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Os 10 maiores flops da internet dos últimos 10 anos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Julho de 2022 às 12h26

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Reprodução/Twitter (modificada)
Reprodução/Twitter (modificada)

Os últimos dez anos de internet foram transformadores para o mundo inteiro, mas nem toda ideia emplacou no mundo digital. Ao longo da história, pequenos criadores e até grandes corporações apostaram em produtos que, no papel, pareciam promissores, porém, não foram tão bem recebidas pelos usuários em geral.

Para relembrar esses fracaços da web — que, em alguns casos, nem foram tão ruins assim —, o Canaltech reuniu alguns dos maiores "flops" da internet dos últimos dez anos. Será que você consegue se lembrar deles?

10. Google+

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A mais malfadada das tentativas do Google em emplacar no mercado de redes sociais sem dúvida foi o Google+. A plataforma nasceu em junho de 2011 e trouxe ideias interessantes ao longo de sua vida, como os Círculos (que permitia separar os grupos de amigos no feed), o Google Fotos (sim, o Fotos nasceu dentro do G+) e a forte integração com outros serviços da companhia.

Por um tempo, o Google+ conseguiu conquistar sua base fiel, especialmente nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, mas a disputa com outras plataformas era ferrenha: Facebook, Instagram e Twitter eram fortes concorrentes nesse período e, no Brasil, havia a preferência por algo próximo do Orkut cuja demanda o Google nunca mais conseguiria atender.

Então, em janeiro de 2019, o Google anunciou a desativação de todas as contas pessoais do Google+. O fim definitivo aconteceu em 2 de abril de 2019.

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9. Google Reader

O Google Reader foi outro serviço que teve seu momento de brilhar, mas caiu no esquecimento com o tempo. Trata-se de uma aplicação web da Gigante das Pesquisas com a simples função de ler e agrupar feeds RSS, reunindo em um só lugar atualizações de diferentes sites do interesse do leitor.

A ferramenta foi lançada em outubro de 2005 e durou até julho de 2013. Até hoje, porém, há quem sinta falta da sua simplicidade, e provavelmente por isso o Google tenta embarcar recursos estilo Reader em outros programas, como no Chrome.

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8. Redes sociais baseadas em anonimato

Interagir com outras pessoas de forma totalmente anônima pela internet nem sempre parece o ideal, mas já foi moda nessa década. Plataformas como Ask.fm, Secret e Sarahah tinham dinâmicas diferentes, mas uma característica forte em comum: publicações, perguntas ou mensagens podiam ser enviadas sem revelar a sua identidade.

De primeira, essa ideia é divertida, mas é a receita para o desastre — se as redes sociais que identificam usuários, como Twitter e Facebook, ainda sofrem com discurso de ódio e assédio, imagine um site que esconde a autoria dos posts. Possivelmente por essa razão, essas plataformas até fizeram sucesso por algum tempo, mas não conseguiram se manter.

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O Ask.fm, por exemplo, nasceu em 2010 e existe até hoje. Porém, o site está com visual totalmente diferente e tem uma dinâmica bem distinta daquela que impulsionou sua popularidade na década passada.

7. Fleets do Twitter

Os Stories do Instagram são parte importantíssima do aplicativo, mas você sabia que a ideia não surgiu deles? O conceito foi implantado primeiro no Snapchat e, devido ao sucesso, copiado em outras plataformas — e no Instagram deu certo, ao contrário do que rolou com iniciativa semelhante na Rede do Passarinho.

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Os Fleets foram o formato de posts temporários da Rede do Passarinho Azul e seguiam dinâmica idêntica à dos rivais: posts em vídeo ou foto que ficariam disponíveis aos seus seguidores pelas próximas 24 horas. A função nasceu em março de 2020, mas logo em agosto de 2021 foi encerrada — fazendo sucesso em seus últimos dias de existência, inclusive.

6. Google Wave

O Google Wave foi uma ideia ambiciosa da companhia de maio de 2009: um protocolo de comunicação web que integrava e-mail, mensageria instantânea e "wiki" com pitadas de redes sociais. A ideia era promissora e dá para encontrar heranças do Wave em vários serviços da empresa, incluindo o Google Chat, o Docs e o Gmail.

