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Buraco na água? Entenda como funciona o vertedouro de uma represa

Por| Editado por Rafael Rigues | 11 de Abril de 2022 às 13h30

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Pixabay/Bulldoggity
Pixabay/Bulldoggity

Circula por aí a imagem de um enorme buraco engolindo um grande volume de água em um lago — uma visão assustadora que nos leva a questionar se é verdade. E é sim! Mas calma, não há o que temer: conhecidos como vertedouros, essas estruturas artificiais servem para controlar o volume de água em um reservatório, e funcionam como um ralo de uma pia.

O vertedouro mais famoso do mundo está localizado no reservatório do Lago Berryessa, na parte mais alta da represa Monticello em Napa, leste da Califórnia. Toda vez que a região recebe um grande volume de chuva o enorme buraco, apelidado pelos locais de "Glory Hole", começa a escoar o excesso de água.

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O vórtice, que parece engolir a água para o centro da Terra, se forma quando o nível da água ultrapassa as bordas da estrutura. O Glory Hole foi construído na década de 1950 como uma alternativa às calhas laterais, estruturas mais comuns para dar vazão à água. Em 2017, o grande vertedouro atraiu centenas de curiosos para a borda do reservatório.

Já em 2019, após uma intensa temporada de chuvas, o Glory Hole foi aberto mais uma vez, atraindo milhares de pessoas. Na ocasião um cormorão — uma espécie de ave marinha — foi engolido pelo vórtice. Alguns relatos dizem que a ave sobreviveu, mas nada foi confirmado.

Vertedouros e possíveis perigos

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O Glory Hole tem 22 metros de largura e 75 metros de profundidade, e é capaz de engolir até 1.360 metros cúbicos de água a cada segundo. Após ser engolida pela abertura, a água percorre mais de meio quilômetro de distância e desemboca em Putah Creek, um grande riacho no norte da Califórnia.

Até hoje, apenas uma morte foi registrada no Glory Hole. Em 1997, uma mulher nadou até a abertura e teria permanecido agarrada à borda por 20 minutos. Infelizmente, o resgate não chegou a tempo de salva-la e seu corpo foi encontrado algumas horas depois.

Entretanto, o risco para a população é baixo. Primeiro, porque o reservatório é isolado, e a entrada de pessoas e barcos é proibida. Segundo, porque a velocidade da água é baixa, e a maioria das pessoas nadaria com facilidade contra a corrente.

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Estruturas similares existem, inclusive, no Brasil. Em 2009, após uma intensa chuva, o vertedouro do lago do Parque da Aclimação, em São Paulo, rompeu-se. Segundo a Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente toda a água do local, incluindo aves e peixes, foram engolidos pela estrutura, que deságua Córrego Pedra Azul.

Fonte: Via ScienceAlert, com informações de Prefeitura de SP