App Store agora exige que apps deixem bem claro quais informações são coletadas
Por Ramon de Souza | 14 de Dezembro de 2020 às 23h40
A Apple está investindo pesado na privacidade e isso não é novidade para ninguém. O que poucos lembram é que, durante a Worldwide Developers Conference (WWDC) deste ano, ocorrida em junho, a companhia anunciou que, em breve, os desenvolvedores precisariam explicar, de forma clara e objetiva, quais são as políticas de coleta e processamento de dados de seus aplicativos — um texto que aparecerá na App Store, próximo da descrição do software.
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Pois bem: essa nova regra passa a valer a partir desta segunda-feira (14) para todos os sistemas operacionais da Maçã, incluindo iOS, iPadOS, macOS, watchOS e tvOS. Embora tais políticas de privacidade ainda não estejam aparecendo nas lojas para o consumidor final, a companhia já começou a solicitar aos desenvolvedores que elaborem os tais textos para novas publicações ou atualizações de softwares na App Store.
A nova seção cobrirá tudo: tipos de dados usados para te rastrear (nome, geolocalização etc.), conteúdo conectado a você (informações financeiras, histórico de navegação, compras etc.) e assim por diante. A ideia é que o uso de APIs e SDKs de redes de anunciantes também sejam revelados nesse setor — recentemente, o Canaltech publicou uma notícia a respeito de uma startup criticada por vender dados de muçulmanos para o governo dos EUA.
A Maçã garante que não chegará a apagar os apps que não incluam essas informações, mas impedirá que eles recebam novas alterações. Ou seja, não há muito o que fazer: ou declara sua estratégia de coleta de dados ou abandona sua criação permanentemente na App Store.
Fonte: TechCrunch