Tudo sobre o Always on Display do iPhone
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |

O Always on Display, chamado no Brasil de "Tela Sempre Ativa", é um recurso exclusivo do iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max que chega com o iOS 16. A novidade permite ao usuário acessar informações úteis a todo momento: hora, clima, papel de parede customizável, widgets e notificações.
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Ainda não está claro das consequências de manter uma tela sempre ativa, afinal o iPhone 14 será o primeiro dispositivo da Apple a ter esse suporte. Haverá possibilidade de personalização, mas não dá para saber o quanto poderá ser modificado nem como a exibição constante pode afetar a vida útil da bateria.
O Always on Display é bastante utilizado no Android porque pode ser um aliado da produtividade. Em vez de ficar ligando e desligando a tela toda hora, o que pode elevar o consumo de energia, o usuário apenas olha para o celular para conferir rapidamente o que precisa.
Nos celulares equipados com o rival do Google, a tela tem alguns recursos personalizáveis. Papel de parede é escondido, as cores são simplificadas e as notificações são reduzidas a pequenos ícones.
Como funciona a tela sempre ativa do iPhone?
Para suportar o Always on Display, o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max apresentam um painel OLED avançado (Super Retina XDR com ProMotion) com uma taxa de atualização mais variável que modelos anteriores. Enquanto o iPhone 13 Pro da geração anterior tem uma taxa de atualização ajustável entre 10Hz e 120Hz, o novo painel OLED no iPhone 14 Pro pode reduzir para apenas 1Hz.
Quanto menor a frequência da tela, mais baixo é o consumo de energia. Então, na teoria, é provável que o sistema de tela parcialmente ligada ajude a preservar a vida útil da bateria. Se a tela for ligada para a tela de bloqueio, o celular deve elevar a taxa de atualização para oferecer a experiência fluida já conhecida do iOS.
O visual do Always On Display do iPhone
A tela sempre ativa do iPhone deve ser uma derivação da tela de bloqueio do iOS 16, porém com ajustes fundamentais. A primeira mudança deve ser o fundo de tela, que deve ser escurecido ou até preto (se o usuário preferir), pois a redução drástica do brilho reduz o consumo.
O relógio com a hora, os widgets e as notificações devem aparecer de modo menos vívido, provavelmente com cores menos chamativas e ícones simplificados. Outros elementos visuais da tela de bloqueio original, como a barra de status, a lanterna e os atalhos da câmera, devem ser omitidos para reduzir a quantidade de coisas na tela.
Vale lembrar que os displays de celulares são feitos com tecnologia diferente das televisões inteligentes. É improvável, portanto, que a tela fique com manchas ou marcas (efeito burn-in), como ocorriam em televisores que ficavam muito tempo fixados em uma só imagem.
Dá para personalizar a tela sempre ativa do iPhone?
Como ninguém teve acesso antecipado ao iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max, é impossível saber o nível de detalhamento das personalizações da tela de bloqueio. O que se sabe até agora foi o que a gigante de Cupertino mostrou em seus vídeos, o que não é tanta coisa.
A Maçã é conhecida por ser uma empresa bastante conservadora quanto à liberdade do usuário, então é nessa linha de raciocínio que se deve seguir. O mais provável, conforme os materiais divulgados até hoje, que a tela sempre ativa se adapte automaticamente à tela de bloqueio personalizada do iOS 16.
A tela provavelmente deve oferecer alguns atalhos úteis e possibilidades de ajustar algo aqui e ali, mas não espere configurar cada elemento de forma única.
Os iPhones antigos terão Always on Display?
Não, porque a Apple atrelou o recurso de software às melhorias de hardware embutidas em seus novos modelos de celular. É necessário ter uma tela com maior variação na taxa de atualização (e outras minúcias técnicas) para a "Tela Sempre Ativa" funcionar. Mesmo modelos recentes, como o iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max não serão capazes de rodar.
Por outro lado, todos os aparelhos que migrarem para o iOS 16 utilizarão a tela de bloqueio redesenhada. Essa é uma bela razão para as pessoas saírem do sistema atual e atualizarem para o novo iOS, já que a possibilidade de personalização darão um toque especial na tela do seu aparelho.
O Always on Display é bom ou ruim?
Segundo a Apple, a nova tecnologia de exibição pode deixar seus novos iPhones mais distantes da tomada por um tempo maior. A tela renovada terá suporte do chip A16 Bionic, equipado com o "Display Engine", para deixar a tela ligada sem impactar no processamento, memória e bateria do aparelho.
É esse truque de hardware o responsável por gerenciar a eficiência do gasto energético. Por outro lado, isso funcionará de modo automatizado, então dificilmente será possível mensurar de forma numérica o ganho.
A Maçã garante que a bateria do iPhone 14 Pro Max durará 29 horas ao assistir vídeos, apenas uma hora a mais que o antecessor. Já para o streaming de vídeo, a expectativa é de 25 horas ininterruptas. Não foi falado ainda qual a diferença de duração entre uma tela sempre ligada e outra desligada.
O jeito é aguardar análises mais aprofundadas para dar um veredicto certeiro. Se você não se incomoda em poupar bateria, porque fica no escritório ou em casa durante muito tempo, pode usar a Tela Sempre Ativa sem medo de ser feliz. Já para quem fica muito tempo distante das tomadas, a recomendação é testar antes para ver se o iPhone vai aguentar um dia inteiro.