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Cientistas podem descobrir cavernas e túneis abaixo de buraco no fundo do oceano

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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tofoli.douglas/Domínio Público
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Nos últimos anos, a descoberta do buraco azul Taam Ja’, no México, movimentou a geologia e oceanografia, cujos cientistas continuam pesquisando e encontrando intrigantes novos aspectos. Com 420 metros de profundidade, o sumidouro marinho fica na Baía de Chetumal.

Recentemente, pesquisadores têm explorado a possibilidade de uma rede de cavernas e túneis subterrâneos no buraco aquático, podendo, inclusive, abrigar ecossistemas desconhecidos à humanidade. Anomalias e indicadores incomuns estão entre os indicadores de estruturas intrincadas no buraco azul em questão.

A rede subterrânea de Taam Ja’

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O Buraco Azul de Taam Ja’ (BATJ) só teve a profundidade confirmada com equipamentos modernos de medição de condutividade, temperatura e extensão em 2023, após sua descoberta em 2021. Flutuações na densidade da água e formações irregulares costumam complicar análises mais profundas na estrutura subterrânea.

Indicadores importantes para a existência de cavernas incluem a presença de diversas camadas de água, com propriedades diferentes. Uma delas lembra o Mar do Caribe e lagoas costeiras de recife, enquanto uma camada de maior profundidade possui características mais próximas de uma passagem subterrânea. O BATJ seria, então, parte de um mundo misterioso sob a superfície.

Uma descoberta como essa poderia ser de suma importância à ciência, já que o ambiente poderia ter espécies desconhecidas adaptadas à alta pressão e escuridão das profundezas, bem como composições químicas alteradas.

Como uma criatura evoluiria sob um ecossistema em tais condições? O perfilador de condutividade, temperatura e profundidade usado no local só alcançou 420 metros, com sua capacidade sendo de 500. Basta conseguir enviá-lo mais fundo, e teremos algumas respostas importantes para tais perguntas.

Fonte: Frontiers in Marine Science