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OpenIA quer que a GPT-3 esteja ao alcance de todos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Janeiro de 2022 às 16h50

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iLexx/Envato
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A empresa de inteligência artificial (IA) OpenAI expandiu o acesso público ao GPT-3, uma ferramenta de processamento de linguagem natural capaz de criar textos semelhantes aos escritos por humanos. Agora, qualquer pessoa com acesso à internet pode usar o sistema para tarefas variadas, como conversar com um chatbot ou traduzir trechos de diálogos.

A ideia é que a popularização da ferramenta facilite a comunicação escrita, auxiliando a geração de ensaios, a composição de e-mails, a produção de textos jornalísticos e até mesmo a criação de histórias de ficção elaboradas, exclusivamente, por sistemas de inteligência artificial.

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Esse dispositivo de IA aprende que alguns vocábulos têm mais probabilidade de seguir uma determinada palavra do que outros. Com o tempo, o modelo ajusta seus parâmetros, fazendo com que o sistema aprenda à medida que consome dados, algo muito parecido com o que ocorre nas sinapses do cérebro humano.

Vocabulário

O GPT-3 — Generative Pre-Training Transformer 3 — possui cerca de 175 bilhões de parâmetros treináveis, obtidos por meio da análise de palavras disponíveis na internet, em artigos de notícias, postagens em fóruns de discussão ou textos publicados em diversos endereços online ao redor do planeta.

Com esse vocabulário virtual amplo, a inteligência artificial consegue analisar uma sequência de texto e prever qual palavra deve vir em seguida com o máximo de precisão possível. Em geral, quanto mais parâmetros linguísticos um modelo de aprendizagem possui, mais eficiente ele se mostra com o passar do tempo.

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Embora a bagagem de termos e locuções permita que a IA gere frases semelhantes às humanas, o sistema ainda não consegue espelhar os sentimentos implícitos em algumas frases mais complexas, um resultado esperado já que sua base de dados provém de palavras aleatórias dispersas no ambiante virtual.

Concorrentes de peso

O sistema desenvolvido pela OpenAI não é a única ferramenta de processamento de linguagem disponível no mercado. O Megatron da Microsoft e da NVIDIA, com 535 bilhões de parâmetros e o M6 do grupo Alibaba, com mais de 10 trilhões de palavras, são apenas alguns dos concorrentes do GPT-3.

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Recentemente, a DeepMind — empresa de inteligência artificial irmã do Google — anunciou um novo modelo de linguagem chamado Gopher com aproximadamente 280 bilhões de parâmetros treináveis e uma capacidade de processamento muito superior na realização de tarefas em tempo real.

Fora de contexto

Além de possíveis abusos dessas ferramentas, alguns especialistas estão preocupados com a geração de textos artificiais baseados em fakenews, spam, phishing, notícias fraudulentas e outros tipos de desinformação que estão presentes em quantidades cada vez maiores nas redes virtuais de comunicação.

Testes realizados pela própria OpenAI mostraram que o GPT-3, às vezes, costuma associar pessoas de certas raças a animais. A empresa também relatou que alguns usuários, aparentemente, estavam usando o modelo para gerar histórias fictícias envolvendo encontros sexuais com crianças.

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“Para ajudar os desenvolvedores a garantir que seus aplicativos sejam usados ​​para os fins pretendidos, disponibilizamos um filtro de conteúdo gratuito. Também proibimos certos tipos de assuntos em nossa API, como conteúdo adulto, em que nosso sistema atualmente não é capaz de discernir de forma confiável o uso prejudicial do aceitável”, disse a empresa em um comunicado à imprensa.

Fonte: Freethink.com