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Contudo, a ferramenta não emplacou. É difícil cravar um motivo específico, mas a enorme variedade de recursos dispostos numa interface confusa pode ter sido uma das razões — afinal nem todo mundo tem tempo para aprender a mexer numa plataforma web tão repleta de funções. Em 2010, o Google Wave parou de ser desenvolvido por falta de adesão e, em 2012, ele foi definitivamente encerrado.

5. IGTV

O IGTV do Instagram é um belo exemplo de como a internet pode ser imprevisível com tendências. Em junho de 2018, a rede social da Meta inaugurou o formato de vídeos longos e começou a implementá-lo na plataforma. A ideia era concorrer diretamente com conteúdo mais robusto, ao lado do YouTube.

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O Instagram, porém, vivia um grave problema com redundâncias de formatos — e piorou ainda mais com a chegada do Reels. Era difícil entender quais vídeos vinham do feed, quais eram Stories e quais eram IGTV. O formato até chegou a ter um aplicativo próprio, mas não fez tanto sucesso.

Aos poucos, o recurso morreu. Em 2020, o Instagram removeu o atalho para a seção dedicada do IGTV de dentro do app principal; em 2021, o app autônomo mudou de nome, e pouco a pouco a rede de Mark Zuckerberg transferiu seu foco para o Reels, formato de vídeos curtos que disputa com o TikTok e o YouTube Shorts.

4. Fotolog

Criado em 2002, o Fotolog fazia algo bem básico para o que existe atualmente: era um site de fotografias que permitia subir fotos para a nuvem e compartilhar com amigos e familiares. A ideia era ser uma plataforma inteiramente baseada em mídias estáticas, assim como o Instagram foi em seus primeiros dias.

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A disputa com outras redes sociais, porém, tomou o Fotolog por inteiro e tornou o serviço completamente obsoleto. Em 2019, o site foi desativado e retirado do ar — na época, com cerca de 22 milhões de contas.

3. Google Knol

A Wikipédia é um acervo de conhecimento amplamente conhecido na internet, mas, em julho de 2008, o Google tentou abocanhar parte desse sucesso. O Google Knol foi uma enciclopédia online com conteúdo gerado e revisado pela própria comunidade (coincidência, né?), mas com uma promessa de ser algo com respaldo de especialistas de diversas áreas do conhecimento.

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A ideia, aparentemente, não rendeu tantos frutos e, em maio de 2012, teve seu fim anunciado. Desde então, o conteúdo não podia mais ser visualizado, apenas exportado para preservação e, em outubro, o site foi retirado do ar.

2. Apps exclusivos para lives

Quando transmissões ao vivo ainda não estavam disponíveis nas principais redes sociais, quem assumia a responsabilidade de tornar isso possível eram apps independentes e exclusivos para tal. Dessa ideia nasceram serviços como Twitcam, Periscope (que seria adquirido pelo Twitter e posteriormente aposentado) e Meerkat, todos com a função de possibilitar a criação de lives para as redes sociais.

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Não dá para dizer que a ideia era ruim, mas a criação de apps exclusivos para essa finalidade, sim. Com o tempo, a transmissão ao vivo foi incluída entre as capacidades dos apps das principais redes sociais e não era mais necessário baixar ferramentas adicionais para isso.

1. Vine

Um dos mais loucos fracassos da última década foi o Vine, uma rede social que, assim como TikTok, apostava no formato de vídeos curtos. A plataforma foi fundada em junho de 2012, fez enorme sucesso e chegou a ser comprada pelo Twitter naquele mesmo ano.

A ideia do app era dar um lugar para gravar e publicar vídeos de até seis segundos — e, numa época que posts curtos não eram moda, isso era inovador. Muitos humoristas e criadores de conteúdo começaram a partir do Vine, aproveitando o altíssimo potencial de viralização da rede social.

Talvez por uma má direção de negócios, ou pelos hábitos online mais comuns daquela época, o Vine caiu no esquecimento tempos depois. Em outubro de 2016, o Twitter anunciou o fim da plataforma, e, em 2019, um executivo da empresa admitiu que ter comprado o app de vídeos foi um erro.