acesso entre as casas era feita pela parte de cima das outras casas —, e dentro delas haviam plataformas para dormir, sentar e trabalhar. Seus mortos eram enterrados dentro de casa, em posição fetal, o que possivelmente envolvia processos ritualísticos.

3 - Megalópole Maia

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Em 2018, um grupo de pesquisadores identificou ruínas de mais de 60 mil estruturas como casas, palácios, rodovias elevadas e outros tipos de recursos arquitetônicos. Tudo escondido pela densa selva da Guatemala. Tratava-se, na verdade, de uma grande megalópole dos povos maias — uma civilização que atingiu seu auge na América Central há cerca de 1,2 mil anos.

O mais interessante dessa redescoberta é que, além de ser bem recente, ela foi possível graças à combinação das novas tecnologias aos estudos arqueológicos. Nesse caso, o grande complexo de ruínas maias foi observado com a tecnologia revolucionária chamado Light Detection And Ranging (LiDar) — através das propriedades da óptica, é capaz de remover a densa floresta e revelar ruínas escondidas.

4 - Urkesh: cidade esquecida dos hurritas

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Enterrada durante milhares de anos, somente na década de 1980 arqueólogos descobriram Tell Mozan — um alto monte que escondia o que sobrou do antigo palácio, templo e praça. Somente 10 anos depois é que os pesquisadores concluíram que se tratava, na verdade, da cidade perdida de Ukesh.

Ukesh foi um importante centro político e religioso entre 4.000 e 1.300 a.C., localizado onde hoje é o norte da Síria, próximo às fronteiras entre a Turquia e Iraque. Além de ser uma das principais rotas comerciais entre a Síria e Mesopotâmia, a cidade também era lar dos hurritas — um povo da Mesopotâmia.

A cidade redescoberta é uma das primeiras conhecidas da história a possuir um modelo de urbanização bem diferente do complexo modelo das cidades sumérias.

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5 - Cidade de ouro perdida de Luxor

Descoberta em setembro de 2020, a cidade de Akhenaton — atual cidade egípcia Luxor — ainda tem muito para ser explorada. A apelidada de “cidade de ouro perdida de Luxor” teria sido construída como uma cidade de curta ocupação pelo faraó Akhenaton, com data da época do faraó Amenhotep III, que governou entre 1386 a.C. e 1353 a.C..

O estado de conservação impressionou os pesquisadores. As estruturas são repletas de objetos de uso cotidiano; a maioria relacionada à produção artística e industrial. Casas onde possivelmente os trabalhadores poderiam ter vivido enquanto serviam ao faraó. Outros elementos relacionados à produção de vidro e metais.

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O tamanho total da cidade ainda não foi determinado, mas a sua datação se torna evidente graças aos hieróglifos presentes em uma variedade de artefatos. Camadas distintas de assentamento observadas pelos pesquisadores indicam épocas diferentes de ocupação, indo até o período entre os séculos 3 d.C. e 7 d.C..

Fonte: National Geographic, Ancient Origins